Incêndios
Quando a festa de dois anos do Rafael começou, às 17.00, já havia um nuvem negra ao longe. É em Santo Isidoro, disse uma convidada. Nós rimos, conversámos, as crianças brincaram e a nuvem de fumo sempre a crescer. Cortámos o bolo, jantámos e lá estava. No regresso a casa, vimos pelo menos três carros de bombeiros e mais um clarão de incêndio, numa zona diferente. Eram 22.30 quando em sintonizei com as notícias. Continuavam acesos.
Quatro pessoas tinham morrido quando eu adormeci e, juro, pensei, e se Pedrógão Grande se repete? Não, impossível. Vai haver cuidado. Balanço desta manhã: seis pessoas morreram.
Sim, eu sei que os incêndios acontecem, que há imponderáveis, mas não é possível que todos os azares se concentrem sob o comando da ministra de Admnistração Interna.
PS: As minhas contas nestas coisas pecam sempre por defeito (já foi assim em junho). São 13.00 e o número oficial de vítimas é 31. Cinco pessoas estão desaparecidas e, segundo li no DN, uma delas é um bebé de um mês. Uma vida é uma vida. Mas uma vida com um mês?