Coisas bonitas
A norte-americana Mary Lou Retton é a primeira atleta de que me lembro de gostar. Mais do que de qualquer português. Adorava o seu estilo, achava-a linda e, não sei porquê, estava convencida que nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, ela tinha limpado todos os títulos a que uma ginasta pode aspirar com uma perna às costas (literalmente). Fui atraiçoada pela memória como me provou um documentário que vi há uns tempos e a Wikipédia confirmou. Não só o bloco de Leste se recusou a participar como houve concorrência e grande, graças a Ecaterina Szabo, da Roménia, o único país socialista a "furar" o boicote.
Para lá das razões políticas (ou não) que possam existir, alguma razão desportiva assistia à Roménia para tentar a sorte nos Jogos. Oito anos antes, Nadia Comaneci, então com 14 anos, obteve várias notas 10, tornando-se a primeira mulher a consegui-lo.