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Quem sai aos seus

Um blogue para a Madalena, para a Teresa e para a Francisca.

O 118 do futuro

Uma coisa que me atemoriza é pensar que posso chegar a um ponto qualquer em que já não aprendo nada e em que todas as novidades me passam ao lado. Ao ponto da minha filha poder viver numa realidade (quase) paralela. Como aqueles miúdos que estão ao computador a ver o que não devem e dizem aos pais que estão só a estudar. Por isso hoje decidi actualizar o meu perfil no hi5. A verdade é que adoro aquilo, embora às vezes me esqueça. É mesmo o 118 do futuro. O próximo passo é entrar no mundo do myspace.

"Dá-me o telemóvel já"

Não é que o mundo esteja propriamente a precisar da opinião da mãe da Madalena sobre o tema "Dá-me o telemóvel já", também conhecido como o caso do "Carolina", mas não podia deixar de dizer qualquer coisa sobre isto. Bem, sobretudo, porque Deus me livre de ter uma filha assim como a Patrícia, de 15 anos. Que está arrependida do que fez, mas que acha que a "stôra" implica com ela, porque já a mandou três vezes para a rua. Claro, está-se mesmo a ver, ó Patricinha: a professora estava muito bem a dar a sua aulinha de francês e entre um "comment t'appelle" e um "je ne sais quoi" mais, lembrava-se de dizer "ó Patrícia, saia, faz favor". Só mesmo a Patrícia, de 15 anos, que grita com a professora, dá ordens e a trata por tu é que podia pensar isso.



Na verdade, a Patrícia pôs-me a pensar em muitas coisas. Por exemplo, que aquele dia 12 de Março pode ter mudado a vida desta miúda para sempre. Há coisas que claramente nos mudam para melhor. Neste caso, não sei. Talvez esta miúda tire alguma lição de tudo isto. Ou não. Seja como for, do que me lembrei mesmo foi de um filme do Takeshi Kitano, o "Kikujiro", sobre miúdos japoneses ligados à máfia Yakuza (acho que é assim) e, mais do que isso, sobre essa falsa ideia que nos dão na adolescência de que nada do que fazemos terá repercussões no nosso futuro. Tem. Sempre.

Vaya semanita!!!

Caríssimos e caríssimas,
isto tem sido intenso. Depois de um fim-de-semana recheado de festas e refeições opíparas (adoro esta palavra!), segunda-feira trouxe-nos uma surpresa mais desagradável, mas que também faz parte: a Mini está constipada - bronquiolite, disse o doutor nas urgências - e tem o nariz entupido. Os paizinhos foram de requitó para a Cuf à procura da cura, voltámos para casa cheios de remédios e com a recomendação de fazer aerossol (no tempo do meu irmão chamavam-se "vapores", tout court) e na terça a mãe fez o favor de trocar os remédios e dar o que não devia à baby. Drama, horror, pânico e, claro, fomos outra vez ao hospital. E como tinha sido pouco, hoje voltámos lá para fazer a reavaliação. Conclusão: está ok e o congestionamento está controlado. Ufff!!! (Respiro de alívio)

Entretanto, iniciei-me nessa nobre arte do mundo do bebé que é a aspiração nasal. Sim, é nojento, mas nem vale a pena dissertar sobre estes temas. Os cocós dos filhos nunca cheiram mal aos pais, já diz a sabedoria popular.  Em minha defesa posso apenas dizer que sei que aquilo não é Allure da Chanel, mas não me importo. E com as secreções nasais (vulgo ranho) é a mesma coisa. É tudo uma grande porcaria, mas é da Mini e não faz mal. Mesmo assim, fica o aviso, ela que não abuse!

Peso na segunda-feira, com roupa: 5.050 Kg

A pedido de várias famílias

Aqui vai a receita de bacalhau espiritual (o que ficou de uma noite muito boa).

Refogar 3 cebolas em azeite. Ferver o bacalhau e juntar à cebola. Temperar com sal e pimenta q.b. Misturar 5 ou 6 cenouras picadas ao bacalhau. Juntar dois pacotes de natas e de batata frita palha ao preparado anterior. Mexer tudo até obter uma pasta. Rectificar os temperos e deitar noz moscada a gosto. Meter num prato de ir ao forno com um pouco de molho branco. Pincelar com uma gema de ovo (ou duas) por cima e levar ao forno.

