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Quem sai aos seus

Um blogue para a Madalena, para a Teresa e para a Francisca.

No melhor pano cai a nódoa

Imagine-se o que é ir almoçar a um restaurante sozinha com a Mini. Um stress, não é? Sobretudo para ela, que apesar dos seus torpes movimentos com a colher consegue passar uma refeição sem se sujar, ao contrário de sua mãe que mal pôs a colher à boca se sujou na t-shirt.

A Madalena é fashion. A Madalena já foi à Lx Factory


E a Lx Factory é um barrete.


Estão a ver a cena de "O Primo Basílio" em que ele pede à amante para se encontrar com ele numa pensão e ela sonha que, apesar do mau aspecto da casa, o quarto é de sonho., mas depois afinal é mesmo uma espelunca? A Lx Factory é isso. 


Para quem não está a par, trata-se uma antiga fábrica em Alcântara para onde se mudaram (ou estão a mudar) designers, artistas e pessoas do género. Eles chamam-lhe "ilha criativa", eu digo "ah ah ah". Centro comercial armado ao pingarelho é o que aquilo é. E com más condições, acrescente-se.


A "Time Out" publicou um trabalho sobre o sítio que dava vontade de fazer dali a segunda casa - revitalizar uma zona morta, encontro de artistas, novas tendências, renhonhó, bicho mau... Como tinha um café a ideia era almoçarmos na dita Lx Factory no sábado. Parecia ideal: ai, a arte; ai, a cultura; ai, os novos artistas; ai, uma loja da Knot em saldos; ai, um cafezinho que de certeza que tem comida de fusão. E lá fomos nós. A Madalena qual rainha do Sabá na sua cadeira do carro, um calor que Deus desconfia, e as bebés B, que continuam a crescer a bom ritmo na barriga de sua mãe, mas que não gostam de nada que as incomode. E que vemos quando lá chegamos?


Um conjunto de casas velhas (nada contra, reciclar é que está a dar) e lojas muito cool, sim senhor, quase todas fechadas, mais um café a fazer lembrar aquelas tascas da Zambujeira do Mar há 15 anos atrás ou o meu querido (mas não muito sofisticado) Gota d' Álcool, em São Julião, nos primórdios desta década. Não faltava o chão irregular da esplanada ou o cartaz dos gelados Olá. Obrigada pela lembrança, mas não obrigada. E antes que venha a brigada "estás a ser snobe", informa-se que só é aceitável para adultos de espírito aberto. Mas com crianças e grávidas os critérios são mais apertados.


Perante isto, fomos bater (mais uma vez) com os costados nos Meninos do Rio - o sítio de que passamos a vida a dizer mal, mas que, apesar do mau serviço e dos preços ultrajantes,


tem a melhor esplanada, comida razoável e cadeiras para as crianças.


Quanto a vocês, pessoal da Lx Factory, se querem ser um centro comercial alternativo óptimo, mas convinha que fossem beber também do melhor dos Colombos desta vida: haver umas condições mínimas para comer e fazer chichi (e com fraldário, sff). Não estão à espera que a Madalena (e as babies to be) atravesse meia Lisboa só pelos vossos lindos olhos, pois não?





Ah, e já agora, amigos da "Time Out", é a segunda vez que me embarretam (a primeira foi com aquelas das Verduras Campestres, uma empresa que entrega legumes frescos em casa. Uma ideia óptima, mas que exige que esteja sempre alguém em casa durante um largo intervalo de tempo. Se eu estivesse aqui tanto tempo assim, ia euzinha ali ao Pingo Doce e voltava, não é?).  Vamos lá ver se não nos chateamos!




PS: Fui reler o artigo que saiu na revista e realmente aquilo é melhor do que vimos, mas mesmo assim, constata-se que sábado não é um dia forte na fábrica. Muitos operários não trabalham. É o dilema do costume.

A minha primeira peça de enxoval

Bem, então, aqui está ela, a Tripp Trapp, nova companheira da Madalena ao almoço, ao jantar e quando é preciso entreter. Custou, mas, finalmente, a nossa "piquena" vai deixar comer à índio (para isso já lhe basta que a queiramos benfiquista).





Passo agora a descrever as maravilhas desta coisa:  é do tamanho de uma mesa dos adultos, encosta-se à dita, é de uma bonita cor "natural", limpa-se com facilidade e tem várias posições - de bebé a adulto. É a peça de enxoval que toda a rapariga do século XXI deve ter, e parece que até já a estou a ver a Mini a entrar, triunfante, ONU adentro, carregando a sua Tripp Trapp.





Fora de gozo: é linda e prática. Estamos contentes.

