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Quem sai aos seus

Um blogue para a Madalena, para a Teresa e para a Francisca.

Óscares: um vestido cor de laranja, discursos que dispenso e o Brad Pitt

O quase-kaftan laranja brilhante da atriz Maya Rudolph é o meu vestido preferido destes Óscares. Está dito e não mexe mais. Pode haver outros espetaculares - da Penélope Cruz à Janelle Monae - mas fica este com o título e não se fala mais nisso. 

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Quando fui à procura do autor (é Valentino), descobri que é capaz de ser o vestido mais controverso da noite. Vai dos que realmente amam aos que acham que Maya Rudolph se perdeu numa bola de espelhos. Já se sabe de que lado estou. 

Sobre gente mal vestida não me apetece dizer nada. Primeiro, porque acordei do lado bom da força. Segundo, porque vejo passadeiras vermelhas há tempo suficiente para saber que o design é apenas uma parte da equação. Há a maneira como a pessoa o usa, como se sente no momento (e com aquela roupa), o cabelo e a maquilhagem e, finalmente, e MAIS IMPORTANTE, a foto. Tudo se joga numa boa ou má foto. Já vi fotógrafos arruinarem carreiras. Eis um caso.

Por outro lado, esta imagem, que nada tem que ver com moda, fez-me sorrir pela legenda que a acompanhava.

Calia Kessler/The New York Times

Florence Pugh hides from her nemesis, Saoirse Ronan. Mulherzinhas é dos poucos filmes com nomeações que vi e o pensamento é inevitável: a quantidade de coisas giras destas que devo estar perder só porque não vi os filmes!  

Também li por aí que esta foi uma passadeira vermelha com mais consciência ecológica a avaliar pelo número de pessoas que escolheram modelos vintage. Até posso estar errada (era preciso abrir o excel e fazer contas), mas diria que isso vem de longe. A já mencionada Penélope Cruz que este ano se apresentou de vintage Chanel já foi vintage outra-coisa-qualquer no passado. E quando vemos o Armani Privé das milhares de lantejoulas de Renée Zellweger percebemos que para a neutralidade carbónica ainda faltam uns passos largos, por mais vestidos clássicos e antigos que ali desfilem.

Sobre modelitos a desfilar na passadeira vermelha também apetece dizer que foi bom ver as sandálias mais baixas (aqui um excel e uma contagem também davam jeito) e algum desplante entre as camadas jovens. Timothée Chalamet está a dividir a Internet por causa do blazer Prada com fecho em vez de botões (Timothée está demasiado informal ou são os polícias da moda que andam com tempo a mais?) e Billie Eilish.

Exhibit A:

timothee-chalamet-attends-the-92nd-annual-academy-awards-at-news-photo-1581296789.jpg

Exhbit B:

Amy Sussman/ Getty

Billie Eilish, que ninguém descobre que está a vestir Chanel, é, claramente, uma pessoa de outra geração. E não é pela referência 'noventona' da roupa, não é pelo cabelo pintado, é mesmo pelas unhas eduardo-mãos-de-tesoura. Mais uma barreira que se quebra: a rapariga cerebral pode usar, e usa, unhas de gel. Já nos tínhamos dado conta com Rosalía, já tinha visto em outras estrelas do hip hop espanhol, este é só mais um exemplo. Miúdas que estão a trazer estéticas completamente novas para o espetáculo. Adoro.

billieilish_ calia kessler_nytimes.jpg

Adoro esta maneira de derrubar muros, melhor que muitos discursos inflamados. E isto é mesmo para dizer que por muito correto que esteja Joaquin Phoenix quando diz que desigualdade de género, racismo e homofobia são uma mesma coisa, injustiça, o contexto grita o contrário do que ele diz. E o contexto é a cerimónia - o gasto de recursos para coser milhares de lantejoulas num vestido, as joias de pedras preciosas obtidas à custa de ecossistemas - mas também a indústria. As acusações de abusos sexuais e laborais, os Óscares que não tiveram mulheres nomeadas como melhores realizadoras, porque se calhar elas não puderam mostrar serviço para isso,  e só existir uma mulher negra nomeada, Cynthia Erivo, pois, possivelmente, os negros não estiveram nos filmes em que Hollywood mais apostou. 

