Consumismo sim, ajudar os outros também
Há um lado totalmente parvo nessa conversa de que o Natal deixou de ser Natal, que é só consumismo, que ninguém pensa em valores, blá, blá, blá, todos queremos ser a Miss Universo nestes dias.
Pois claro que o consumismo desenfreado é uma porcaria tremenda que polui o ambiente, nos enche de falsas expectativas e nos cria falsas ilusões (sobre nós próprios e sobre os outros), mas dizer que o Natal é menos Natal por causa disso não é verdade. É graças a este "consumismo" que algumas pessoas, que não trabalham durante o resto do ano, podem ter trabalho; outras trabalham tanto que conseguem amealhar para os meses mais próximos (pastelarias e pequeno comércio tal como grandes superfícies que contratam mais pessoas, precisam de mais distribuição, que precisa de mais transportes, que usa mais gasolina... e por aí fora). Tudo maneiras de ajudar o próximo e que não se medem apenas nos presentes que se trocam de 24 para 25. Vai muito para além disso.
Só é pena que, para muitas pessoas que querem, não se possa prolongar pelo ano inteiro. Mas ainda bem que há pelo menos um dia no ano que somos "obrigados" a animar a economia. E desculpem lá estar a falar de dinheiro (mete nojo quando o misturamos com o menino Jesus), mas é com ele que se paga o supermercado.
Querem austeridade? Esperem pela Quaresma.