Em conclusão...
Se o Estado está a incumprir contratos (porque se havia comprometido para três anos e está a fazer este anúncio em cima do fim do ano letivo), o local para denunciar o caso são tribunais e não as ruas.Se há oferta pública suficiente não se justifica que se pague o serviço privado. Isso está a acontecer em alguns locais e também devia ser claro que é um abuso pedir aos contribuintes portugueses que financiem esse serviço adicional. Porque também já ficou claro que não vão ser fechadas escolas onde não existe outra opção. Se realmente não há espaço para todos as crianças na escola pública não devem ter com que se preocupar. E se forem para a escola secundária? Qual é o problema? Não é que vão pagar mais por isso...
E os pais também já paravam de dizer que é uma questão de escolha. A opção está sempre lá: basta que paguem.
E também é preciso lembrar os partidários do fim dos contratos de associação que, por outro lado, é indiferente quem presta o serviço desde que ele seja prestado.
Finalmente, estava na hora de se fazer um estudo a sério sobre o que se quer para a escola pública, porque manifestamente o que muitos pais querem é uma educação igual à que oferecem os privados.
Sendo que muitos privados, na verdade, não oferecem nada de diferenciado, pedagogicamente falando, pelo que me pergunto qual é o interesse de ter crianças matriculadas nessas escolas. Nem são religiosas, nem desportivas, nem artísticas, nem nada de nada a não ser cumprir o programa do ministério da educação a tempo e horas.
Quando o único ponto destacado por uma escola é rigor, trabalho e fazer crianças felizes temos o caldo entornado. Porque isso é o básico...