Celebre-se por isso a vitória de Parasitas, um filme sul-coreano que fica para a história como o primeiro não-inglês a vencer na categoria de melhor filme. Quando falamos de lacunas de representação nos Óscares esta também já era muito evidente. Foi bom ver a academia a derrubar esses muros, também.

Fora isso, e sobre o espetáculo, adorei a abertura da Janelle Monae, os não-apresentadores Steve Martin e Chris Rock, Maya Rudolph e Kristen Wii, adorei o Eminem a fazer as pazes com ele mesmo e o Brad Pitt. "Isto para mim era câmara fixa no Brad e a cerimónia ia acontecendo com voz-off". Li no Twitter e assino por baixo.

Brad Pitt, melhor ator secundário

 

 

 

 

Tão boa que até dá vontade de fazer 'nails'

Não é que Malamente seja apenas uma canção que dá vontade de pôr em repeat até ao fim dos dias (que é), é que está lá tudo o que é preciso saber para cristalizar este tempo. E esse pequeno detalhe, a que só dei crédito na semana passada, faz toda a diferença. Por mais ignorantes que sejamos, uma coisa se percebe de imediato: são justificados todos os elogios que fazem a Rosalía,

Foi isto: pus-me a ver este vídeo fulminou-me um raio. De amor, entenda-se.

O tempo mudou. Estas pessoas a quem nós chamamos de millenials estão a conseguir pôr um sentido em coisas como a beleza do toureio sem para isso precisar de um touro. Apanhaste-em logo, Rosalía! Depois, quando inclui as motos e os carros a fazerem peões no polígono industrial, ainda mais amor. Podemos gozar tudo o que quisermos com essa vida suburbana, meio pirosa, chunga, a que o audiovisual nos poupa do cheiro a fritos, mas não a podemos ignorar, como não podemos ignorar as 'nails' dela - podem ser uma arma, foi ela que disse, e está tudo nos versos de Aute Couture. 

O que vem depois disto é procurar o máximo de informação sobre ela. Então, confirma-se: ela cresceu nos arredores de Barcelona, junto ao polígono industrial, nessas cidades carregadas de migrantes, gente que veio de outras províncias de Espanha (agora de outros países também) e se fixou por aqui. É algo tão forte e já tão longínquo que até existe uma palavra para designar estas pessoas que nascem do encontro entre um catalão e um não-catalão, um xarnego. Ela diz que é impossível viver ali e não ser contaminado por outras culturas, a da Andaluzia, nomeadamente. O flamenco, que ninguém nega, mas outros sons - a copla. Há qualquer coisa de La Pantoja em Rosalía e não sou eu que digo, são os especialistas em música que a entrevistaram no programa La Ventana. Ela assente. 

Tem sido um debate longo este. Desde que o disco El Mal Querer apareceu que puristas de todo o género - dos costumes ou da música, não sei bem - reclamam que Rosalía se apropria indevidamente da música, símbologia e poesia flamenca. Afinal, ela é uma paya. Não percebo a raiz destas críticas. Elas têm muito menos eco no espaço público do que os elogios, mas creio que foram associações de mulheres ciganas a dizê-lo. Entre os músicos, pelo menos, só vejo aceitação. Aliás, esta Niña de Los Macarras cantou com Niña Pastori e não sei que mais se pode pedir.

Acusada de apropriação cultural, Rosalía diz: "A cultura não é de ninguém". Rosalía tem personalidade flamenca, como lhe disse o diretor de uma tablao madrileño onde ela se apresentou antes desta loucura toda. Isso devia chegar? Se sim, não é o caso.

Não nos deixemos iludir pelas longas 'nails' de Rosalía e o estilo J. Lo da Amadora. Ela não é um bebita que sobe ao palco a abanar o rabo. Podia, mas não é o caso e apetece dar-lhe crédito. Rosalía, que nasceu em 1993, é uma marrona. Licenciada em Cante Flamenco pela Escola Superior de Música da Catalunha. Consta - talvez seja lenda - que o professor que a ensinou só aceita uma aluno por ano. Foi ela. O mestre garante que ela lhe chegou virgem dos ouvidos no que ao flamenco diz respeito. Cantava jazz e blues, podia ter feito carreira por aí, mas dedicou-se a essa canção complexa - jaleos, palmas, tacones. "Dedicação e paciência", diz ela. Estudar os clássicos como Camaron de la Isla ou Enrique Morente e descobrir que o que chamamos de clássico foi então revolução. E, depois, uns beats eletrónicos que vieram mudar tudo. 

