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Quem sai aos seus

Um blogue para a Madalena, para a Teresa e para a Francisca.

Mamas e rabos, ao ar livre

Passatempo preferido quando almoço sozinha: ver séries do Netflix enquanto como. O problema é que estes senhores estão-se nas tintas para o decoro e há cenas hardcore a todo o instante. Embaraçoso, mas embaraçoso. Especialmente se ao nosso lado se sentar uma pessoa especialmente bem colocada da nossa empresa.

Pode um populista ser bom?

Política, inaugurações, festas, funerais... Não interessa a ocasião, Marcelo Rebelo de Sousa quer estar sempre em cima da atualidade. É como se ele acordasse de manhã, lesse os jornais e só depois decidisse a agenda do dia.

Tenho quase a certeza que a única coisa que separa Marcelo Rebelo de Sousa de um populismo impossível de aturar é o curso de Direito. Um respeito pela Lei portuguesa que põe (e bem) à frente de tudo. Isso e a sua vontade de, antes de mais, ser um bom Presidente da República. Fazer bem o seu lugar.

Quase todos os traços que lhe vi há um ano mantêm-se. Admiro-lhe os discursos curtos e a maneira como os interpreta, esse quebrar do protocolo constante e a proximidade, que, como faca de dois gumes, lhe proporcionou os piores momentos (relembrar o caso do fim da Cornucópia). Tento, com força, manter distâncias e não me deixar enfeitiçar por ele, mas há uma área em que o Presidente da República é imbatível: solidariedade. Três momentos me tocaram:

1. A visita à cadeia de Tires no dia de Páscoa. Ainda me vêm lágrimas aos olhos quando penso nas palavras que dirigiu às mulheres reclusas, lembrando que todos podemos renascer (ressuscitar). 

2. O abraço a um madeirense que tinha perdido atingido pelo fogo que deflagrou na ilha.

3. A visita aos sem-abrigo esta semana.

Marcelo vai lá, está com as pessoas e dá-lhes atenção, mostra-as. E fala para as pessoas, não para as instituições. É pouco? Talvez, mas é mais do que antes. É um risco? É. Não gostava de dizer que os políticos não podem andar à rédea solta, mas é a única expressão que me ocorre.

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As tristes nomeações aos Óscares

Uma pessoa vê a lista de nomeados e conclui que as crianças já viram mais filmes em competição do que os adultos. Só assim por cima, "Vaiana", "Zootropolis", na categoria de melhor filme de animação, e "Trolls", candidato para melhor música original. É o fim do mundo, senhores. É o fim do mundo.

 

 

...

Tudo o que penso sobre o inominável e a tomada de posse foi resumido neste texto por Vítor Belanciano: "Gostar ou não daquilo que ele pode representar é uma forma de dizermos que pertencemos a um lado da barricada e não queremos pertencer a outra, o que é legítimo. Mas atacá-lo nos seus gostos e gestos, pode ser vivido também como afronta por quem se espelha nele. Podemos não nos reconhecer na forma como se encena e criticá-lo, mas não se perde nada em ouvir quem se revê nessa encenação e perceber porque é que isso acontece. A interpretação da vida social já não é realizada apenas por uma elite para uma massa de outros. Essa relação hierárquica desvaneceu-se. (...) [O inominável] percebeu-o bem."

Escolhi este parágrafo, podia ser qualquer outro.

Ficou-me na memória este outro texto do Washington Post que analisa -- ponto por ponto -- o discurso de ontem. Por exemplo, a questão da violência. "As we have repeatedly pointed out, violent and property crimes overall have been declining for about two decades, and are far below rates seen one or two decades ago. Homicides have spiked in major cities in 2015 and 2016, but the rates remain far below their peak in the late 1980s and early 1990s".

