Por esta ou por aquela razão, o encontro da Mini com o seu amigo A. ficou adiado até ontem. Tardou, mas valeu a pena. Como agora já começa a olhar realmente para o que a rodeia ao ver o outro bebé - um rapagão de 8 meses, que esticava as mãozinhas para lhe tocar e se ria à gargalhada - ficou espantada e muito curiosa. A esticar o pescoço, a pôr a cabeça para trás, era mesmo como se estivesse a dizer "mas quem é este que me está a querer tocar, que se mexe e faz barulho, mas não é como os adultos do costume". Foi lindo! E um magnífico presente: hoje faz três meses (e o presente vai ser mais uma sessão de vacinas).
Acreditam que hoje tentei registar a Mini-M no hi5 e nas opções partem do princípio que o utilizador há-de ter nascido no máximo em 2006?
Se tiver chegado a este mundo em 2008, como é o caso da nossa filha, não dá. Só se mentirmos, o que não faz grande sentido visto que isto é uma brincadeira para mais tarde recordar.
Pergunto-me: Achará esta gente que aos 2 anos as crianças são capazes de usar este programinha de alguma maneira que aos 3 meses não consigam?
Não como chocolate desde o aniversário do S., a 8 de Março. Não toco em coca-cola há muito mais tempo. Seguramente, desde antes da Mini nascer.
Bem sei que estou longe do corpinho formoso dos meus sonhos, até mesmo daquele que tinha antes de ficar grávida, mas tenho motivos para ficar orgulhosa, não acham? Ai, se tudo fosse tão fácil de deixar, já pesaria 45 quilos. Não custou assim tanto deixar de comer chocolate ou beber coca-cola. Bastou pensar na Mini e no que é melhor para ela. Gás, açúcar e gordura, não eram boas opções e agora o próximo passo é pensar o mesmo sempre que me apetecer um queijinho manchego ou torradas com manteiga. Faz borbulhas, faz cólicas, é mau para o intestino? A que é que estas coisas fazem mal? Além das ancas...
O avô da Mini morre de saudades da neta e não aguenta estar muito tempo sem a ver. Impressiona-se com as diferenças e, simpático, hoje quando a veio ver ofereceu-se para tomar conta dela enquanto eu ia ao supermercado.
O meu pai já era moderno em 1976 e como a minha mãe começou a trabalhar um mês depois de eu ter nascido, trocava fraldas, dava biberão e o mais que houvesse para fazer, portanto, apesar da choraminguice de final de dia, achei que a Mini ficava em boas mãos e lá fui.
Demorei meia hora, nem tanto, e quando cheguei o meu pai estava a suar em bica, com a Madalena ao colo. Estava caladinha, mas pelos vistos isso era coisa recente e o relato daqueles 30 minutos só me dá vontade de rir: "Só se calou agora, parece que estava a adivinhar que vinhas aí. Tentei de tudo: água, aquela coisinha cor-de-rosa [aero-om], pu-la na cama, na espreguiçadeira, eu sei lá...".
Apesar de me andarem sempre a chagar com essa coisa de que "chorar faz bem, abre os pulmões", não acho graça nenhuma a ter a minha filha a berrar quando não tem fome e está limpa. Mas é impossível que não aconteça e já me habituei a manter a calma nessas ocasiões. Por isso achei impagável ver o meu pai, uma pessoa que arranja sempre solução para tudo, totalmente à nora com uma bonequinha de seis quilos*. É o que eu digo: esta miúda é quarta powerpuff girl. Poderosa!
*Segundo a pesagem desta segunda-feira. Está uma texuguinha linda.
São 22h28 e a Mini está a dormir, o pai dela está a dormir e a avó está a dormir. Se isto não é o peso dos genes não sei o que será. Eu aproveitei e vim à net. Pelos vistos hoje cá em casa não se janta, não se toma banho nem se faz nada.
