Por outro lado...
"Vou jantar, num dia de escola, com a minha família, que, ouvi dizer, de múltiplas fontes, ser adorável."
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"Vou jantar, num dia de escola, com a minha família, que, ouvi dizer, de múltiplas fontes, ser adorável."
Logo depois de ter escrito este post -- Diz-me como te chamas, dir-te-ei quem és -- tive vontade de fazer uma correção. O título devia ser "Diz-me como te chamas, dir-te-ei quem são os teus pais". Nunca mais me dei ao trabalho de o fazer até que ontem à noite, a Vanita me fez recordar que estava na hora, partilhando com o mundo este texto: O fabuloso destino de Cátia Vanessa. Que é realmente fabuloso.
Os nomes que temos são resultado direto das escolhas dos nossos pais, e é por isso que muitos pais passam 9 meses a pensar no nome que dão os filhos. Ultrapassa-me. Ou melhor, sei perfeitamente porque o fazem. Porque acreditam que um nome pode determinar o futuro de uma criança. Como bem se diz no texto, é precisamente por isso que os menos abonados tentar dar aos filhos os nomes das elites que, entretanto, horrorizadas, começam logo a mudar os nomes que dão aos filhos para não haver confusões. Por acaso, agora que falamos nisso, vejo um crescimento bastante sustentado de Salomés, Rosas, Joaquins e Jaimes.
No fundo, (engulam!) sou da linha Shakespeare. “Aquela a que chamamos rosa, o mesmo doce odor teria se outro nome tivesse” (“That which we call a rose by any other name would smell as sweet”). E da mesma maneira que não acredito que um nome diga tudo sobre uma pessoa, porque SEI QUE UM NOME NÃO DIZ TUDO, e o contexto tem uma palavra ou duas a dizer, procurei perder o mínimo de tempo com esse assunto. É igual a quem perde muito tempo mas ao contrário.
Quando soubemos que a Madalena ia nascer, uma tarde de férias em junho, em casa, depois de virmos do médico, reduzimos a escolha a três nomes: Madalena, Teresa e Carlota. Íamos para casa dos meus pais contar a boa nova e em meia hora tirámos Carlota da lista. Era demasiado pomposo. Quando lá chegámos já sabíamos que ia ser Madalena. E da Teresa, por maioria de razão, o nome já estava escolhido. Para rapaz, igualmente: seria António Maria, se o António Maria tivesse aparecido. A escolha para a Francisca durou um bocadinho mais. Quase uma hora, calculo. Eu lancei Luísa, Ana, Sofia e Francisca para a mesa. O pai falou em Leonor, e outros que não recordo. Fixei o Leonor.
Sou pouco esquisita com nomes, desde que ache qe têm a ver com a minha pessoa (não me passaria pela pinha chamar Fátima, Érica ou Clementina a uma filha), e, para ser completamente sincera, chamar às crianças Madalena, Teresa ou Francisca é quase o mesmo que lhe chamar Mafalda, Beatriz ou Rita. Leonor é que não. Definitivamente, é um nome de que não gosto. É uma injustiça, todas as bebés Leonor que conheço são amorosas, a Quica adora a sua amiga Nor, a Teresa é fã ao máximo da sua colega Nonô e até é o nome da infanta de Espanha (uma família tão querida), mas a sonoridade não me convence. Cada maluco com a sua mania...
Em todo o caso, passados quase 39 anos de vida, e apesar de não gostar do meu nome, sou forçada a rconhecer que a sua invulgaridade me trouxe mais coisas boas do que más. Já me aconteceram coisas engraçadas. Uma menina do call center da PT dizer-me "tenho uma tia com o seu nome" ou dizerem-me "nem preciso de comprovativo da transferência bancária". Basta ouvirem-no uma vez e já ninguém se esquece da mesma maneira que nunca me esqueço do nome, único, do filho da minha dentista.
Uma coisa que a pessoa aprende com o tempo é que mesmo a trabalhar o fim de semana pode ser (bem) aproveitado: o bom tempo, estarmos juntos, almoçarmos juntos, dormir até mais tarde. Tipo, 08.30 em vez de 07.45 (imaginar smile aqui), correr. Chegar a domingo à noite, com mudança de hora, e querer começar tudo de novo.
Guardei para estes dias:
A história do mundo mudou em 1995?
Já temos menos dentes e diz que estamos a evoluir mais depressa do que se pensava.
Gozar com os logotipos de marcas conhecidas.
Procurar Diego Velázquez em Sevilha.
Snacks doces sem açúcar e festas de anos para adultos.
Haver modelos "plus size" não é tão bom como pode parecer.
Melhor frase de sempre sobre os jumpsuits tão na moda este ano. :)
Estou pronta para ir ao mercadito da Carlota... e ficar a olhar.
É muito frustrante isto mas só precisam de sapatos (e não são todas), acessórios e meias. Não podendo atirar-me às roupas (para elas), este verão vou concentrar-me na bela da peúga e nos cremes.
Este e este. Deve fazer um mal à pele atópica que nem sei mas o cheirinho... valha-me Deus. É como ter um recém-nascido em casa outra vez.
PS: Entretanto, o outlet da knot está aberto até sábado.
eu fui à escola brincar com o João e com a Marta e a seguir no final do dia eu fui brincar com a Marta
PS: Mãe a rebentar de orgulho, apesar da inexistência de pontuação.
O meu otimismo era claramente exagerado.
Vida de empresa:
- Mas com quem é que falo sobre determinado assunto?
- ...
Silêncio.
Não é por má vontade (espero eu), é porque não se sabe. Mesmo.
Mas acho que realmente o mundo está melhor. Há uns anos bastava ter conhecimentos e a pessoa ia trabalhar para a câmara municipal ou para uma empresa pública qualquer. Hoje, vê-se à nossa volta, empresas saudáveis contratam pessoas que trabalham e não estão preocupadas se as pessoas conhecem a ou b desde que arregacem as mangas e ponham mãos à obra. Se calhar estou a ser demasiado otimista mas acho mesmo que há mais gente a valorizar o mérito. E gosto disso. Não é sequer uma coisa política, acho que é consequência do garrote económico. Estamos menos tolerantes aos abusos. Ao emprego só porque sim. E essa moral profissional, podia apostar, é o que nos vai tirar do lodo. É como o Ricardo Salgado ser arguido ou o Sócrates estar preso. A gente fica em estado de choque mas, bem vistas as coisas, foi possível desmascarar estas pessoas sem ser necessário cortar cabeças. Ou como a Europa. Estamos a pôr o modelo europeu em causa, mais do que nunca, mas, também, mais do que nunca, falamos de nós como europeus. Apesar dos pesares, ainda se vive melhor em Portugal e na Europa do que no resto do mundo.
Cheguei a casa hoje e a Teresa fez o corredor a correr aos saltinhos, o mais depressa que conseguia e a dizer: "Mãe, olha como corro depressa!". E repetia. Há uns dias, ao pequeno-almoço, a Quica, sem me ver, perguntou, com a sua vozinha de bebé: "A mãe foi correr?". Quase todas as semanas, a Madalena me diz que um dia vai comigo correr.