O bom, o mau e o assim-assim de viver longe de "casa"
Viver como uma cigana (perdão, como um povo nómada) tem a vantagem de pôr as coisas no sítio certo. Sou infeliz por estar a morar a quase 40 km do trabalho? Bem, não exageremos. Esta parte é chata, sim, muito, mas confesso que até tenho um certo carinho pelo IC19 (chamem-me masoquista). Sinto-me mais chateada por ter parte das coisas em caixas de cartão, por não saber onde andam as minhas camisolas e, sobretudo, por sentir que não controlamos nada. E isso inclui a Madalena. E a educação da Madalena. Passa a maior parte do dia com os avós e é tal qual os livros descrevem: está mais mimada do que nunca, está mais esperta do que nunca. Caprichosa, grita para chamar a atenção das pessoas, exige coisas estranhas como garrafas de iogurte pousadas numa mesa e outras coisas deste género, mas, em compensação emite muitos e variados sons, já por várias vezes conseguiu acertar o som (mamá, papá) com a coisa (os progenitores) a que se refere, aponta para o biberão da água quando tem sede, para a cama quando quer dormir, é capaz de comer quase uma banana inteira à dentada, rói maçãs e já brinca que se farta.Como comecei a escrever este post ontem já perdi um bocado o fio à coisa. Mas basicamente o que quero dizer é que embora me ande sempre a queixar, a verdade é que isto não tem sido assim tão mau. Pelo contrário. Além de uma filha bem tratada também temos sempre sopinha da boa e companhia para ir ao café tomar o pequeno-almoço (eheheheh). Por isso, é só para deixar claro que nos sentimos super afortunados pela vida que temos. Mesmo, mesmo. Obrigada.