O melhor está para vir
O bolo rei acabou, o bolo da tia Diu acabou, os brinquedos estão em uso intensivo. Os póneis da Teresa, os Playmobil da Madalena, o tutu da Quica. "Estou lindíssema", diz ela com a mão na cintura e a rodopiar pela casa. Com a mãe em casa, o Natal, de certa maneira, continua. Nem é que faça nada de especial, estou apenas aqui a ouvir as coisas incríveis que dizem. Tinha de ter o computador sempre ao lado para registar a toda a hora o que dizem e, o mais adorável, como dizem. O Natal pós-Natal é a minha parte preferida. Ou pré-Natal. Ou em qualquer altura desde que estejamos juntos. Mesmo que seja o inferno dos saldos do El Corte Inglés ou enfiar este trio odemira no banco de trás do carro. Num trajeto de 5 quilómetros (mas muuuuitos minutos), elas discutem, elas fazem as pazes, elas são as melhores amigas, elas provocam-se, elas dizem que não podem viver uma sem as outras, elas fazem da Quica bebé e ela grita com as suas "manenas". O meu reino por poder estar mais tempo com estas crianças. Por poder fazer panquecas ao pequeno-almoço e ler uma história -- aquela história! -- a cada uma. É. Parece que o Natal foi há imenso tempo. Com estas confusões do BES. Com os milhões para o futebol Com a história do piropo que não é piropo, é abuso (e eu nem sabia que ainda não era crime). Com o final do "Downton Abbey". Com o "Orange is the New Black". Tenho vindo a confirmar que tenho uma filha política, a mais nova, capaz de levar os outros a fazerem o que quer com as suas falinhas mansas, uma filha cerebral, sempre a fazer perguntas sobre a maneira como o mundo funciona, e uma filha hábil, capaz de aprender a andar de patins sozinha, dentro de casa (tudo coisas que tenho de vos registar para saberem um dia). Passaram uma tarde a brincar com um cão, foi a alegria suprema, a Madalena aprendeu a fazer as tais panquecas. Sim, têm sido dias espetaculares. Estamos em contagem descrescente para o novo ano e, como sempre, pedimos saúde e paz, amor e trabalho. Para nós e para os amigos. E o meu mantra anual...