Tem 14 meses e não quer andar sozinha, embora nos tenha surpreendido muito este fim-de-semana, sempre a subir e a descer um degrau da casa da avó. Adora dizer "can", às vezes "papá", mais raramente "mamã". Continua com os olhos muito azuis. Adoro como encosta a cabeça ao nosso colo quando lhe pedimos um "abracinho". A sua grande proeza é conseguir tudo o que quer à base de gritos em todas notas. Graves quando estão perto, agudos se estão longe. Mas sempre a fazer-se entender. Ah, e, de repente, decidiu que não gosta de jantar. Está cá com uma sorte...
Saímos de casa tipo 'povo nómada -- duas malas (a nossa e a delas), carteira da mãe, lancheira, mochila com os básicos de ambas -- para passar o fim-de-semana fora. Entramos no elevador. E ouço:
- Vamos precisar disto tudo?
Quem disse isto? O pai? Não! A própria da minha filha de 3 anos e 8 meses, que entretanto passou o fim-de-semana a dar dicas sobre a festa dos 4 anos. Já temos a lista de convidados (lembrou-se dos amigos da antiga escola, que querida) e o bolo. "Com princesas, como a Francisca". Está certo. Disse-lhe que antes vem o Natal, o que me levou a outra grande descoberta: "Tenho medo do Pai Natal".