Um novo ano. Tudo é possível
Para além daquelas coisas óbvias, todos os anos faço promessas (quem não?!). Vou ler mais, vou fazer mais viagens, não me vou deixar engolir pelo telefone, pelo computador e pelo trabalho, serei mais organizada, vou manter sempre a calma com as crianças, ser pedagógica e amorosa, não vou gritar, vou tirar melhor partido dos fins de semana, vou ver todas as séries que quero, vou dar mais carinho ao blogue, vou correr mais, vou manter sempre a agenda num brinco, vou cozinhar mais e vou escrever textos melhores. Vou ser melhor todos os dias. Vou mesmo. Se não é no dia 1 de janeiro que me encho de boa vontade e esperança, quando vai ser?
Portanto, sim. Este ano vou ler mais (até hei de começar "O Tempo Perdido..."), vou a Roma, a Paris ou a Londres, vou deixar o telefone na mala quando entrar em casa, só ligo o computador quando as crianças adormecerem, não vou trazer textos para acabar à noite, vou ser pontual e ter tempo para tudo, não me vou deixar engolir pelo consumismo, serei mais poupada, vou conseguir deixar crescer o cabelo, vou ler uma história a cada uma todas as noites, ouvi-las, vou fazer programas superinteressantes, vou vou correr todos os dias e quando não for correr vou ao ginásio. Vou ter sempre tudo apontado e começo já hoje, amanhã enfio-me na cozinha e na segunda-feira atiro-me a um artigo de fundo. Serei melhor.
É simples.