Estou para ver os números
Tenho lido por aí muita gente a queixar-se do trânsito infernal nos centros comerciais em vésperas de Natal efico surpreendida. Tive de ir à Fnac na quinta-feira à hora do almoço. Pensei que ia ser um tormento e estavam três pessoas à minha frente na caixa mas dizer que estava muito cheio, não. No sábado à tarde, tive de ir fazer umas compras de última hora às Amoreiras e, francamente, até lugares disponíveis havia.
Não estou a criticar quem diz que viu centros comerciais cheios (os conceitos de cheio e vazio variam), mas estou a afirmar que isto da crise vê-se, sente-se, está aí. Começámos cá em casa, claro. Houve menos presentes e menos dinheiro envolvido, mais imaginação a trabalhar (o que não é nada, mesmo nada, mau) mas a mim corta-me o coração. Não é por ser totalmente fã do mercantilismo natalício, é por ser a favor do trabalho. E um simples enfeite de Natal corresponde a meses de trabalho e muitas pessoas envolvidas. Bem sei que o Natal não é só troca de presentes, e blá, blá, blá, mas quando a gente diz essas coisas é sempre mais fácil fazê-lo com a barriga cheia.