Seis anos. 365x6. Já. Bem sei que todos os anos digo o mesmo mas é que me surpreende mesmo: temos uma filha com seis anos!!! SEIS. Em Setembro entra na primária. Diz coisas como "Já foste a Copanhaga?", "esse não é o objetivo" e "obviamente". Veste-se sozinha, quando quer. Que já sabe tão bem o que gosta e o que não gosta. Que adora os seus amigos. E aprender coisas novas. E é perfeita de mais maneiras do que as que consigo dizer.
A Gata deixou-me um link para um texto bom sobre esta coisa de ensinar os bebés a comer, a propósito dos que têm sido estes dias (entre o não quererem comer e a selvajaria). E sobre como bem podíamos deixar as nossas crianças decidirem por si o que comer e como. Não sei se é boa opção deixarmos os miúdos comerem apenas à mão (nem me parece totalmente higiénico), mas há realmente um bom ponto em tudo isto. Será que não devemos mesmo deixar os miúdos comerem com as mãos? Estava precisamente a pensar nisso ontem enquanto a Francisca se lambuzava com a banana. Como posso querer que elas comam o que quer que seja se não sabem a sua textura? Lembro-me que era bastante permissiva com a Madalena e com isso de comer à mão e deixar um rasto inacreditavelmente nojento à sua passagem. A verdade, porém, é que ela come lindamente. Às vezes até de mais. Acho que estamos sempre demasiado preocupados com o que fica sujo e etc., coisas que realmente não são assim tão importantes. Vou tentar ser mais condescendente. Porque, de resto, também não posso atribuir o fastio das mais novas ao facto de estar sempre preocupada com o chavascal que fazem. Pensei nisso quando estava a ler o comentário da Vidas. Ela diz que no caso dela é o filho mais velho que faz fitas para comer... Acho mesmo que vou tentar ser mais cool em relação a isto. Mas a sopa, minhas amigas, vão ter de comer.
Eu grito (grito mesmo muito) e ameaço e ponho de castigo e já a mandei para a cama sem comer. Mas a Teresa é teimosa. É mesmo teimosa. É dessas pessoas que nunca se decide mas que quando o faz, acabou-se. Não há quem a faça mudar de ideias. E, depois, um dos maiores problemas desta 'brincadeira' é este: quando a Teresa está a jantar estamos a dar a comida à Quica e depois não conseguimos estar a chatangear a Teté com tanta eficácia. É uma confusão! E ralhar também já se percebeu que não é opção porque fica um mau ambiente que não se aguenta. Os desenhos animados sugeridos? Boa ideia! Mas já faço. Foi o isco com a número 1. Geralmente, funciona ao contrário. "Não comes? Vou tirar a Dra. Brinquedos". Às vezes, tiro-os completamente. É bom para a minha cabeça porque tiramos um ruído mas as discussões são exatamente as mesmas. Só com uma variante: "Põe os desenhos! Põe os desenhos!". Existe uma maneira de isto acabar, claro. Eu decidir que não é importante a Teresa comer sopa ao jantar ou não me ralar que a Quica não queira o prato principal. Se eu deixar de me ralar com estes assuntos, eles deixam de ser importantes, volta a paz. Acontece, porém, que eu QUERO que elas comam a sopa, que a apreciem e comam sozinha. Esquisitice minha...
Há pessoas supersimpáticas a quererem que todos se conheçam numa escola nova e depois temos coisas verdadeiramente atrozes como enfiar as pessoas dentro de água ou obrigar pessoas em posição mais débil a rastejar. Sem regras, sem hierarquia. Detesto essas coisas e o que detesto mais nas praxes é a incapacidade das pessoas de dizerem não. Mesmo na minha faculdade, onde as praxes eram muito suaves, houve episódios, como ler jornais eróticos, que eram francamente desnecessários Acho que li isso algures estes dias: praxes e bullying podem ser muito parecidos, dependendo de quem pratica.
No sábado fui a uma festa de anos (uma festa soberba, um arraial de sushi e amor familiar muito comovente, deixem-me dizer já porque depois não vem a propósito) e identificaram-me assim. Nunca na minha vida me tinha acontecido e não desgostei. Nunca fiz, não faço, questão de ter o apelido do senhor meu gajo. Tirando os aeroportos, quando vamos todos juntos e eu sou a ovelha ronhosa com apelido diferente, nunca me lembro disto, nem vejo utilidade. Mas também não me incomoda, nem vejo como perda de identidade. Alguém tem opinião sobre este tema?
Sabem aquelas vendedoras que têm sempre uma solução para tudo, aquelas com quem a gente se tem de controlar muito para não gastar mais do que a conta? Pois bem, essa foi a pessoa que NÃO encontrei hoje na Hussel das Amoreiras.
Como todo o Portugal sabe, e se não sabe eu digo, estou a (tentar) fazer uma festa do Jake para a Madalena. Uma das coisas que pretendo fazer é ter gomas com o crocodilo Tik Tak e que pareçam joias. Isto mesmo pedi à senhorita da loja que, dotada de uma sofisticada imaginação e olho para o negócio, responde sem pestanejar: "Não temos". Felizmente, a Madalena, quase-6 anos, parece perceber mais da poda e disse-me: "Mãe, estes!!!". Portanto, temos algumas coisas resolvidas mas ainda nos faltam moedas de chocolate (dobrões de ouro), mais joias e, se pudesse ser, uns lingotes. Onde é que encontro uma fantástica loja de gomas mesmo?
Diz que a Mustela tem uma nova pomada para o rabinho dos babes. Fazem eles muito bem porque se havia coisa fraquinha na linha deles era o protetor de assaduras.