Pela (microscópica) parte que me toca, pretendo desprezar, ignorar mesmo, a sua existência. Não abro notícias sobre o inominável a não ser que o assunto me pareça mesmo importante (nada de twitices e nada de vestidos), não partilho fotografias, não faço posts no Facebook e procurarei manter-me longe do seu nome por higiene e dever de consciência. Deus me livre de contribuir para aumentar o número de referências que a Internet dedica a este homem, uma pessoa que em 2017 faz um discurso que reivindica a solidão de um país.

O pior de tudo é isto: e se alguma das promessas destrambelhadas deste homem funciona? Seremos nós fortes quanto baste para vincar que o bem-estar económico de uns não se pode fazer à custa da democracia, da liberdade e dos nossos mais elementares direitos? É o que mais assusta no meio disto tudo.

De resto, só acho que é um lixo. Um lixo com demasiada atenção. É isso que ele é.

Expandir o olhar

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Bruce Chatwin, fotógrafo, em bolandas pelo Peru, intrigou-se com esta mulher. Que faria ela, escada de alumínio acima, escada de alumínio abaixo, com a sua própria máquina fotográfica? Registou o momento.

[Ela é Maria Reiche, arqueóloga alemã, na linha da frente da descoberta desses gigantescos desenhos -- geoglifos -- desenhados no deserto de Nazca, impossíveis de apreender na totalidade quando se anda pelo chão. Alguns têm quase 300 metros e parecem animais; a maioria, fiquei a saber, são meras linhas retas. Velhas de entre 200 a.C e 600 d.C., e, no entanto, conseguiram passar despercebidas. Só se começou a perceber que faziam sentido nos anos 30 do século passado quando os aviões quando começaram a sobrevoar a zona. Também foi nessa época que os arqueólogos começaram a estudar o local. 

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Linhas de Nazca e não um desenho da Quica

 

Parecem tarefa quase impossível, mas, diz quem andou à volta deste assunto, os antigos usaram tecnologia simples, estacas e matemática para que tudo batesse certo. Quase como Maria Reiche, segundo percebi: empoleiravam-se  e iam fazendo sulcos ou retirando pedras escuras deixando à vista as claras, calcárias. O tempo e o clima fizeram o resto. Como não corre uma aragem, as linhas mantiveram-se impecáveis estes séculos todos. (Pois, não dá para experimentar esta brincadeira no Guincho).]

Então, esta é a história que leva à fotografia -- um viajante inglês, fotógrafo e escritor, encontra Maria Reiche no Peru e fotografa-a (só isto já dava um livro) -- e trago-a para aqui porque penso nela quase todos os dias desde que soube da sua existência em Veneza. É a capa do catálogo da Bienal de Arquitetura, escolhida como metáfora da expressão "expandir o olhar", como se escreve no prefácio desse livro e como me explicou a pessoa que me falou do significado desta imagem. Falou com tanto entusiasmo (há pessoas assim), que me contagiou.

Adotei esta fotografia porque significa que temos de tentar ver as coisas de outras perspetivas, como fez Maria Reiche para tentar ter uma visão mais completa das linhas de Nazca. E também acho que quer dizer que às vezes temos de fazer coisas que parecem absurdas aos olhos dos outros, como subir umas escadas em plena deserto.

Hoje, precisamente hoje, 20 de janeiro, dia em que o inominável toma posse, também me lembra que, apesar de todas as coisas horríveis que possam acontecer no mundo, muitas outras, excelentes, também estão a passar-se. É nessas que me concentro. E que me pretendo concentrar.

 

PS: Ontem, estando ainda a alinhar pensamentos sobre este assunto, uma cambalhota de uma das crianças publicou acidentalmente este post. Um epic fail indigno da foto, mas, pronto, também temos (tenho) de aprender a viver melhor com o erro (se não o quero cometer).

É o Alejandro Sanz? Se calhar não vi bem...