Quanto ao crumble de maçã, tirei a ideia daqui.

Já sei que é um post diferente, mas tem de ser. Beijinhos.

PS: Poupem-me aos comentários sobre a quantidade de calorias dos pratos. Um dia não são dias.

Paizinho, gosto muito de ti

O meu pai derrete-se quando fala de mim e mais ainda quando está comigo. Fala-me suavemente quando me dá banho e calça-me as meias pequeninas a correr para eu não ter frio. O meu pai perde-se nas lojas de criança a comprar vestidinhos e babygrows para mim, faz-me massagens na barriga e deixa-me dormir no colo dele sempre que pode. Gosta que eu me ria e não passa um dia sem dizer que gosta de mim. E eu também o adoro. Tanto, tanto que até parece impossível.

Feliz dia, papá.

Ser mãe em 2008 II

Cá em casa somos duas a lutar com a balança. A Madalena para subir, eu para descer. E com a nossa filha a aumentar tão bem de peso, o mínimo que se esperava é que a mãe fosse perdendo quilos à mesma velocidade. Nos meus sonhos, e já que a OMS jura que amamentar emagrece, esta semana eu teria perdido 400 gramas (os mesmos que a Mini aumentou). Afinal, esqueçam. É tudo uma treta. Como diz a minha prima, amamentar só emagrece a Catarina Furtado e as outras vedetas da TV. Eu estou condenada a lutar com a balança. Whatelse is new?

Ser mãe em 2008

Tem que se lhe diga isto de ser mãe em 2008, aos 31 anos e vivendo tão intensamente a gestão das expectativas: é a sociedade que me exige que seja uma mamã perfeita ou será que sou eu que estou a exigir isso de mim mesma. Vou contentar-me achando que é um pouco das duas.

Porque isto de ser mãe em 2008, aos 31 anos e levando a vida que levo - fazendo parte dessa coisa vasta e lata que se chama "classe média" - quer dizer que a todo o momento nos lembram que os nossos filhos têm de ser Mozarts, Einsteins, prémios Nobel ou, no mínimo, saber falar inglês aos 2 anos, sob pena dos pais serem considerados uns desleixados.

Pois. Realmente qualquer uma dessas coisas seria muito gira. Sobretudo para mostrar em festas de anos e contar no emprego. Acontece que a Mini-M. não é uma atracção de feira. E acresce que é bem mais simples (e ao mesmo tempo complexo) aquilo que desejo para a minha filha. Que ela seja feliz. Que goste dela e que saiba que gostamos muito dela. 

Bebés, esses pequenos manipuladores

Os bebés são uns manipuladores e digo isto com todo o carinho pelas crianças, em geral, e pela Madalena, em particular. Estou totalmente convencida que se os bebés são ao mesmo tempo tão queridos, tão pouco interactivos e tão exigentes é porque a natureza sabe o que faz. Eu explico.

Isto é realmente uma dureza de um trabalho - dá de comer, põe a arrotar, muda fralda, volta a dar de comer se por acaso tiver adormecido à primeira, volta a  pôr a arrotar, deita - e quando finalmente respiramos de alívio, recomeça tudo outra vez. E, apesar de monotonia da descrição, posso garantir que os meus dias não têm nada de rotineiro. Porque isto com os bebés nunca se sabe. Ou, pelo menos, com a minha filha nunca se sabe. Tanto lhe pode apetecer uma refeição gourmet como umas tapas. Tanto lhe pode apetecer conversa como um soninho descansado. Está sempre disposta a tirar mais um coelho da cartola!

Isto é mais que suficiente para deixar qualquer ser humano normal em estado catatónico e é aqui que entra a parte da natureza sábia. Por cada momento de total loucura - está a chorar de fome ou de cólicas? - a Mini tem outro que vale tudo e mais alguma coisa. Sorri, faz boquinhas, olha para nós, emite sons (é a novidade da semana), estende os bracinhos, cheira a bebé...

Faz-nos acordar de noite? Pois faz. Mas eu (e os outros pais devem pensar o mesmo) até pagava para não dormir só para poder estar ali a olhar para ela. Não é uma loucura?

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