Vai para aí uma loucura de domingo com o facto de o Cristiano Ronaldo se ter negado a responder ao CMTV (ou não conhecer a CMTV, segundo jornal). Não vejo razão para tanto alarido. O rapaz (graças a Deus!) não morreu, não explodiu, não foi atacado por um pitbull raivoso, não tem ébola, não levou quatro facadas de uma amante ciumenta, não tinha as irmãs, a mãe e o filho por perto, estava vestido e sem a Irina, ia falar de quê à CMTV? E para quê? Foi trabalho que vos poupou...
1. A Quica fez dois anos (há uma semana, shame on me) e juntámos os amigos debaixo da árvore do jardim. Acho que ela não entendeu nada, mas gostou. Quem não gosta de atenção?
2. Está mais mandona desde que entrou para a escola. Ontem, a caminho da escola, imitava-me. "Espacha-te". Nem acredito que já tem esta idade. Ainda ontem nasceu.
5. E um francês é Nobel da Literatura. É, aparentemente, mediano mas não quer dizer que não seja giro. E "No Café da Juventude Perdida" é um bom título.
6. A nossa piada preferida cá em casa: "Quem é que vai arrumar a mesa da cozinha? A mão invisível de Adam Smith?"
Vinha cá lamentar-me da triste vida que levo mas depois vi as notícias da audição à ministra das Finanças e decidi falar de coisas realmente importantes. Maria Luís Albuquerque tinha as unhas arranjadas e pintadas de vermelho. Reluzentes mesmo. E já não é a primeira vez. Ora isto é um problema. Talvez não ao nível de um potencial aumento de impostos, admito, mas um problema. Não para a ministra, que está muito bem assim, mas para nós comuns mortais. Quer dizer, se até a ministra arranja tempo para ir tratar da unhaca, qual é a nossa desculpa? Estas coisas preocupam-me. Não bastavam as modelos mães de famílias, a Gisele Bundchen e supermulheres de todos os géneros e agora ainda temos de aturar a mulher que nos está a fazer o Orçamento do Estado a dizer que tira aquela horinha semanal para se tratar, depois de ter (diz ela) resgatado o país das trevas financeiras. A fasquia está muito alta.
Balneário da natação, Madalena, Teresa e eu metemos conversa com uma menina de 10 anos e chegamos, já não sei como, ao "que queres ser quando fores grande".
Menina - Eu vou ser dos bancos. Vou ser bancária.
Madalena - Bancária? Que chatice! Eu quero ser pintora.
Tendo em conta que a Madalena passa os dias a desenhar, que não é a primeira vez que me vem com esta conversa de ser pintora e que amiúde me diz que nunca vai querer morar longe dos pais, decidi enfrentar a realidade: vamos ter de a sustentar até aos 40 anos.
[Pai lamenta que a primogénita não tenha dito "Bancária? Que chatice! Eu quero ser banqueira". Uma profissão com tanta saída e prestígio nos dias que correm, digo eu.]
3. Alteração, modificação, transformação (física ou moral).
4. Variação.
As mudanças custam tanto mais quanto mais confortáveis estamos. Se os sapatos apertam, é bom tirá-los. Se a casa é pequena é bom ir para uma maior. E no trabalho igual. Estamos em mudanças e estou com vontade de abraçar a novidade. Vamos a isso, vida. Isto é o meu momento "levanta-te e anda" do ano. Juro que não tornarei a estas parvoíces sentimentalóides mesmo que haja outras mudanças.
A cozinha do blogue, a.k.a. backoffice do Sapo, esteve em obras. Renovaram os eletrodomésticos, mudaram os armários mas a louça continua a ser a nossa. Cheira a novo e lavado. Vai demorar um bocadinho a adaptarmo-nos aos novos botões das máquinas, mas em menos de nada vamos lá.
Obrigada ao Sapo e ao pessoal da PT por manterem a chama desta relação acesa.
No meu caso, obrigada especial ao Pedro Neves, há dez anos (quase) a aturar os meus humores, à Cláudia Borralho pelo design e à Maria João Nogueira que me deu os primeiros conselhos. Não temos Oscares, mas nada nos impede de termos os discursos.