Bem, quer dizer, há, mas não sou capaz. Tenho demasiado sono.
Seja por estar num daqueles surtos de crescimento, seja porque tem paródia o dia inteiro em casa dos avós, seja porque sim, porque lhe apetece e tem muita personalidade, o certo é que a princesinha do Pobral e Campo de Ourique tem acordado todas as noites lá pelas 05h00 com a espertina, pronta para uma sessão de brincadeira. Já não estávamos habituados e ressentimo-nos. Caramba! Somos humanos. A Mini não quer comer (embora a coisa só lhe passe com um biberãozinho), quer brincadeira, cócegas na barriga e no queixinho, e abraços apertados. Depois volta a dormir e parece que não aconteceu nada. Raça da miúda!
Aquário 21 de Janeiro a 19 de Fevereiro XVIII A LUA Tente levar as coisas mais a sério e não continuar a fantasiar tanto a realidade, pois o resultado final não será o desejado. No plano afectivo repense a sua atitude numa relação. No plano material possibilidade de bons ganhos nos investimentos. Na saúde faça uma alimentação regrada.
Uma das coisas mais lindas da Mini é a sua gargalhada. E que grande público que esta miúda é! Estando bem-disposta, umas cócegas no queixo ou um boneco que lhe faz festinhas podem ser quanto baste para que ela se ria com os dentes todos: 2. E não é preciso ser mãe da Madalena para perceber que tem um sorriso lindo e uma gargalhada especial: faz jajajajajajaja e ri-se cá com um gosto e com uma alegria... É lindo.
Não há nada mais irritante/estúpido/lamentável (risquem o que não interessa ou então deixem estar tudo, porque é verdade) que pais a fazerem das crianças uns macaquinhos. Bate palminhas! Diz adeus! Faz miminho!... Isto fica mal, eu sei, mas não resisto. É mais forte do que eu. Ou devo dizer, do que nós... E aqui para nós, a minha filha é realmente MUITA ESPERTA e bate palminhas muito bem. Basta ouvir alguém cantar ou, como aconteceu este fim-de-semana, querer chamar a atenção de alguém. Bater palmas para a Mini não é apenas um gesto que prova a sua crescente destreza física. Não. É uma arma de sedução. Género: "ai, não me ligas? Toma lá palminhas". E, às vezes, um sorriso também.
A Mini é linda, que é, mas acordar às 05h00 da manhã não está com nada. Acordou, rabujou, dei água, colo, chucha e nada. Não havia meios. Finalmente, em desespero de causa preparei 240 ml de leite. Bebeu tudo e adormeceu. Como a mãe, esta vossa serva, já estava de rastos ficou mesmo na nossa cama. Mas o lindo da coisa é que às 08h00, mais coisa menos coisa, voltou a acordar e, segundo percebi, o problema era mesmo estar ali numa cama que não era a dela. Toca a meter "a menina" (ou devo dizer rainha do Sabá?!) na sua caminha. Dormiu mais uma hora e a seguir queria festa. Resultado: estou aqui que sinto as veias das fontes a latejar. Quanto à Mini-M, adormeceu ao almoço, causou uma pequena revolução e lanchou como uma princesa. Acho que estamos outra vez na época dos dentes.
A Madalena vai ter um primo novo no Natal, lá para 24 ou 25. Eu costumo chamar-lhe "o nosso Jesus" e acho muito giro isto de Madalena e Jesus se juntarem de novo dois mil e tal anos depois. É uma pena os pais quererem chamar-lhe Gonçalo ou Tiago (e ainda assim acho que a segunda opção é melhor; sempre se trata de um apóstolo).
- Quando vi a cara da menina toda picada só me deu vontade de chorar! - disse a minha mãe.
Ontem cheguei a casa para, mais uma vez, descobrir que melgas e Madalena são uma combinação a evitar. Estava toda mordida. É a terceira vez que os bicharocos atacam a nossa filha sem misericórdia e a minha mãe, basicamente, estava em pânico. Fartei-me de gozar:
- Não sei se estás mais preocupada com o trabalho que lhe fizeram as melgas se com o que o António vai dizer.
Ela fez aquele ar "achas, achas?", mas eu sei que estava à rasca. E, a bem dizer, o papá não ficou nada contente. Também, vamos lá ver, não é nada bom acordar, pegar na filha ao colo e ver a miúda pintalgada como um desenho animado. Desta vez a coisa foi séria. "Tem 13 marcas só na cara", disse-me o avô, o meu pai, esta manhã, a correr para a parafarmácia à procura de uma pomada qualquer para aliviar a sua própria culpa. De facto não é uma coisa muito agradável. Mas não é o fim do mundo. Felizmente. Só não combina é tanto com ela e com a sua beleza natural.
Dias como o de ontem - friorentos e chuvosos - são perfeitos para ficar a "anhar" em casa. E parece que não é preciso ser crescido para se perceber as maravilhas disto de ficar em casa sem não fazer nada, embrulhado numa manta ou, no caso da Mini, ir para o chão brincar. Basicamente, passou três horas num senta-deita-levanta-cai-brinca no seu tapete. Abençoado cubo da Chicco, abençoada concha de plástico, abençoado caranguejo de plástico, abençoado livro de plástico (e obrigada a quem inventou o plástico!). A nossa miúda brincou tanto, tanto, tanto que à hora do lanche adormeceu sentada ao meu colo com o biberão na boca. Dormiu duas horas e a seguir ainda brincou mais. É tão bom ser bebé. Deve ser.