Francamente, não sei como é isto não abriu o Telejornal, mas a partir desta sexta-feira vai ser possível fazer um BREAKFAST AT TIFFANY'S. A própria da Tiffany vai abrir um café/restaurante no quarto andar da loja da Quinta Avenida, chama-se The Blue Box Café e... respiremos fundo... a decoração é turquesa-cor-da-caixa-dos-presentes.
Tiffany & Co
A Vanity Fair tem um artigo elucidativo sobre este novo lugar que só é pena não ter nascido quando série "Sexo em Nova Iorque" ainda era qualquer coisa. Diz, então, que é obra do novo diretor artístico da marca, Reed Krakoff, ex-Coach, um fã de peles e arquitetura com um fraquinho pelo modernismo. Os detalhes do CV fiquei a saber via New York Times, numa prosa de janeiro que dá a notícia da contratação e, de caminho, lança a dúvida: é ele o homem certo para recuperar a Tiffany? Malas de couro é uma coisa, joias é outra, opina alguém. E entrar na restauração? Parece que a resposta está dada, mas vamos ver quantos maluquinhos, como eu, acham que é de génio este passar de fornecedor de casas reais europeias para os anéis de noivado, para ser literatura, filme, música e, agora, hot spot em potência. O autor diz que é "experimental e experencial - uma janela para a nova Tiffany. Ou seja, luxo e elegância servidos com vista para o Central Park, café e croissant, como gostaria Holly Golightly, e ainda torrada de abacate, ovos trufados ou bagel de salmão para aqueles que exigem um pouco mais de uma refeição de 29 dólares, que, ainda por cima, está confirmado (e é de chorar!), não inclui vestido Givenchy nem pérolas. Uma pena.
Ares do mar e andar ao colo pelo areal ainda vá, agora pousar o chispe na areia é que nem pensar.
Tentativa número 1: há umas duas semanas, sua excelência experimentou os encantos ao colo de sua avó, mas gritou e esperneou como uma condenada quando a tentaram pôr na areia. Claro que como sou muito boa (ironia!) pensei logo que isto era fita da raínha do Sabá para manipular a avó. Mas parece que me enganei.
Tentativa número 2: no sábado, voltámos à praia ao fim da tarde. Pois, foi quase necessário um perímetro de segurança para conter a ira desta miúda quando ensaiávamos o gesto de pôr na areia. É que não gosta mesmo.
A Mini e eu temos um novo passatempo: descobrir os jardins de Lisboa. Gostamos do das Amoreiras, já provámos o da Estrela - mas tem demasiada passarada para o meu gosto - e ontem fomos à Tapada das Necessidades.
Para começo de conversa, confesso que não sabia que existiam tantos espaços verdes em Lisboa. E que muito deles têm mais do que uma relva ou espécies interessantes para ver. O da Tapada das Necessidades, por exemplo, tem uma estufa circular, mandada construir no século XIX por D. Pedro V. Descobri esta e outras coisas na net e graças a este artigo do Lifecooler fiquei convencida que estava tudo arranjadinho e saí de casa a imaginar que a Mini e eu íamos passar um tarde bucólica, passear por jardins verdejantes e sentar na relva. Até levei uma mantinha e tudo. Pura ilusão!
Mal se pode andar com o carrinho tal é o nível de degradação da maioria dos caminhos, a famosa estufa está fechada e não há uma placa, uma indicação e até me parece que construíram uma espécie de bancadas de cimento lá dentro. Há vidros partidos por todo o lado, estátuas sem cabeça, uma piscina deixada ao abandono... é de cortar o coração. A única zona bem tratada é um relvado junto à escola, mas da qual não pudemos usufruir porque não havia sombra.
De resto, não me cruzei com vivalma que estivesse a desfrutar do sítio. Só não percebo se ninguém vai à Tapada das Necessidades porque aquilo ainda está degradado ou se é por ninguém lá ir que não arranjam. Eu, pela minha parte, só posso dizer que se não fossem os miúdos da escola, o passeio tinha ficado sem história.
Até eles devem achar interessante ver pessoas diferentes, porque mal passei junto à rede da escola ouvi um "Senhora! Senhora! Mostre-nos o bebé" (vou tentar ignorar que achem que eu sou uma senhora). Eram três e foram-se juntando mais e mais pelo que quando virei a Madalena para eles ouvi um coro de "Ahhhhhhhhhhhhhhhh!" tão forte que até a Mini acordou. Muito cómicos.
Um dos meus maiores pânicos antes da Mini nascer era não dar conta do recado e esquecer-me de coisas essenciais e óbvias. So far so good. Não têm existido despistes graves, mas lendo a Mil Sorrisos (e as suas aventuras) lembrei-me do dia em que decidi ir a Cascais com a baby e levar leite no biberão.
Temendo, aliás, estar fora de casa muito tempo até levei dois. Um da minha caixinha mágica (do congelado), o outro acabadinho de tirar. Era a primeira vez que saía assim e era "a melhor condutora do mundo", capaz de driblar qualquer situação. À hora prevista, a Mini deu sinal e eu toda pimpona até me sentei num restaurante para lhe dar de comer. Aquilo ia correr mesmo bem.
Tirei o arsenal todo da mochila e achei estranho que o saquinho dos biberões estivesse molhado, mas não caí em mim. Até que tirei para fora aquele que tinha o leite mais recente e, tcharã, só restavam uns 20 mm, manifestamente pouco para as necessidades. E a tudo isto, a Madalena chorava cada vez e cada vez mais alto.
Mas eu continuava confiante. Tinha outro biberão preparado, não é? Pois não. Ela estava tão desatinada que rejeitou completamente o leite e eu não tive outro remédio senão ir para o carro e amamentar como sempre. Ela ficou tranquila e eu, confesso, também.