O cúmulo da intelectualidade é sabermos, depois, que El Mal Querer é uma tese de final de curso. Pegar num romance flamenco anónimo do século XIII e reescrevê-lo com o sabor de hoje. Em capítulos. Com cruzes e skates, com anjos e santinhos, mas também a velocidade, o empoderamento e os sons dos motores e dos travões, como se ouve no capítulo Disputa: De Aquí no Sales. 

"É a que mais gosto. Até me dava pudor escrevê-la", diz Rosalía. Autora, compositora, produtora. Um orgulho.

Às vezes, a vida é assim: um documentário ou série do Netflix atrás de outro

Estive uma semana inteira a pensar na vida e no que não sabemos depois de ver o documentário sobre Michael Jackson, Leaving Neverland (HBO).

Escrevi mentalmente tudo o que queria dizer - de como nem sempre o abuso implica violência e que isso é o que torna tudo mais retorcido; que aquelas crianças foram seduzidas e que isso as faz sentir culpa; como esse caldo as faz ficar em silêncio.

Nessa semana, muitas pessoas diziam-me: "Mas não sabias já?". E bem, sim, eu sabia que ele tinha ido a tribunal acusado de abusos sexuais e que tinha sido ilibado. Já nem me lembrava que tinha havia um acordo judicial de milhões no primeiro caso. Mas não se trata disso.

O que Leaving Neverland me trouxe de novo foi perceber que as crianças gostavam de Michael Jackson, que as mentiras que disseram foram por gostarem de Michael Jackson.

Leaving Neverlando

***

Depois, ela começou a falar-me no documentário sobre o desaparecimento de Madeleine McCann.

E nessa semana não consegui mais parar de pensar na criança e nos pais. Há, logo, aquele detalhe que é como um soco: os pais nunca lhe chamam Maddie. Ela é a Madeleine. Começamos logo isto enganados.

O que se passa com este caso é que parece tão simples que qualquer pessoa pode ter na sua mão a chave do mistério.

Por outro lado, profissionais vários já estiveram envolvidos sem nenhum êxito. Ponho até a possibilidade de esta menina ter saído pelo seu pé, ter caído e ter morrido sem que ninguém se tenha apercebido.

Do que li, e não foi publicada assim tanta coisa em torno do documentário (já que ainda por cima a produtora não o promoveu), foi bastante criticado no Reino Unido por não trazer nenhuma novidade.

Os pais não quiseram falar por considerarem que a sua participação não acrescentaria nada enquanto há uma investigação em curso.

O que "O Desaparecimento de Madeleine McCann" faz é reconstruir a história pelas várias teorias que foram sendo investigadas até aos dias de hoje.

Os pais podem ser culpados (era o que eu pensava antes de começar a ver), mas também podem não ser. Há tantas possibilidade de esta menina ter sido raptada como de ter sido morta pelos pais.

Talvez não tenha novidades para muitas pessoas, mas não me posso incluir nesse grupo tão bem informado.

Eu descobri imensas pequenas coisas:

- Como a imprensa prejudicou as investigações, por um lado; e como foi manipulada, por outro. É como se me espetassem um punhal.

- Como a investigação foi mal conduzida. Há a atrapalhação inicial, mas essa pode acontecer a qualquer polícia do mundo. Devíamos ser mais compreensivos em relação a isto, tendo em conta que quando não há certezas, é preciso apostar numa hipótese e segui-la.

- Já não se pode ser tão compreensivo com a necessidade de encontrar um culpado à força só para apresentar resultados. A dada altura, percebe-se, a PJ já não está à procura de Madeleine, está a querer salvar a sua pele. E, por amor de Deus, eram apenas críticas. Muitas delas justificadas.

Parte do processo está online. É só ir ver o que foi perguntado às inúmeras testemunhas do caso. É só ver que entre 3 e 6 de maio recolheram depoimentos de mais de 100 pessoas. Que em tão pouco tempo é perfeitamente possível ter falhado alguma coisa. Que se devia ter voltado a falar com todas estas pessoas e não apenas com algumas.  

