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Quem sai aos seus

Um blogue para a Madalena, para a Teresa e para a Francisca.

Mas por onde é que começamos?

Desculpem a ausência dos últimos tempos, mas muitos (e bons motivos) têm-nos mantido longe da vida bloguística:



1. A magnífica festa da "Time Out", na sexta-feira à noite, num palácio maravilhoso ali no Príncipe Real. Não houve pessoa com quem tivesse falado que não começasse a conversa com um "mudava-me já para aqui". Na hora h todos temos a mania das grandezas. Que bom! Fora isso, registe-se que passei a noite a rir na sala senior (eles sabem do que falo!) e bebi uma caipirinha (é preocupante esta coisa de ultimamente registar tudo o que bebo)
2. A festa foi a pausa Kitt Katt na mudança de casa. Sim, vamos mudar. Aliás, já mudámos. A nossa vida no T2 está resumida em 120 caixas (120?!) divididas pela nossa "casa de substituição" e o armazém. E, aqui chegados, há que agradecer, e agradecer muito, aos senhores da Urbanos. Se não fossem eles ainda lá estava a empacotar coisas, incapaz de me decidir sobre o que é importante, o que podemos deitar fora. Não se pode ser mais pedante que isto, mas a certa altura dei por mim a pensar no Lobo Antunes. Uma vez numa crónica dele é que li qualquer coisa sobre a mania que os velhos têm de guardar tudo e de se rodearem de "coisas". E sou assim. Assim, já em nova, note-se. Eh eh. Bom, mas o que cabe aqui dizer é que estou verdadeiramente impressionada com a empresa de mudanças. Primeiro, chegaram a horas. Segundo, eram limpos, lavados, educados e estavam bem vestidos (isto é que me deixou de queixo caído). Terceiro, reciclam caixas de cartão e todas têm impresso o local onde se destinam, o que têm dentro e para que divisão da casa se destinam. Eu já tinha ouvido falar de gente assim, mas pensei que só existiam nos filmes. Para serem perfeitos só lhes faltava não escreverem "Ereceira", "parteleiras" e "armanzém". Mas isto é a nota de humor numa mudança exemplar. Não sei se se nota, mas estou mesmo contente.
3. Quando o assunto são mudanças, só há coisa que chateia: é que durante uns tempos uma pessoa tem sempre a sensação de viver como uma cigana, perdão, como um povo nómada. E disso não gosto nada. A casa está cheia de papelão, a Madalena estranha o quarto, constipou-se e a atenção para ele é muito escassa. Estou a tentar não me culpar, mas acho mesmo que ando a fazer um mau trabalho.

O preço de um atraso

Deixemos de lado as tretas emocionais - o tempo que não passo a com a Mini,  o jantar que não lhe dei e o banho a correr - e passemos a coisas reais. Quanto custou ter saído às 20h15 do trabalho, com um texto para escrever? 15 euros, exactamente. 5 para me pôr em casa rapidamente, 10 para pedir à empregada que fique mais um bocadinho e vá de táxi até à estação da camioneta. E 15 euros são 3 contos na moeda antiga, uma camisola na Zara, três t-shirts da Bershka, um livro, quase um mês de viagens zapping (metro+carris), um jantar no chinês da Pascoal de Melo, meio jantar no Café de São Bento... Fiz-me entender?


 


E sabem o que é que chateia mais? É que desta vez a culpa foi minha. Maniazinha de ouvir os protagonistas das notícias! Pus-me a ligar à Teresa Guilherme à última hora, toda chateadinha porque ela não me atendia o telefone e não é que ela atendeu? Portanto, agora só lhe digo uma coisa: se não me tiver dito a verdade, toda a verdade e nada mais que a verdade, bem pode consultar a mãe de santo que a ajuda a ver se os programas vão dar certo. Faço-lhe outra espera telefónica e pergunto-lhe para onde mando as facturas do táxi. E então sim, atiro-lhe com todas as tretas emocionais.

A minha primeira peça de enxoval

Bem, então, aqui está ela, a Tripp Trapp, nova companheira da Madalena ao almoço, ao jantar e quando é preciso entreter. Custou, mas, finalmente, a nossa "piquena" vai deixar comer à índio (para isso já lhe basta que a queiramos benfiquista).





Passo agora a descrever as maravilhas desta coisa:  é do tamanho de uma mesa dos adultos, encosta-se à dita, é de uma bonita cor "natural", limpa-se com facilidade e tem várias posições - de bebé a adulto. É a peça de enxoval que toda a rapariga do século XXI deve ter, e parece que até já a estou a ver a Mini a entrar, triunfante, ONU adentro, carregando a sua Tripp Trapp.





