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Não sei se no que levamos de mês já disse isto, mas sou consciente que tenho o melhor trabalho do mundo e dias como a última quarta-feira só servem para reafirmar a coisa. Eis, pois, o ocorrido: ver os dois polos da exposição "Abaixo as fronteiras! Vivam o design e as artes, que está no Pátio da Galé, ali juntinho ao Terreiro do Paço, e no Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE). O que se passa é simples. O nosso Museu do Design e da Moda está fechado. Calma! É temporário. Para o ano temo-lo de volta, e vai ser bonito. Nos entretantos, as peças mostram-se em outros locais e é isso que esta exposição em dois sítios faz. Com outra reviravolta no enredo, porque ainda vai buscar peças de arte contemporânea e põe-nas lado a lado, o que faz muitas cócegas no cérebro. Por exemplo, a casa vertical do arquiteto e designer italiano Andrea Branzi.
Esticar o cabelo e passar a tarde no whatsapp.
(Uma pessoa de gostos simples.)
Da mesma maneira que coisas muito planeadas podem dar asneira, dias farruscos que nos trocam as voltas podem resultar em coisas ótimas. Iamos passar a manhã de segunda, dia 13, sozinhas as quatro (o pai tinha trabalho) e o plano era ir para Serralves explorar o museu usando o jardim como isco. Infelizmente, as minhas filhas consideram ir a museus uma seeeeeeca (ingratas!). Como estava meio de chuva, trocámos o encanto da arte contemporânea alternativa por um aquário mega comercial junto ao castelo do queijo, o Sealife. E não é que as crianças adoraram e a sua mãe também? Se calhar é porque não é muito grande, ao fim de 10 minutos já dominavam a coisa. Segundo, não tinham um minuto de descanso entre ver peixes, assistir ao almoço das raias e ainda completar o questionário que lhes deram à entrada. A loucura!
Segundo dia no Primaversa Sound = miúdas in the house + cachorrinho da gazela (uma coisa deliciosa a todos os títulos que se faz na Cervejaria Batalha e merecia ser visitada pelo Anthony Bourdain.
Fica assim:
Uma amiga do meu irmão ofereceu-lhe este disco, um best of dos Beach Boys, ainda em vinil, quando eu tinha uns 17 anos. Começámos a ouvir o "Surfin' in USA". Depois, o "Good Vibrations" e o "Help me Rhonda" e o "Barbara Ann" e o "Californa Dreaming"... e outras e outras e outras... até se transformar num dos discos, a par "True Blue" da Madonna, que mais vezes ouvi na vida. Portanto, quando soube que o Brian Wilson vinha a Portugal tocar o "Pet Sounds", disse logo: "EU VOU". Vou nem que tenha de sair do trabalho e ir. Nem que tenha de ir de avião. Nem que tenha de trabalhar no Porto. Nem que tenha de ir de comboio com as crianças, que foi o que aconteceu.
E lá fui ao NOS Primavera Sound vê-lo.
Dizer que foi o melhor concerto que vi na vida seria mentira. A primeira meia hora foi boa, a segunda foi penosa, a terceira foi um óptimo passeio pela rua da memória. Gostei muito, e não me arrependo. Era um medo que tinha. Gostei. E continuo a achar que estes rapazes são os melhores. Melhores que os Beatles. Sorry!
- Nem te reconhecia. Estás vestida.
(Das duas uma: ou ponho menos fotos em fato de treino ou ponho mais fotos "vestida".)