Se até o Alejandro Sanz já faz anúncios a óculos de 'ver-ao-pé', pobres de nós, meros mortais. Que futuro nos resta? Tenho a dizer que já aqui "à atrasado" me tinha parecido que era o senhor, mas como estava eu SEM ÓCULOS, achei melhor esperar pela confirmação cabal e aconteceu agora mesmo. O homem usa gafas e anuncia gafas. Também diz coisas na TV, mas a isso já não cheguei. É demasiado para o meu coração (hoje muito fatigado após corrida de séries a ser puxada para os 5' por quilómetro). Imagine-se a tragédia, imagine-se a crueldade: até pelo Alejandro Sanz a idade passou. A idade e a falta de tino. De sex symbol a ancião que anuncia óculos...

PS: Uma pessoa só não fica pior porque o Sporting fez o favor de ser eliminado da Taça de Portugal.

PS2: A culpa é do Benfica. #perigosoglorioso

PS3: Coitadinho do Adrien Silva.

 

Já não posso com conversas de jornalistas

Se estou na redação tenho a tentação de falar sobre isso, se vou ao Facebook só leio sobre o assunto, quando o António chega falo disso. A sério. Está a tornar-se insuportável. Ele é o congresso, ele é o Alberto Gonçalves, ele são os jornalistas avençados do "Público" que são dispensados... Estou cansada. A sério. Can-sa-da! Chegou aquele momento em que simplesmente quero acabar com esta conversa e trabalhar. Pensar e trabalhar.

Felizmente, na pior das hipóteses, são só mais dois dias disto. O inominável toma posse na sexta-feira e havemos de ter mais com que nos entreter.

Ainda sobre o congresso dos jornalistas

Estive a pensar um pouco sobre este assunto:

- Talvez fosse realmente importante autonomizar o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, porque como alguém disse (não me lembro quem), assim é apenas dos que são sindicalizados. Não faz sentido, porque deontologia não é opção, mas só é sindicalizado quem quer.

- Também acho que é preciso pensar melhor nisto de existir uma Entidade Reguladora da Comunicação. Para começo de conversa, ela tem de existir. Os cidadãos têm de ter um sítio onde se refugiar se não se sentirem bem tratados na imprensa. Mas lá na sala do São Jorge ouvi falar do Conselho Deontológico e da Comissão da Carteira, que também precisa de rever os critérios de entrada na profissão, mas não se falou (do que ouvi) de ERC.

- Devia haver mais conversa sobre fontes de financiamento e receitas, e que os jornalistas deviam ser ouvidos. 

- É importante haver congressos de jornalistas. Neste, que é o primeiro em quase 20 anos, era obrigatório falar sobre condições de trabalho. E fico contente que esse assunto tenha estado tão presente para nos vermos ao espelho. Mas não estamos sozinhos. Ainda ontem fui moderar um debate de arquitetos e eles queixam-se exatamente do mesmo e, até, talvez, de maneira mais preocupante, nas pessoas entre 30 e 40 anos.

- A propósito de condições laborais, também acho que é preciso esclarecer muito bem o que cada um entende como precário e quais as suas expectativas. As das direções para com os jornalistas e as dos jornalistas para com as direções.

 

- Espero que se façam mais congressos para podermos debater outros assuntos, relacionados com o nosso modo de trabalho. De como temos cada vez mais laranjas para equilibrar no ar e como isso afeta as escolhas editoriais. Das mensagens confusas. Por um lado, filet mignon; por outro, rapidez. A pressa é inimiga do rigor. De como a velha organização da redação precisa de ser repensada. Se é possível conviver um jornalismo que precisa de horas (online) com o jornalismo tradicional. Sim, porque é bonito dizermos que jornalismo é jornalismo (e é!), mas é preciso criar as condições para o exercer.