Fora de gozo: é linda e prática. Estamos contentes.

Esclarecimentos da gerência

Primeiro foi um "então eu agora soube pelo blogue que deixaste de mamar", seguido de um "espero que essa fase não custe muito e que ela se habitue rapidamente ao biberão" e agora a Miki indignada com o título do post. Soubera eu que o tema "desmame" ia dar tanto que falar e já tinha começado a falar disto mais cedo. Até teria aberto uma votação. Pergunta: "Acham que devo deixar de dar de mamar?" Opções: sim; não; sim, se anunciares antes; sim, se não fizeres piadas; sim, se a miúda se habituar logo ao biberão.





Reparo, queridas amigas, que nas vossas palavras estão condensados todos os pré-conceitos relacionados com a amamentação. Falar de mamas? Blhac, que nojo! Não deixa de ser engraçado, tendo em conta que estamos a falar da forma mais limpa, económica e prática de alimentar um bebé. Quando estou nos meus dias de "teoria da conspiração", além de culpar o lóbi do leite na lata, queixo-me da imprensa. Se estiverem com atenção vão ver que na TV e nos média em geral só as


mulheres pobres é que amamentam. Portanto, sabem o que vos digo, contra o discurso mediático, amamentar, amamentar! É isto ou fazer uma tese de mestrado sobre o assunto.





Para os que mostraram preocupação com a passagem para o biberão, descansem as vossas almas. A única coisa a que a Mini não se habitua é a ter fome. Adora o seu biberãozinho. Aliás, ver como ela o agarra com as duas mãozinhas e come sozinha é uma coisas mais lindas de ver. Não custou nadinha explicar-lhe que as garrafinhas também são boas e, embora eu tenha mil dúvidas sobre outros temas (como mais à frente perceberão), tenho a certeza que esta coisa do desmame foi a mais natural possível. Primeiro, começou a beber ao lanche, depois começámos a saltar alguns pequenos-almoços e pronto. Não teve mais ciência que isto. Claro que agora podia voltar a dar, se não saltasse refeições, e ela voltaria a ficar satisfeita apenas com isso, mas eu acho que a ideia é ir dando cada vez menos de mamar no intuito de a habituar a outros alimentos. Tenho pena, claro, porque sempre que cortamos com uma destas coisas o que percebo é que ela está a crescer e está a crescer depressa! Ainda ontem nasceu.





Mas, Miki, não faz mal brincar com estas coisas.  Ser Mimosa foi muito divertido e, à falta de melhor descrição, uma experiência realmente enriquecedora.

De meter medo ao susto

Quase todos os dias quando chego a casa encontro a Madalena com as combinações mais estapafúrdias que se possa imaginar. Mas ontem a Augusta esmerou-se a sério.  Encontrei a minha filha com um body lilás e rosa. umas calças de fato treino grossas e justas bordeaux com riscas rosa e umas meias vermelhas e azul turquesa. Basicamente, estava feia que doía. E se eu sou capaz de admitir isto é porque foi grave.

A Mimosa de Campo de Ourique fechou as portas na sexta-feira

Durante 7 meses e 20 dias, Mini e sua mãe foram uma só. E agora, literalmente, acabou-se a mama. Não é que tenha deixado de haver leite. Há, mas é como as reservas de petróleo: está a esgotar-se e mais vale passarmos para energias renováveis. Vulgo, biberão. Para comemorar/afogar a mágoa, a mamã meteu-se nos copos. Bem, quase. Foram só duas caipirinhas.





Não vale a pena fazer um romance à volta disto. Custou bastante durante o primeiro mês ter de estar pronta sempre que a Mini queria comer. Anda para aí toda a gente a falar dos intervalos das refeições nos recém-nascidos, mas eu desconheço o que isso seja. Qual de três em horas, qual carapuça! Esta miúda estava desejosa de recuperar o tempo perdido e se decidisse comer de 15 em 15 minutos, lá estávamos nós. Mas valeu a pena.


 


Zero febres, zero infecções e especialmente durante 4 meses não foi preciso andar a carregar nada que tivesse a ver com comida. Bem, quer dizer era. A mãe tinha de se carregar a ela própria. E ainda bem que passámos por isso tudo para depois chegarmos à parte verdadeiramente boa de dar de mamar. Aquela em que a Madalena só comia de 4 em 4 horas e mamava onde fosse preciso. 







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