Nos bastidores da primeira sopa

Como já devem saber, sempre que há momentos milestone gostamos de estar bem preparados e comportamo-nos sempre como se não houvesse mais vida na Terra. Somos (sou) assim e não há volta a dar. Portanto, às 09h00 da manhã (tinhamos de contar com o arrefecimento) já estava a preparar tudo. Escolhi a cebola mais cheirosa, a batata mais bonita, a cenoura mais viçosa, pus tudo na panelinha, cobri com água e... fui tomar banho. O papá ficava a tratar de tudo. E ficou.


 


Entretanto, a Madalena acordou, o pai andava a brincar com ela e ainda disse: "Acho que está a ficar com pouca água. Ponho mais?". Pois, claro, aqui a Jamie Oliver da comida para crianças achou que não, que disparate e o papá, aprendiz de principiante de cozinha, acreditou. Resultado: a primeira sopa da Madalena estava boa para fazer carvão. E como já estava atrasada, à segunda foi sempre a abrir. Esta cebola está boa, esta batata tem o tamanho certo, esta cenoura serve. Mas nada de stresses: furámos bloqueios de camionistas, arriscámos apedrejamentos, mas tudo o que a Mini come é fresquinho, fresquinho, acabado de colher. Ai, quanto não vale ser uma rapariga do campo?


 


Devo confessar, porém, que a panela não foi a única coisa a ficar preta cá em casa. Deixei o fio do liquidificador, que usei para fazer creme da pêra, encostado a uma panela e queimou-se. É assim a vida nesta casa.

Ementa do dia



 



Primeiro prato


Sopa de cenoura, batata e cebola



Segundo prato


Pêra crua esmagada



Sobremesa


Leitinho



 



A Mini comeu hoje a sua primeira sopa, eram 12h30, mais coisa menos coisa. E quando digo comer é força de expressão. Experimentou a sensação de ter uma colher na boca e o sabor dos legumes.

 








Pusemos música suave, preparámos a mesa, usámos o prato novo, sentámo-la ao colo, o papá estava em casa... Tentámos criar o ambiente ideal, mas não houve forma de viver um momento idílico do género "ai, demos-lhes a primeira colherada e ela adorou". Qual quê! Esperneou, berrou, chorou e só acalmou muitos minutos depois ao colo do papá que sempre lhe conseguiu dar umas cinco colheres. Da fruta comeu umas duas colheres, mas pareceu gostar do sabor, o que já não é mau. Aliás, dadas as circunstâncias, tudo isto nos parece um autêntico feito... (ver próximo post)





Grande, linda e super saudável

Pronto, a parte do linda ainda podemos dar de barato. Nós achamos a nossa Mini uma perfeição, os outros que se orientem. Mas grande e super-saudável são factos inegáveis. A esta altura do campeonato a Madalena pesa 7.150 Kg, mais coisa menos coisa, e já mede 63 cm. Está sã como um pero e apraz-nos dizer que dentro de duas semanas, começa a diversificação alimentar, isto é, vamos introduzi-la no maravilhoso mundo das sopas. Papas é que nem pensar. Com este peso pode bem passar sem elas. Vem aí mais uma etapa DAQUELAS! Já tenho a máquina fotográfica preparada.

Despistes (espero que aconteçam a todas)

Um dos meus maiores pânicos antes da Mini nascer era não dar conta do recado e esquecer-me de coisas essenciais e óbvias. So far so good. Não têm existido despistes graves, mas lendo a Mil Sorrisos (e as suas aventuras) lembrei-me do dia em que decidi ir a Cascais com a baby e levar leite no biberão.

Temendo, aliás, estar fora de casa muito tempo até levei dois. Um da minha caixinha mágica (do congelado), o outro acabadinho de tirar. Era a primeira vez que saía assim e era "a melhor condutora do mundo", capaz de driblar qualquer situação. À hora prevista, a Mini deu sinal e eu toda pimpona até me sentei num restaurante para lhe dar de comer. Aquilo ia correr mesmo bem.

Tirei o arsenal todo da mochila e achei estranho que o saquinho dos biberões estivesse molhado, mas não caí em mim. Até que tirei para fora aquele que tinha o leite mais recente e, tcharã, só restavam uns 20 mm, manifestamente pouco para as necessidades. E a tudo isto, a Madalena chorava cada vez e cada vez mais alto.

Mas eu continuava confiante. Tinha outro biberão preparado, não é? Pois não. Ela estava tão desatinada que rejeitou completamente o leite e eu não tive outro remédio senão ir para o carro e amamentar como sempre. Ela ficou tranquila e eu, confesso, também.

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