Teresa
Nasceu às 16.15 de sábado, dia 31, com 3.685 Kg (é a maior dos 10 bisnetos da minha avó), carequinha e com muito boas cores. É linda, cheirosa e tão parecida com a mana que até faz impressão.
Tão parecida, tão parecida que, infelizmente, mais uma vez aqui estamos nós em casa e a nossa filha, recém-nascida e tão frágil, ficou no hospital, exactamente no mesmo sítio onde a irmã passou os primeiros 15 dias de vida. "É a incubadora de família", dizia uma das enfermeiras que conhecemos há dois anos e meio. "Quando aqui cheguei tentei encontrar outra, mas olhei à volta e só estava esta disponível", justificava-se a médica, a mesma que viu a Madalena naquela sexta-feira de manhã. Mas, pronto, podíamos ter azar e ter duas filhas que nascessem com problemas, ainda que diferentes. Mas não. As duas começaram exactamente com o mesmo: um pneumotorax. A diferença é que a Madalena evoluiu para pior, a Teresa estabilizou e estão a conseguir drenar-lhe o pulmão. Mas nestas coisas é sempre melhor ir com cautela. Os recém-nascidos são bombas-relógio. E eu só acredito quando a tiver ao pé de nós, que é onde ela deve estar.