Um dos meus maiores pânicos antes da Mini nascer era não dar conta do recado e esquecer-me de coisas essenciais e óbvias. So far so good. Não têm existido despistes graves, mas lendo a Mil Sorrisos (e as suas aventuras) lembrei-me do dia em que decidi ir a Cascais com a baby e levar leite no biberão.
Temendo, aliás, estar fora de casa muito tempo até levei dois. Um da minha caixinha mágica (do congelado), o outro acabadinho de tirar. Era a primeira vez que saía assim e era "a melhor condutora do mundo", capaz de driblar qualquer situação. À hora prevista, a Mini deu sinal e eu toda pimpona até me sentei num restaurante para lhe dar de comer. Aquilo ia correr mesmo bem.
Tirei o arsenal todo da mochila e achei estranho que o saquinho dos biberões estivesse molhado, mas não caí em mim. Até que tirei para fora aquele que tinha o leite mais recente e, tcharã, só restavam uns 20 mm, manifestamente pouco para as necessidades. E a tudo isto, a Madalena chorava cada vez e cada vez mais alto.
Mas eu continuava confiante. Tinha outro biberão preparado, não é? Pois não. Ela estava tão desatinada que rejeitou completamente o leite e eu não tive outro remédio senão ir para o carro e amamentar como sempre. Ela ficou tranquila e eu, confesso, também.
Foi hoje e até já estava a passar despercebido. Deitámos a Mini na nossa cama, de barriga para baixo como ela gosta e ela virou-se sozinha. Fez força e rebolou sobre própria. Que danadinha!
1) Correm nos corredores do supermercado como se o Sócrates estivesse a ponto de racionar a comida. Na rua, batem todos os recordes de Susana Feitor. As mães recentes têm um inimigo claro: o tempo.
2) As camisolas estão sempre bolçadas. Ou, no mínimo, babadas.
3) Por mais arranjadas que estejam, há sempre um pormenor que as trai. Ou as mãos não estão arranjadas ou o cabelo está em desalinho ou as calças não foram passadas a ferro... Ou então é isto tudo junto. É assim um estilo Lynette Scavo das "Donas de Casa Desesperadas", mas em pior. Sem glamour.
4) Os braços estão rijos e tonificados a ponto de fazerem inveja à Madonna. Infelizmente, os braços não condizem com a barriguinha pudim flan.
5) As calças de ganga ficam estilo muffin. O que é inaceitável. A não ser que se tenha 14 anos e pouca vergonha na cara.
7) E o ultimate sign: umas olheiras de meter respeito.
Há momentos que não se esquecem e o jantar do 26.º aniversário da tia Andreia vai ser um desses dias. Foi a primeira vez que a minha mãe saiu à noite sem mim, sem stress. Fui dormir às 21h30, só acordei às 03h00. Quanto à minha mãe, aproveitou cada segundinho da saída, pôs a conversa em dia e reencontrou montes de gente que não via há séculos (quase desde que nasci). Só voltou à 01h00. Maravilha!
Há uns anos atrás, quando o primeiro filho da Fernanda Serrano nasceu, o meu chefe PJC mandou-me fazer um trabalho que exigia falar com um pediatra. Corri seca e meca à procura do telefone do dr. Gomes Pedro e por fim cheguei à fala com ele. Não me recordo do motivo do trabalho, mas lembro-me perfeitamente de ele dizer uma coisa fantástica a propósito disto da falta de jeito para tratar crianças. "Mesmo que uma mãe pegue mal numa criança, ela vai gostar sempre mais daquele colo". A ideia é reconfortante e na terça-feira tive a prova de que é verdade.
Eu sei que já contei esta história mil vezes e que ando a babar de tal maneira que qualquer dia ainda faço curto circuito aqui no computador, mas achei adorável que a Mini passasse pelo colo da minha mãe e do meu pai sempre a chorar, e a chorar cada vez mais, e só se calasse no meu.