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Quem sai aos seus

Um blogue para a Madalena, para a Teresa e para a Francisca.

E ainda houve celebração no domingo

Almoço com a minha família no domingo.

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 (Ainda não dominamos completamente a nobre arte da selfie).

 

*Este ano foi assim, queria algo pequeno e sem grandes planos, confiei no destino e acho que correu muito bem. Pelo menos, adorei todos os minutos e acho que foi um aniversário e tanto. Faltou-me estar com algumas pessoas, mas nada está perdido. Havemos de ter tempo pela frente. E para os 40 já penso numa coisa em grande. Em maior, vá.

A festa continuou no sábado

No sábado à noite, houve sardinhas, entremeada, caracóis, chouriço assado e farturas. As melhores farturas do mundo!

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Não fui a única a celebrar o aniversário na romaria de Santo Amaro. Há pessoas que não podem ver nada...

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Cara de "ah ah ah, aquela é Teresa Guilherme"...

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Como é óbvio, não ia embora sem dar os parabéns à sôdona Teresa.

Estava cheia de coragem. O que não tem nada a ver com a sangria que foi servida.

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Houve música. Os artistas da noite eram Los Romeros, finalistas do programa "Rising Star" da TVI.
Esperamos ter deixado uma grata recordação no coração da cantora, Paula, a nossa "Romera".

- Romera, Romera... Quem és tu?

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E, óbvio, tirámos um selfie.

 

 

E então fiz 39 anos

Supresas e improviso, foi assim o meu dia de anos. À meia noite, presentes. Ao almoço, compras no Freeport (em homenagem ao preso 44) e piscina. Quando cheguei a casa, o António tinha mandado comprar um bolo. Fomos à piscina dar um mergulho, vieram a Joana, a Camila e a Mariana. A Teresa pediu para trazer uma amiga, a Madalena pediu para trazer outra. E eu convidei a irmã. Íamos nas oito crianças. A Mariana dizia que eu parecia o flautista de Hamelin. Só que, claro, em vez de ratos, trazia crianças. Ainda encontrámos mais dois amigos no parque, a caminho de casa. Há uma foto espectacular desse momento (que não posso publicar porque as crianças não são minhas).  A solução foi ir a casa buscar o bolo, os adultos que faltavam e cantar os parabéns na relva. Sinceramente, não podia ter sido mais espectacular.

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 A noite foi dos adultos, embora não parecesse. Até o Tom Sawyer se cantou.

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À esquerda, o multidisciplinar Carlos Daniel.

Ao centor, o músico Filipe Fonseca.

À direita, o melhor comentador de Portugal -- João Ricardo Pateiro (TSF).

(Espantosa a maleabilidade da voz, como consegue imitar as pessoas e o repertório de histórias que contou)

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Muito bom, e ainda era só o princípio.

Rumo aos 39. Dia 25

Claro que agora já me parece que foi há séculos, mas ficou a boa sensação: estar o dia inteiro com as crianças mesmo que seja para coisa tão parvas como irmos ao dentista ou tirar o cartão do cidadão. À noite, houve um prémio: carros de choque e farturas.

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Rumo aos 39. Dia 22

Another busy day at work.

Há dias em que o trabalho me pesa, é demasiado, não consigo dar conta do recado. Outros é prazer e felicidade e tenho muitas certezas. Depois há uns dias assim-assim. Nem tens opinião, estás na "vidinha" e perdes a noção do que importa. É muito bom uma pessoa viver com a sensação de que os seus probleminhas de cacaracá são importantes. Porque a dado momento podes descobrir que uma jornalista que nem 50 anos tinha morreu de cancro - uma batalha inglória e desigual travada com valentia, diziam todos os que a conheceram e que me falaram dela (foram muitos, durante muitos anos). E quando ainda não te refizeste, dizem-te que um jornalista de 40 anos morreu. E é uma pessoa que tu conheceste há dez anos. Um encontro desses que não fica para a história, que servem apenas para pores cara no nome de um grande fotojornalista.

Como é que isto pode entrar nas coisas boas? Não entra. Serve apenas para nos reduzir ao nada que somos (é um lugar comum, é verdade e é por ser verdade que é um lugar comum). É isso que, de maneira um tanto ou quanto retorcida, te lembra como és feliz ou como tens todos os recursos de que precisas para seres feliz

Um dia também devia falar sobre isto -- porque é que as pessoas se sentem infelizes quando tudo nas suas vidas é perfeito, até as imperfeições? A minha resposta preferida: a felicidade não existe, é química. Uma noite bem dormida, uma refeição na hora certa, um passeio que te desentorpece as pernas.

Mas, bom, nos momentos maus, lembrar as coisas felizes. Lembrar que se tem saúde. É o mais importante (lugar comum, de novo). Celebras com outras pequenas coisas felizes. As tuas filhas que te dizem "não quero que vás, mãe", "a mãe é só minha", "19,5 no teste de inglês". Outras coisas: o trabalho. Às vezes, é tanto. Lembra o pré-2009. Tanta, tanta coisa. Nem me consigo concentrar por gulodice. É muita coisa boa, gente interessante, espaço para escrever, abrires o sapo jornais de manhã e está lá uma chamada para uma coisa que escreveste. Uau! É um êxtase.

É bom uma pessoa sentir-se feliz no trabalho. Tenho medo de dizer isto, a magia pode quebrar, mas, cinco anos depois, acho que posso dizer que sou feliz aqui. A minha pilha de cadernos com contactos para passar para a agenda está enorme mas só porque estou sempre a fazer mais uma coisa, mais um serviço, mais um palácio onde se descobriu qualquer coisa, mais um mosaico que conta uma história, mais uma peça da história que encaixa.

Às vezes, estou cansada. Mas é cansaço por fazer. E desse nunca me queixo.

 

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