Ah, bom, então e essa coisa de ser "a do meio"
Queria, em primeiro lugar, dizer que não é aceitável nos dias que correm que um filho do meio se sinta sem lugar ou que ache que recebe menos atenção do que os irmãos. Ser o "o do meio", ser a Teresa, no nosso caso, é mesmo muito especial e este post sou eu, aos 37 anos, a mandar recado à minha filha que já sabe ler e à minha filha adolescente. Mesmo que quisesse ignorar-te, que não quero (como é óbvio), há sempre alguém a lembrar-nos. "é preciso muita atenção à do meio". E por quem é que fui ao Google fazer uma pesquisa "being the middle child" [ser o filho do meio]. Há teorias a rodo sobre o assunto, diga-se de passagem. Um psicólogo austríaco descreveu a coisa e até lhe deu nome: síndrome do filho do meio. Analisa mais do que o ser o número 2, foca-se no que é ser o número 1 ou o número 3. Vários estudos concluem coisas como os primeiros são aqueles que nos fazem ter maiores expetativas, os segundos sentem-se em terra de ninguém, os terceiros infantis. Para animar pais stressados dizem ainda que a percentagem de filhos bem sucedidos é mais elevada nos do meio (o que eles entendem por ser bem sucedido é que não estava escrito). A mim parece-me que isto é tudo um tanto ou quanto óbvio. Mas se por acaso, Teresinha, vieres a sentir que não tens nada de especial, deixa-me dizer-te que isso não é verdade. Olha à tua volta e conta: quantos filhos do meio encontras? Poucos, não é? Pois é. Especiais. E raros! Última nota, Teresinha, tu és única e especial por ti, pela maneira como és. Por seres a Teresinha.