A Ana Jorge descobriu a pólvora
Ana Jorge, em entrevista à Lusa citada pelo "Jornal de Notícias", diz que o grande problema dos hospitais é "organizacional". Oh pá, a sério, eu nem desgosto da senhora mas para conclusões destas convidem-me para ser ministra da saúde.
Já passou um ano desde que me mudei para o Centro de Saúde do Santo Condestável e continuo sem médico de família, coisa que não preocupa nem um pouco as antas administrativas (e estou a ser querida) que lá trabalham. "São 7 mil na mesma situação", disseram-me da última vez.
A Mini também não não tem médico de família e isso sim é preocupante, porque se no primeiro ano nunca se recusa uma consulta a um bebé, a partir de agora é cada vez mais igual aos adultos. Muito mau.
Outra coisa que me tira do sério nos centros de saúde é não marcarem consultas para, vamos lá, daqui a um mês. Só para a semana, e sabe Deus. É possível marcar o cabeleireiro, a depilação, é possível marcar consultas nos estabelecimentos privados com três meses de antecedência, mas no SNS não. E se for Agosto não marcam mesmo porque há muita gente de férias (!!!). Desde que me lembro de mim que o mês das férias por excelência é Agosto, porém, as funcionários do centro da saúde pareciam ter sido irremediavelmente apanhadas de surpresa.
Se mantivessem as agendas em dia, como fazem as enfermeiras do dito centro de saúde - que são de uma competência que conforta - nada disto aconteceria. Mas não. São desorganizadas e isso prova-se com outro detalhe simples: quando marcam as consultas é tudo para a mesma hora. E depois cada pessoa tem um número. Isto faz sentido? Não, claro que não. Haverá alguma razão para não marcarem as consultas separadas por 15 minutos?