Antes de falar com a Madalena sobre o tema irmão/irmã, sabia duas coisas:
1. Que não queria que ninguém se pusesse com essa conversa do "queres um mano ou uma mana?". Possivelmente, eu própria já devo ter feito esta pergunta a alguma criança (silly me), mas não quero mesmo. Não está na mão de nenhum de nós controlar se é um rapaz ou rapariga, logo não queria criar expectativas. So far, ninguém tem feito perguntas indiscretas.
2. Que não queria dizer-lhe que ia ter uma mana ou um mano sem ter a certeza absoluta do que vem aí. Mesmo que o médico ache que vai ser menina, mesmo que a gente se refira ao mini-bicho como Teresinha, temos sempre o cuidado de fazer essa ressalva nas nossas conversas. A preocupação é tal que no outro dia foi a própria Madalena que me disse: "Mamã, mano ou mana ainda não se sabe".
Fui apanhada por um dos directores do jornal a actualizar o blogue. É preciso ter azar, digo eu, que nunca, N-U-N-CA, faço isso. O que vale é que ele se riu e ainda pediu a morada.
Vou juntar-me aos exibicionistas da blogosfera que usam o estaminé para divulgar os sítos onde vão passar o fim-de-semana e pôr fotos de piscinas e praias idílicas para publicitar os últimos dois dias. Estivemos em Évora, aqui (por culpa da Teresa Martins, apesar de ela não saber), e deram-nos um jantar tão bom, tão bom que até guardei a ementa só para meter nojo (e lembrar no futuro, claro!).
Ele foi vieiras gratinadas em aromas da alfazema, creme aveludado de peixes nobres da costa, sargo de linha com fofo de amêndoa e coulis de cenouras biológicas, sorbet de cassis para desenjoar, filet mignon das pampas argentinas numa harmonia suculenta com foie e uma redução de Monte do Pintor e, para rematar, como se fosse pouco. espelho mágico de fondant. Estava tudo tão bom, mas tão bom, que não me admira que o casal ao nosso lado tivesse tirado fotos a todos os pratos à medida que iam chegando. Levei com tantas flashadas que se fosse epiléctica tinha tido um ataque.
Gosto muito de celebrar uma data especial no dia dos namorados. Não pelo dia de São Valentim em sim, que é uma treta comercialóide, mas porque quando chega o dia, todo o cosmo se organizou para celebrar o romance, que é exactamente o que nós queremos, mas com mais razões para isso do que uma simples, e importada, tradição americana.
No capítulo da gastronomia também tenho de falar do Fialho, de que já tinha ouvido falar tão bem. Devia mandar as senhoras e senhores de uma certa confeitaria na zona do marquês aprenderem modos e culinária por estas bandas. Não me admira o êxito que tem este restaurante. Cinco minutos depois de chegar estávamos perdidos de riso. Dissemos que queríamos levar o livro com a história da casa e quando o anunciámos a um dos donos, ele responde: "Eu já assino, têm de esperar". Tradução: "Ai, estes malditos fãs, sempre a perturbar-me o sossego". Muito bom.
A Manena ficou com os avós. Já tem saudades, por esta altura do campeonato, mas com os avós pode fazer todo o tipo de disparates que ninguém lhe diz nada. Tem o seu lado positivo. Chamam-lhe coisas cómicas e agora diz que é um "sapinho" e o avô um "sapo". Podia ser pior.