Praia do Forte: fazer amigos entre os animais
A fuga das tartarugas careta careta (ou cabeçudas).
O caminho que fazem até ao mar fica na memória e 30 depois voltar para pôr os seus ovos, dizem os especialistas do Projeto Tamar.
Com tanta, tanta sorte, ainda nem bem tínhamos pousado as malas já nos estavam a chamar para esta largada de tartarugas. Eram cerca de 30 e a primeira a chegar à água teve direito a palmas e tudo. Alguém perguntou quantas sobreviviam. "Faltam umas 970 para chegarmos a uma", disse a bióloga. É uma espécie ameaçada (já esteve em vias de extinção), daí retirarem os ovos da praia e 'cultivarem-nos' em cativeiro. Existem vários ninhos sinalizados ao longo da praia. De manhã passa o tartarugueiro (adoro a ideia de exisitir esta profissão), observa as pegadas das cabeçudas e marca o local. Mais tarde, são levados para as instalações do Tamar até saírem da casca. Não sou assim tão fã da natureza, mas adorei esta história. Costumava ir fazer uma caminhada às 07.00, 07.30 e tive sempre esperança de encontrar pegadas ou o tal senhor a identificar desovas. Nunca tive sorte.
Estes mini-macacos chamam-se mico-qualquer coisa e estavam por todas as partes. Especialmente no pequeno-almoço. Podem morder e até transmitir doenças pelo que havia indicações para não lhes dar de comer. Algumas pessoas, claro, borrifavam-se no assunto e davam-lhes pão e fruta e outros alimentos, o que não é uma ideia agradável. No geral, eram bastante pacíficos e nunca houve problemas. Mas, lá está, nunca nos metemos com eles.








