Imagine-se que eu era supersticiosa... Estava agora a dar em doida
Feliz 2018! Não quero agora passar por mal educada, pessoa que abre novos 365 dias sem um carinho, um olá, uma lembrança. Estou feliz por virar o ano, mas não terminei o ano a fazer mais balanços do que aqueles que já tinha feito. Apenas feliz, e agradecida, por termos saúde e estarmos juntos. É tudo o que desejo para o novo ano.
Suponho que quando somos novos, e ainda nos achamos imortais, temos a ousadia de pedir mais do que saúde e a companhia daqueles de quem gostamos. Eu também fazia, todos os anos, uma lista de doze desejos. Era bom e eu gostava, mas não fiquei magra por muito pedir. Não arranjei um trabalho de sonho por comer uma passa. Não viajei por usar cuecas azuis novas. Enfim, acho que se percebe...
Além disso, se eu fosse um bocadinho supersticiosa ou acreditasse que os primeiros doze dias do ano nos dizem o que se passa nos 12 meses seguintes, estava bem tramada, tendo em conta que passei a manhã com a Teresa no hospital por causa de uma dor de ouvidos e que sou uma fada do lar solitária até domingo. Querem camisas passadas? Falem comigo. A esta altura da procissão, arrogo-me o direito de dizer que tal teoria não tem (não pode ter) qualquer validade.
2018, que sejas como tiveres de ser.
, de Pierre-Auguste Renoir (National Gallery)