Sexta-feira, último dia do segundo período, veio para casa o caderno com o registo das atividades e a avaliação, dividida em A (adquirido) e ED (em desenvolvimento). São três páginas A5 de parâmetros. Está carregado de A's e, no entanto, eu fui capaz de olhar para aquilo e só chamar à atenção para as coisas que não estão bem. A única coisa que posso dizer a meu favor é foi um minuto até perceber a parvoíce e começar a elogiar os pontos positivos.
Lá está o "não gostar de ser repreendida" (quem gosta?) e "tem dificuldade em aceitar regras" mas também o já ir ao WC sozinha, fazer cambalhotas sozinha, ser uma barra a falar e a comunicar e o muito que gosta dos amigos, sempre pronta a organizar brincadeiras e partilhar brinquedos.
Eu sei que os pais precisam de saber o que os filhos não fazem bem e que é aí que temos de concentrar esforços mas chateia-me mesmo ter dado tanta importância a coisas tão pequenas em vez de olhar para a big picture e ver uma menina de quatro anos cheia de talentos.
- Mamã, há uma coisa no "Toy Story" que não faz sentido. Os bonecos do Pizza Planet são atropelados porque passam à frente do camião... (género, não é evidente que não deviam ter atravessado?)
Hoje:
- Mamã, lavámos o carro e está a chover. (É incrível como até uma criança de quatro anos percebe a ironia da coisa)
Hugo Correia fotografou para a Reuters e o DN publicou aqui
Não tenho nada de inteligente a acrescentar ao que tem sido dito sobre esta imagem que documenta uma agressão de uma polícia a uma jornalista da AFP. A minha reação é corporativismo mas não me tira a razão. A polícia não pode bater e muito menos sem justificação. Dizer que foi porque a pessoa não estava identificada como jornalista só piora o cenário. E assusta. Quererão dizer que todo o manifestante se arrisca a ser agredido só porque se manifesta? Lamentável tudo isto.