Obras em Lisboa. Outra vez...
"As obras em Lisboa são sim, uma grande chatice. (...) Porque não fazem algo mais pertinente como arranjar passeios, alcatroar todas as ruas, limpar e melhorar a sinalização, alindar jardins, arrumar e limpar caixotes do lixo, contratar varredores, pintar o tracejado nas ruas... Tanta e tanta coisa mais pertinente que isto que o Medina decidiu fazer. Era o que bastava para ficarmos com uma Lisboa mais limpa e mais arrumada", escreveram-me nos comentários ao post em que falo das obras em Lisboa.
Agradeço que tenha dispensado alguns minutos a comentar e ainda que me custe responder a uma pessoa que assina CrocDundee, gostava de dizer-lhe que também sofro com as obras e a desorganização que vai pela cidade, que já evito ir à Expo e outras coisas que tais, mas isso é o de menos. Isso é circunstancial. Dentro de um ano, é passado. Além disso, o seu comentário defende melhorar a cidade que existia, eu defendo que se faça uma nova cidade a partir do que já existe. Até pode parecer o mesmo, mas não é.
A mais importantes das razões para defender Medina neste projeto é esta: devolver a cidade às pessoas. É verdade que nos últimos 50 anos passámos a acreditar que a cada pessoa corresponde um carro e que isso é tão natural como a sua sede, mas na minha visão da cidade não é, e, pelos vistos, nesse departamento, o presidente da câmara e eu estamos em sintonia. Menos carros, mais proximidade, mais vida de bairro, mais comunidade.