Mini, seis quilos de poder
O avô da Mini morre de saudades da neta e não aguenta estar muito tempo sem a ver. Impressiona-se com as diferenças e, simpático, hoje quando a veio ver ofereceu-se para tomar conta dela enquanto eu ia ao supermercado.O meu pai já era moderno em 1976 e como a minha mãe começou a trabalhar um mês depois de eu ter nascido, trocava fraldas, dava biberão e o mais que houvesse para fazer, portanto, apesar da choraminguice de final de dia, achei que a Mini ficava em boas mãos e lá fui.
Demorei meia hora, nem tanto, e quando cheguei o meu pai estava a suar em bica, com a Madalena ao colo. Estava caladinha, mas pelos vistos isso era coisa recente e o relato daqueles 30 minutos só me dá vontade de rir: "Só se calou agora, parece que estava a adivinhar que vinhas aí. Tentei de tudo: água, aquela coisinha cor-de-rosa [aero-om], pu-la na cama, na espreguiçadeira, eu sei lá...".
Apesar de me andarem sempre a chagar com essa coisa de que "chorar faz bem, abre os pulmões", não acho graça nenhuma a ter a minha filha a berrar quando não tem fome e está limpa. Mas é impossível que não aconteça e já me habituei a manter a calma nessas ocasiões. Por isso achei impagável ver o meu pai, uma pessoa que arranja sempre solução para tudo, totalmente à nora com uma bonequinha de seis quilos*. É o que eu digo: esta miúda é quarta powerpuff girl. Poderosa!
*Segundo a pesagem desta segunda-feira. Está uma texuguinha linda.