A Venezuela ganhou o concurso Miss Universo pela segunda vez consecutiva - um feito nunca antes conseguido por nenhum país do mundo.
Como podem conviver no mesmo território Hugo Chávez, um homem que quer acabar com o golfe porque é um desporto de burgueses, e a maior indústria de rainhas de beleza é um mistério que gostava muito que me explicassem (apesar de já estar bastante claro aqui). Especialmente quando a beleza destas raparigas é tão questionável quanto o sexo de Caster Semenya. E, no entanto, pensar que alguém pode proibir estes concursos só me faz ficar com urticária...
A Madalena foi cortar o cabelo ao barbeiro do pai. Que foi à borla. Que é num hotel de cinco estrelas. Onde lhe abrem a porta quando ela entra e quando ela sai. Onde lhe puseram uma batinha do Tico e do Teco. Onde lhe deram bolachas de chocolate. Onde lhe ofereceram um pequeno hipopótamo para brincar. E que foi à BORLA. Agora, quem é que não vai voltar aos cabeleireiros infantis onde se pagam barbaridades? Isso, a pequena Mini.
Aprende a alinhar duas ideias num papel. Aprende a escrever.
Por mais coisas boas que te deseje - saúde, dinheiro, que sejas heterossexual, erudita, mas com um emprego na área científico-tecnológica - hoje senti (não sei porquê) que não te podia dar conselho melhor. Aprende a escrever. Não é preciso seres prémio Nobel, mas faz-me a vontade nisto. Só por aquela coisinha de nada que é a clara certeza de que quem não sabe escrever não sabe pensar e eu quero que tu penses bem. E muito.
Há uma boa razão para uma pessoa manter certos (muitos) aspectos da sua vida escondidos. E eu devia saber disto quando falo com certas auxiliares da creche da Mini.
Depois de se ter questionado sobre o pai da Madalena, como já contei, a mesma pessoa ficou a saber que me encontro de férias (esta era a parte que devia ter omitido) e não perdeu tempo a usar esta "arma" contra a minha pessoa. "Então, bom dia, Madalena, ficas aqui enquanto a tua mãe vai passear?", disse ela à nossa filha ontem quando a fui levar. E eu, totó, ainda me tentei justificar dizendo-lhe "passear?", como quem diz "sabes lá tu o monte de coisas que tenho para fazer". Por acaso até é verdade, mas, e este é o meu ponto, até podia não ter e o que é que ela tem com isso? Por acaso não pago a mensalidade? Por acaso, eles não são uma creche? Por acaso a minha filha parece-lhe com défice de atenção? Por acaso, ocorre-lhe chatear-me quando nas minhas folgas ela fica comigo e não mete lá os pés? Ou quando passa tempo em casa da avó? Não há paciência para gente assim. E, lá está, são quase sempre os que não os têm que dizem estes disparates.
Esta manhã, retomámos algumas rotinas do tempo de trabalho. Acordar, tomar o leite, vestir, pentear... Até o facto da mamã acordar depois da baby foi so very typical. Despachar para sair foi mais difícil do que o habitual, mas valeu a pena. Primeiro, porque a mamã pôde comprovar como os exemplos actuam de forma poderosa nas crianças (até dá medo!), depois porque o resultado foi inesperado.
Explicando:
Dona Mini abriu as gavetas de sua mãe e encontrou por lá umas bandoletes. Sugeri-lhe que usasse a sua fita de cabelo e ela concordou (isto agora tem de ser tudo muito conversado). A seguir disse-lhe qualquer coisa como "vá, vai ver-te ao espelho. A ver se estás gira". E ela foi. Abriu muito os braços como se fosse uma diva e soltou, felicíssima, "giiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiira!!!". E não é que é mesmo?