Talvez para compensar uma ausência importante (a do avô Augusto), este Natal teve vários momentos muitos bons. A família reunida em redor da sua Menina Jesus e, sinceramente, a quantidade de pessoas que se lembrou da nossa filha nesta data. Fico sempre comovida com estas manifestações, mesmo mesmo, a ponto de me virem as lágrimas aos olhos e o papá gozar comigo: "Mas tu estás grávida outra vez?". Seja como for, obrigada a todos.
Os presentes de Natal, tantos e tão variados, também tiveram o condão de sublinhar os traços da personalidade da nossa filha. Pelo menos, a mim parece-me.
Por exemplo, nós já sabíamos que não tínhamos em casa a Vanessa Fernandes, mexer-se não é com ela, mas em compensação temos uma tagarela de primeira. E até na reacção aos brinquedos isso se percebeu. Demos-lhe um para ajudar a dar os primeiros passos e mal lhe tocou. Demos-lhe uma "Mesa de Palavras" e fizeram-se companheiras inseparáveis. Mais: em teoria, o primeiro seria mais adequado para a idade dela (mais de 9 meses) e o segundo para maiores de um ano.
Também está visto que adora pessoas. Tremia (literalmente) de excitação a olhar para uma boneca que lhe deram e passou a manhã inteira a rastejar atrás de uns cubos com cabeça de menino.
E, finalmente, apesar de não mostrar qualquer interesse por andar, pôr-se de pé ou qualquer espécie de exercício físico, parece que percebeu que se pode movimentar do ponto A para o ponto B pelos seus próprios meios. Embora, claro, continue a preferir metodos mais requintados para convencer os pais ou os avós para que a levem ao colo. Palavra de honra, por vezes, até me assusto com a astúcia desta miúda: não chora, não exige, ri-se, levanta os braços e seduz as pessoas. (Sim, eu sei, são todos assim, mas eu nunca tinha tido nenhuma)
E, pronto, a Mini teve o seu primeiro Natal e esta mamã está condições de afirmar que a reacção da Madalena superou as minhas expectativas mais optimistas. Eu imaginava uma criança doida com os embrulhos e as caixas, mas do que ela gostou mesmo foi da chicha, isto é, dos brinquedos. Delirou mesmo. E pensar que cheguei a ponderar não lhe dar nada, porque ela não ia achar piada nenhuma!
Quem diz que as segundas partes nunca são boas, não conhece a relação deste agregado familiar com a Area. Depois de todas as confusões, detalhadamente descritas em post anterior, temos, finalmente uma secretária e um sofá na nossa sala.
A coisa começa a compor-se, embora ainda falte a estante, um objecto que era fundamental, porque continuamos a ter um quarto beirute meets bagdad e eu alimentava a vã esperança de conseguir ter todas as gavetas arrumadas nesta casa.
A última conversa com o gerente da Area terminou comigo a dizer-lhe que ia usar o livro de reclamações e a pedir-lhe o telefone da pessoa que estava acima dele. Se o primeiro pedido não fez mossa ("Está no seu direito", responderam-me), o segundo foi suficiente para deixar o gerentinho a gaguejar. Mandei um mail ao dito chefe e, são-rosas-senhor-são-rosas, agendou a entrega do sofá para hoje. Desafortunadamente fiquei também a saber que a estante, cuja entrega estava programada para sexta, não vai chegar. Mais um erro dos nossos caros amigos. Ou, como diria o nosso amigo Sérgio: a prova de que não existe bela sem Simão.
Enquanto a Mini, constipadinha, dormia, a mãe foi conhecer o mais recente elemento da família: o Gonçalo. É muito giro, tem carinha de rapaz e, tão querido, esteve sempre a domir (que pais sortudos!) e mal abriu os olhinhos. A mãe está óptima e foi uma risota pegada, o que é sempre bom sinal.
O nosso Menino Jesus - doravante chamado Gonçalo - nasceu hoje às 09h06, com 3.400 Kg. Bem-vindo, pequeno primo. Ainda não te vimos, mas já gostamos de ti.
Este ano, no almoço de Natal, os presentes do amigo oculto têm de obedecer a um destes dois critérios: ser reciclado ou ser feito por nós. Ah, e a Madalena e o Pedro também entram. Estou mesmo orgulhosa.