Juro que prego uma rasteira à próxima pessoa que me diga "ai, ui, brasileiras!" quando eu disser que o meu namorado está em São Paulo. Não têm vida, é?
Esta semana nem sei bem por onde começar:se pelo bebé que vão ter Nuno Markl e Ana Galvão, se pela mãe de Cristiano Ronaldose por alguém que nasceu no dia de Natal, Manuel Luís Goucha. Em todo o caso, vai ser inevitável falar de crianças.
Compreendo bem a euforia de Nuno Markl. Descobrir que se vai ter um filho é a coisa mais incrível que existe (desculpem lá o lugar-comum)._Melhor mesmo só tê-lo. E, depois disto, só mesmo que a nossa cria receba o prémio de melhor do mundo.
Claro que todos achamos que os nossos filhos são os mais especiais (eu própria não compreendo por que razão as pessoas se continuam a reproduzir depois do nascimento da minha filha, mas enfim elas é que sabem), mas uma coisa são as minhas certezas, outra é vir entidade séria como a France Football confirmá-las, como aconteceu esta semana com a mãe de Cristiano Ronaldo.
Dolores Aveiro contou a Filomena Araújo que a família celebrou a notícia com fogo de artifício e uma jantarada. Fizeram muito bem, e até acho que foram muito discretos.
Se a minha filha recebesse este prémio e estivesse a escrever uns quantos parágrafos na História de_Portugal, fazia barulho e qualquer coisa ainda mais espalhafatosa como imprimir 365 T-shirts, uma por cada dia do ano, a dizer "eu é que sou a mãe da estrela".
(*crónica do 24horas de domingo ou a maneira da mãe falar um pouco de ti)
Tens um comentário no post anterior e, se não te importares, respondo-te por aqui ao mail que me enviaste e ao qual não respondi, não por ser uma desleixada, que também sou (mas só um cadinho), mas porque não tive tempo (estava consumidinha em trabalho, as usual). Na prática, é para te dizer que me puseste a pensar. E a rir. E depois assim mais séria. Porque trabalhas com o meu homem e, no teu caso, presumo que seja ele o algoz que te afasta do teu filho. Ele devia saber que isto custa. E ele sabe. Sabe que preferia estar ali a dar banho e jantar à Mini e não pode porque o jornal ainda não fechou. Mas como não o faz realmente, há detalhes muito importantes que ele desconhece. Por exemplo, ele não sabe a sensação diária de sentir que me vai saltar os pulmões e o estômago pela boca, porque me atrasei cinco minutos. 5 minutos são uma eternidade. São a diferença entre apanhar um autocarro ou não. Chegar a casa a horas ou não. Só que ele não vive isto, porque ele tem outras funções nesta família, foi assim que nos organizámos e eu acho que estamos a dar todos o nosso melhor, mas também ele, que até sabe que isto custa, já é mais um nesta engrenagem. Ele não faz por mal, os meus chefes não fazem por mal. As coisas estão é desenhadas assim e é uma pescadinha de rabo na boca (ó expressão linda): são assim porque as gajas não mandam e como não podemos andar em jantares de trabalho, fazer horas extra só porque sim e, a minha favorita de todas, mostrar disponibilidade (em lugar de fazer as coisas), nunca vamos mandar a sério. Logo, o paradigma não muda. Logo, apesar das queixinhas que andamos todas aqui a fazer ainda vai aparecer um anormal qualquer (que se calhar nem faz por mal) que vai dizer: Mas para blogues têm tempo, não é? Mas a esse eu respondo mais tarde. Vou para casa cuidar da minha bebé.
Para quem nos acompanha por aqui, e que sabe (e entende) a angústia que é ter uma criança quando o dia de trabalho começa às 15h00 e ter uma criança é sinónimo de não sair da cepa torta, recomendo vivamente estas leituras: Rititi e A Gata Christie. Está lá tudo.
Cuidámos da doença da nossa filha, arrumámos a casa, comprámos os presentes de Natal da rainha do Sabá, a.k.a Mini-Madalena, e estamos aqui. De regresso ao trabalho. (está prometido para breve um relato exaustivo das últimas duas semanas). Ah! Mas a nossa princesa refere-se à minha pessoa como "mamá, mamá". Quererá isto dizer alguma coisa? YES