- Apesar de ter ido dormir na sexta-feira com a sensação de impotência, acho importante cair na real e perceber uma coisa: os jornalistas importam e muitas pessoas nos querem bem. Portanto, não é só que devamos existir porque garantimos mais democracia, é que as pessoas que não são jornalistas também nos querem. No demais, o António, meu marido, tem razão:

"O ECO tem pouco mais de três meses de vida, nasceu por várias razões, a primeira das quais a vontade de fazer jornalismo, de cumprir uma função de serviço público. Estive no congresso dos jornalistas e vi e ouvi uma geração de estudantes e jovens jornalistas que também partilham desta vontade, de querer fazer. Há muitas formas de fazer jornalismo, foram apresentados novos projetos interessantes e que refletem várias realidades, mas todos com a mesma convicção, a de que estão a acrescentar alguma coisa ao que já existe. Os leitores decidirão.

O jornalismo está em crise? Não, o país é que está em crise, a precariedade que, infelizmente, ainda existe no jornalismo é também uma realidade noutras profissões. Cito apenas a dos professores, poderia escolher outras.

O que é que temos? Temos alunos mais bem preparados, temos mais leitores do que nunca, temos ferramentas para fazermos melhor jornalismo, somos alvo de um escrutínio que nunca existiu, e isso obriga a melhor jornalismo.

O que não temos? Sim, não podemos fazer jornalismo sem independência financeira das empresas em que trabalhamos, sem as condições mínimas que permitam às redações fazer jornalismo. Se queremos vender jornalismo, temos de fazer jornalismo, ouvi um dia. E subscrevo.

As receitas mudaram de sítio, estão a mudar. Do papel para o online, dos meios de comunicação social para as operadoras e para as empresas como a Google e Facebook ou LinkdIn. Os leitores estão a pagar a distribuição de notícias através dos contratos que têm com as operadoras, para aceder à televisão ou à internet, a que lhes dá acesso às redes sociais. Estão a pagar muito menos às empresas jornalísticas. Esse equilíbrio está por fazer e tem de ser encontrado, com o nosso envolvimento.

Não vai ser fácil, não é fácil, mas o caminho faz-se caminhado, com melhor jornalismo, que torne evidente para os leitores - e para a distribuição - as diferenças em relação ao jornalismo do cidadão (o que é isto?), as toneladas de 'informação' indiferenciada nas redes sociais que não obedece a princípios éticos e deontológicos, a regras profissionais de contraditório, à verificação. Fake news? Sempre existiram, não tinham era a repercussão e alcance que têm hoje.

A sustentabilidade financeira é também fundamental para investirmos mais em tecnologia, na contratação de programadores. O jornalismo de hoje também depende disso, não tenhamos medo das palavras. Gostaria de ter mais programadores no ECO para desenvolver todos os produtos que queremos, gostaria de ter condições financeiras para ter formas diferenciadas de chegar aos leitores. Vejam o que se faz nos grandes jornais internacionais ou em novos projetos jornalísticos online.

Há também responsabilidades enormes dos jornalistas, das direções, sim, no jornalismo que se faz. É mais difícil não alinhar no que está na moda e seguir um caminho próprio, é arriscado porque pode correr mal. É sempre mais fácil fazer o que todos estão a fazer, é mais difícil, demora mais tempo, seguir outro caminho.

Um dos convidados internacionais do Congresso foi um jornalista do Boston Globe, o Mike Rezendes, prémio Pulitzer por causa da investigação que fez sobre a pedofilia na igreja católica nos EUA. O que disse? A equipa de investigação cresceu, a redação global do Boston Globe caiu para metade nos últimos anos. Ou seja, houve uma escolha. E disse também que a investigação é rentável, traz leitores e receita.

Desculpem-me os que vivem situações difíceis, conheço ótimos profissionais que estão fora da profissão e não por opção, conheço ótimos profissionais sem emprego. Também preciso de acrescentar que esta realidade existe noutras profissões. Desculpem-me, mas estou otimista.

David Dinis, há caminhos, cada um deve seguir o seu, cada jornalista, cada meio de comunicação social, aprender com o que está a ser feito pelos concorrentes, aqui ao lado ou do outro lado do mundo.

