Inábil para pôr vídeos, deixo o link para uma das mais extraordinárias histórias reais dos últimos tempos - Susan Boyle, 47 anos, a mulher que conquistou a Grã-Bretanha. Parece uma camponesa, canta maravilhosamente e dá uma lição de humildade a todos os que acham que o parecemos é o que somos.
Há uns bons dois meses que notávamos que a Madalena gostava muito de dizer uma expressão que soa a qualquer coisa como "é pi". Pela entoação que lhe dá, pela cara de satisfação e pelo gesto (a mão no ar) que acompanha a frase, percebemos que ela lhe atribuia um significado qualquer. Descobrimo-lo esta semana. E a culpa de tudo isto é da Maria Anjinha. E quem é a Maria Anjinha? Uma vizinha dos meus pais que anda de preto dos pés à cabeça, lenço na cabeça, tem nariz grande e cabelo todo branco. Há góticos com mais amor pela cor e bruxas que não se caracterizam tão bem! A Maria, porém, não tem nada de mal. É uma simpatia e o ídolo da Madalena, que até aprendeu a tossir só para a imitar.
Sempre que começa a falar a Maria usa uma de três expressões: "ai carédo", "ui que tou tão reles" ou ainda o clássico "tu nã me digas". E, preparem-se ouvidos sensíveis porque é agora que fazemos revelações chocantes, no seu discurso pontuam vários "É priga" (short para É rapariga), a frase que, definitivamente, conquistou a Madalena. E diz, quem viu, que este fim-de-semana é que foi: esteve no parque e, simpática como é, meteu-se com toda a gente. A uns brindou com o "olás", a outros com "é pi".
Agora imaginem que lhe dá por dizer "ai carédo", "a nha famila", "ao contrairo", "forem devagar" ou até "isso agora não vem à colecção"...
Tentámos com Teresa Heinz-Kerry e não conseguimos, mas finalmente há um First-Qualquer Coisa na Pensylvania Avenue graças ao "portuguese water dog"*. Estou feliz e, sem querer chatear algumas das minhas mais fiéis leitoras, vou ter de citar aqui Ricardo Araújo Pereira numa crónica da "Visão". Era qualquer coisa como "já temos o Manchester de Cristiano Ronaldo, o Werder Bremen de Hugo Almeida (?!), o Inter de Mourinho e, finalmente, a Casa Branca de Bolinhas". Até no nome o rapaz ia acertado. Não vai ser Bolinhas, mas é o Bo.
Amanhã é a apresentação oficial. Espero arranjar foto do grande momento.
* Até à chegada de Obama, acho que podia contar pelos dedos das mãos o número de vezes que tinha ouvido falar no cão d'água. Até que a raça se tornou tema de conversa diário. E o cão, que foi d'água toda a vida passou a ser "cão d'água português". É como a Maddie. Tem de se dizer sempre "pequena Maddie" senão parece que não soa bem.
Bom, isto talvez não seja surpreendente para muitos de vocês, que sabem que uma gargalha desta mãe, aqui, neste canto de Portugal, pode provocar um tsunami na Austrália, mas parece que a filha vai pelo mesmo caminho. Esta semana surpreendeu-nos com gargalhadas hiper-sonoras e felizes*. É simplesmente brutal!
*Desculpem qualquer coisinha, cidadãos de Abruzzo.