Fotos, nem uma para amostra. É uma coisa incrível mas não consegui tirar. Deixei tudo para o fotógrafo! Uma vergonha. Eu sei. Mas vamos ao que interessa, e em capítulos. Não é para render. É porque se vou estar à espera de me sentar para contar tudo em condições, as crianças fazem todos os sacramentos e eu ainda aqui. Portanto, começo com a cerimónia.
Não sei se é uma coisa divina, mas o Senhor foi misericordioso e a manhã passou-se sem birras nem chatices. A Madalena até aceitou usar um gancho no cabelo. Chegámos a horas (outro milagre dos céus) e houve fotos com pais e padrinhos.
Adorei, mas é que adorei mesmo, a missa. Foi precisa imensa concentração para não desatar a chorar. Não sei o que me emocionou mais. Se a introdução ["hoje batizamos a Madalena, a Teresa e a Francisca. Três, a conta que Deus fez"], se a parte em que o padre Alberto nos perguntou que nomes lhes dávamos, se a água na cabeça, se as bênçãos, se ver tantas caras de pessoas que me conheceram quando eu era da idade da Madalena (bem sei que isso não é coisa do vosso batizado, crianças, mas há um certo fechar do ciclo que me agrada).
A Francisca, como se impõe aos quase 21 meses, não queria estar parada um segundo. Por ela, tinha subido as escadas todas até chegar ao altar. Mas nem posso dizer que se tenha portado mal. Queria andar. Só isso. O meu momento preferido foi quando se sentou à nossa frente num banquinho e cruzou a perna, imitando a Madalena. Impagável!
Quando este post vir a luz, se tudo correr como previsto, a Madalena, a Teresa e a Francisca já farão parte da grande família dos filhos de Deus. Se tudo correr bem, vai estar sol e vamos divertir-nos muito com os nossos amigos, avós, tios e primos, que é para isso que os queremos por perto.
E troco a pulseira Cartier, os Louboutin e o Porsche por uma noite completa de sono. E escusam de se incomodar com o pequeno-almoço na cama. Deixem-me dormir.
Chove, a seleção não nos dá alegrias e morreu uma dessas pessoas de quem toda a gente tinha uma boa palavra a dizer. Não costumo vir para aqui cantar loas a quem desaparece, mas desta vez é justo abrir uma exceção, porque o Miguel Gaspar pertence àquela categoria de pessoas que deixa saudades mesmo que não seja um amigo chegado ou nunca tenhamos trabalhado com ele. Pois. Nunca trabalhei com ele. Mas tive a sorte de o conhecer (não me lembro como) e de ter estado com ele no Rio de Janeiro, em novembro de 2004. Uma viagem de trabalho que nos levou até ao Projac, o centro de produção da Globo. Ele era editor de media do DN, eu jornalista do 24horas. Dizem que falava sobre tudo e talvez seja verdade. Lembro-de me falarmos sobre a novela "Celebridade", protagonizada pela Malu Mader, de que ambos gostávamos, e de ele ter posto em palavras o que eu pensava. Que era espantoso existir uma história sobre os males de ser famoso, com pessoas que realmente passam por esses problemas. "Um dia ainda vamos ver uma novela nos bastidores de uma novela da Globo", disse ele, ao pequeno-almoço (estou a vê-lo). É um ideia perfeita. Estou à espera. Espero que ele também.
Esta cena só me dá pena. Não é por ser púdica ou coisa assim. Digo muitas vezes que se tivesse um corpo bom andava sempre nua e é verdade, mas esta combinação de mamas quase ao léu+bebé no carrinho é pouco exagerada. Kim, estás a tentar demais. É o que me parece. Ou então rebentou um botão quando já estavas na rua e não quiseste voltar tudo atrás porque estavas com a bebé, o saco, a noite mal dormida e estavam quase a fazer-se horas para a miúda almoçar e achaste que não valia a pena. É. Pode ter sido isso.
Há uns tempos pusémos a sala escura e alugámos o "Frozen" para as miúdas. Acho que foi um grande programa de família, naquela lógica do "as coisas melhores podem estar debaixo do nosso nariz" e elas adoraram o filme. Durante algum tempo, só cantavam.
A Madalena: leti có, leti có...
A Teté: menigô, menigô...
Agora todas as noites temos de cantar e contar a história com todos os pormenores possívels e imaginários. [Adoro]