- Finalmente, os pais, e quem os aconselhou (o que não fica claro para mim), na sua tentativa de manter a atenão sobre o desaparecimento da filha acabaram por banalizar a criança, as buscas, o caso. Tornou-se uma ficção baseada em factos reais que era preciso alimentar. Essa parte também prejudicou a investigação.

Debatemos bastante o assunto no jornal, mas não chegámos a nenhuma conclusão. E a criança continua desaparecida quase 12 anos depois. Tira o ar só de pensar. Não devíamos parar de procurar.

Madeleine McCann

***

Entretanto, enquanto andava nisto, o António entretinha-se com After Life, a série da Netflix escrita e realizada pelo Ricky Gervais, que é também o protagonista. Explico-a como ele me explicou: a mulher de um homem morre e deixa-lhe um vídeo com indicações para a vida. Ele sente-me miserável e infeliz, passo-lhe o pior pela cabeça.

After Life, de Ricky Gervais, no Netflix

Para quem vê, é triste e divertido em partes iguais.

Este sábado de manhã, quando terminei, a soluçar, o António não teve a tentação de me gozar. Ele sabe que aquele último episódio vale bem aquelas lágrimas. É verdade e quase todos os dias esquecemos, são as coisas mais banais e pequenas  - uma camisa passada a ferro, a louça lavada ou uma jarra com flores - que nos levam para a frente. São muito grandes, as coisas pequenas.

***

Próxima? Aceito sugestões.

 

Rumo aos 42. Dia 1. Call for entries

Delpozo_03.jpg

Há três anos (o tempo passa!) abri um #rumo aos 39, uma espécie de aniversário prolongado que consiste em fazer uma coisa boa todos os dias até à data propriamente dita - 26 de junho, para aqueles que ainda não informei. Este ano vou retomar esta magnífica tradição, abrindo as ideias à comunidade (e a todos os que queiram conviver).

Hoje tenho um almoço, há uma nítida sobreposição de eventos no dia 12, mas, tirando isto, está tudo em aberto. Aceito convites para todo o tipo de confraternizações e/ou formas de celebrar a vida.

|Foto: Maria Svarbova|

Coisas bonitas: The Happy Show

Estas são as minhas filhas, três anjos, cinco minutos depois de entrar em The Happy Show, a exposição do designer austríaco Stefan Sagmeister que está na Central Tejo. Sentaram-se de livre e espontânea vontade a ver o filme. E eu, quando vi a cena, só tive tempo de sacar do telefone e fazer a foto.

IMG_8529.JPG

O que, na verdade, devia ser documentado eram os 50 minutos que precederam esta imagem, quando esta mãe usou todos os truques possíveis para evitar palavras como museu ou exposição. E nunca, em circunstância alguma, "vamos ao MAAT'. Antes: Querem ir ao parque? Claro que vamos ao parque. Está a chuviscar, mas que importa? Andámos meia hora para elas constatarem que não podiam usar os escorregas porque estava tudo molhado. E quando já estavam cansadas (e eu!), convidei-as a entrar no edifício do antigo museu da eletricidade, onde tinha "uma coisa de trabalho para ver", para que pudessem descansar. 

IMG_8539.JPGEis, aqui, a foto definitiva. Percebe-se nelas, nas bocas cheias de pastilha elástica amarela e nas poses de zombie (é mesmo isso) que estavam muito contrariadas.

Às vezes, parece que a melhor maneira de educar as crianças é... bem... não quero dizer enganá-las, mas manipulá-las, vá.

Quanto à exposição, vale bem a visita. De cabeça aberta e, preferencialmente, sem crianças. Para ir pensando nas coisas que Stefan Sagmeister diz e escreve.

MAAT_012.jpg

Por exemplo, ele faz pausas de um ano, de cinco em cinco anos, e farta-se de falar sobre isso.

 

 

 

 

Coisas bonitas: uma voz de velho a dizer coisas novas

Apanhou-me desprevenida. Eu ia a caminho das Torres de Lisboa, sem bateria, sem podcasts, e deixei-me enredar na voz de velho que dizia coisas de gente nova. Falava de música, de palavras e o entrevistador - António Macedo - sabia tudo sobre ele. Havia outra coisa: ele falava bem, um leque enorme de palavras, nada obscuras, apenas pouco usadas. Nunca me canso de pessoas assim. Falava do encontro musical com Nuno Rafael, a Márcia. Era um homem velho, sim, mas dizia coisas novas. E tinha de ser alguém que todos conhecemos.