No final do dia, o que fará a diferença? As melhores notícias, as melhores reportagens e investigação, as melhores entrevistas. E isso só os jornalistas podem garantir."

Um congresso de jornalistas

A pessoa de quem mais me lembrei hoje no congresso dos jornalistas, o quarto desde que há democracia, o primeiro em quase 19 anos, foi de Ana Beatriz Manzanilla, violinista da Orquestra Gulbenkian, aluna da Orquestra del Sistema na Venezuela e uma das fundadores da Orquestra Geração em Portugal. Estiveram o tempo todo na minha cabeça as palavras que lhe ouvi dizer a um jovem estudante de música: "Tens de fazer muita autocrítica ao teu trabalho, porque às vezes o que pensas ter ouvido não foi o que ouviste". 

Estou a ler um diário e a autora não sabe

Vagueando pelo Rio de Janeiro, avenida Rio Branco acima, a caminho da centenária e afrancesada confeitaria Colombo, para um dissonante chá-e-torradas em clima tropical, parei na livraria Travessa e encontrei os Diários de Susan Sontag (1947-1963).

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Desde que me cruzei com o seu nome, e há ter sido na faculdade ou pouco depois, que me interesso por ela. O que escreve é denso e muito difícil, mas todas as mulheres intelectuais exercem fascínio sobre mim. Tratando-se de Diários achei que seria um texto fácil. E é. Mas o primeiro balde de água fria leva-se logo no prefácio.

Não existe completa certeza que a senhora tenha entregue os diários para serem lidos e uma pessoa fica desconfortável imaginando que está a meter o bedelho onde não foi chamado. "A decisão de publicar e a seleção foram apenas minhas", desvenda o filho, David Rieff, logo nas primeiras páginas. Pelo meio explica que a mãe, doente, lhe perguntou se sabia onde estavam os "cadernos". Esta "conversa", vamos chamar-lhe assim para facilitar, faz presumir que ela queria que os tais cadernos, mais de 100, que estavam no closet da escritora, fossem tratados como tudo o resto. 

Tudo o resto são os papéis de Susan Sontag, que ela escreveu e juntou, o seu arquivo pessoal, entregue por ela, em vida (e relativamente saudável), à Universidade da Califórnia. Mas como justificar a publicação destes textos? A entrega do seu espólio foi feita sem restrições. Qualquer pessoa pode consultar. Se não fosse o filho outra pessoa o faria. Ou não. Poderia dar-se o caso de em vez de terem começado a ser publicados a partir de 2009 (cinco anos após a sua morte), ninguém os tivesse compilado e tratado, ficando assim dependentes dos humores e interesses dos investigadores. Assim sendo, e já que o filho decidiu ter este trabalho e uma vez que já tinha na mão o livro, decidi então que estava justificada a coscuvilhice.

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Dos seus arquivos

Susan Sontag começou a escrever estes cadernos na adolescência, 14 anos, e embora ainda esteja a ler, posso garantir são as entradas que faz nesta idade as que mais me surpreendem. Estamos nos anos 40 e ela fala com tal liberdade sobre a sua sexualidade. Já me surpreenderia se o fizesse em relação a homens, mas em relação a mulheres? Ela não tinha medo que a mãe lesse os diários?

E depois o que é realmente surpreendente no livro: como ela tem a cabeça tão bem mobilada tão nova. Aos 16 anos já tinha lido mais livros do que eu com 40. Aponta o que quer ler, a música clássica (muita música clássica) que ouve. Ao mesmo tempo, e ainda não li metade (tem sido demorado), tem muita graça ver as interrogações de uma jovem que imagina que pode ir embora sem mais, porque está irritada com os pais. Ou que se angustia com a possibilidade de vir a ser apenas uma professora universitária, achando que a academia não lhe pode dar nada que não faça sozinha. Igualzinha a todos os adolescentes.

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