Mas só no fim daquilo tudo -- 10 minutos  de caminho -- é que percebi. Era o Sérgio Godinho.

Sérgio Godinho tem um disco novo e eu comecei a gostar dele mesmo antes de ouvir as canções. Eu não ia procurar nada sobre ele se não tivesse vindo ter comigo. E ainda bem que veio. Agora sou eu que não me canso de o procurar. 

 

 

(Adoro este vídeo)

Coisas giras que os meus amigos fazem... Tipo, livros!

O primeiro jornal que comprei por iniciativa própria foi o "Independente". Tinha um artigo sobre os pivôs da televisão, assunto que aos 17 anos já me interessava muito. Lembro-me perfeitamente da capa dessa revista. Chamava-se "Talking Heads". Quando folheei aquelas páginas foi como se abrisse perante mim um mundo novo. Eu pegava no jornal semana após semana, lia as coisas do Carlos Quevedo e pensava "Mas que país é este de que ele fala?". Ele e os outros. Nunca mais tive essa sensação com nenhum jornal e comprei-o religiosamente todas as sextas-feiras, mesmo quando o folheava uma vez e outra e já não encontrava nada que achasse que merecia ser lido. Como tudo, o interesse desvaneceu-se, um dia rendi-me ao "Expresso", depois a outros jornais mas mantive guardadas durante anos as revistas do "Independente". Uma delas, com uma reportagem de Laurinda Alves sobre um grupo de pescadores que perdeu a vida num naufrágio em pleno Tejo, foi resgatada, anos depois, quando o "Tarde Demais", de José Nascimento, estreou. O filme era sobre esta história. Portanto, tenho um cantinho bem grande guardado no meu coração para o "Independente".

E é sobre o jornal que vai sair um livro escrito por um amigo e editado pela Matéria Prima. O Filipe (Santos Costa), aquele tipo que escreve lindamente sobre política no "Expresso" aos sábados, viaja até aos anos polémicos do "Indy" (em parceria com a Liliana Valente) numa altura em que o seu diretor é vice-primeiro ministro do País. A prosa chama-se "O Independente - A Máquina de Triturar Políticos" e o lançamento é quinta-feira, às 18.30, na Fnac do Chiado. João Miguel Tavares e Ricardo Araújo Pereira fazem a apresentação, o que também é sempre de realçar porque pode dar-se o caso de darem algum espetáculo.

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Ainda da série "coisas giras que fazem os meus amigos", a Catarina Guerreiro, que trabalha no "Sol" e conheci no 24horas (vou sempre escrever o nome do defunto assim: junto e em itálico), também vai lançar um livro. Chama-se "O Fim dos Segredos" (Esfera dos Livros) e fala da Opus Dei e da Maçonaria. Tremam, boas almas! É apresentado no dia 18 de novembro, também na Fnac do Chiado, também às 18.30. Boa escolha, a propósito: a seguir podemos dar um salto à Sephora.

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 ... E outros dois livros que estão no mercado e podiar estar em nossa casa (não achas, querido esposo?)

"A Minha Europa", o novo livro de Maria Filomena Mónica, com fotos do arquivo pessoal (tiradas por António Barreto) e "Lembras-te Disto?", de Pedro Marta Santos e Luís Alegre. Vai-se a ver e pode ser uma desilusão, que isto de cavalgar o vintage e a infância é chão que já deu uvas, mas, bom, uma pessoa deve dar uma chance. A mim, basta que me falem em perneiras, trinaranjus e Cindy Lauper. Também são da Esfera dos Livros. Não porque tenha algum contrato com eles, mas porque me mandam mails e costumo gostar do que editam.

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Coisas bonitas: como as sapatilhas de ballet são feitas

Esta notícia sobre o bailarino português Marcelino Sambé levou-me aos bastidores do departamento de sapatilhas do Royal Ballet de Londres, descobrindo, primeiro que custam uma fortuna e são feitos à mão, que existe uma pessoa que se ocupa de tal trabalho e que num mesmo espetáculo uma bailarina pode usar três pares.

PS: É este ano que vou ver um bailado com a Teresinha.

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