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Quem sai aos seus

Um blogue para a Madalena, para a Teresa e para a Francisca.

Carta aberta às adolescentes que vocês vão ser

[O que escrevi para a Farmácia de Serviço] Tudo bem, eu sei, ter a mãe a dar conselhos sobre rapazes é deprimente e embaraçoso. Estou a ouvir os vossos "blhac" a dez anos de distância. Disse dez? Queria dizer quinze. Ouço-os muito bem, mas, bom, acho que tenho de vos dizer umas três ou quatro coisas sobre o assunto. Vão estampar-se ao comprido na mesma, eu sei que vão, que é para isso que uma mãe fala, para depois poder dizer "eu avisei-te" e vocês me responderem "tu não entendes" mas, minhas meninas, uma progenitora tem de fazer o que uma progenitora tem de fazer. Ponto número 1: não há rapazes maus, já dizia o Pai Américo. Mas há rapazes, muitos rapazes, que não servem. Não servem para as vossas pessoas. Podem servir lindamente às vossas amigas, à nossa vizinha do segundo andar, podem até servir para a mais enjoada de todas as raparigas enjoadas e não servir para nenhuma de vocês. E, valha-me Deus, não entendam isto como um convite para andarem a trocar namorados, mas pode até ser espectacular para uma e ser péssimo para as outras. Este era o ponto otimista da lista. A partir daqui só piora. Porque, na verdade, tudo depende… Depende principalmente da vossa auto-estima. Estou a fazer o melhor que posso para vocês serem umas convencidas do pior mas cabe a possibilidade de não ser suficiente e que haja por aí quem vos consiga fazer crer que merecem menos do que alguém que vos trate como deve ser. Não é como princesas, porque na realeza as mulheres vão dois passos atrás, é de igual para igual e nas palminhas. Atenção aos detalhes, minha gente. E aos ditados populares. Pau que nasce torto tarde ou nunca se endireita. Xô, mentes retorcidas, é de carácter que falo. Se não é perfeito quando começa, nunca será. E não interessa os filmes que dizem o contrário. Reality bites. Parece que estou com conversa fiada? Não estou. Posso citar o dono da casa ("O teu namorado de 16 anos não é nervoso, é uma besta") ou posso simplificar dizendo isto: pode parecer-vos impossível quando estiverem na cama a chorar por esse amor para toda a vida, enquanto ouvem o equivalente ao November Rain dos Guns n' Roses, podem até pensar "meu deus, nunca mais vou gostar de outra pessoa assim" ou "nunca mais ninguém vai gostar de mim como ele gostou" ou até o simplório "nunca mais ninguém vai gostar de mim", mas isso é tudo uma treta. O amor acontece porque nós nascemos para isto. Para sentir borboletas na barriga e gostarmos tanto de alguém que cinco horas parecem cinco minutos. O que me leva a outra coisa: desculpas para o que quer que seja são inaceitáveis. "Não tive tempo" é sinal de que o melhor é começar à procura de outro interesse. "Não tive tempo" é diplomacia para "não estou interessado". Pessoas apaixonadas fazem loucuras. Andam sobre brasas, apanham aviões para cidades longínquas (ou não tão longínquas), vão a concertos do Anselmo Ralph, dão-se com as nossas amigas histéricas. Se tiverem dúvidas procurem o correspondente episódio de O Sexo e a Cidade e vão perceber tudo. Elas são cotas mas sabem do que falam. O mesmo princípio se aplica a telefonemas que não acontecem ou chegam tarde. Deus nos livre de vocês serem essas tolinhas que ficam penduradas à espera de rapazes. A primeira coisa a fazer é ocupar a mente com outros assuntos. Ler um livro, fazer exercício, cozinhar um bolo, estudarem mais um bocadinho (estou a ver os vossos olhos a revirarem, ok?). Vale tudo. Menos ficar a olhar para o ecrã do telefone (ou o que se use nessa altura) de dois em dois segundos. E ligarem vocês ainda menos. A não ser que seja isso que ficou combinado. Tudo bem, isto pode ser controverso e um bocado antiquado, não digo que não, mas é eficaz. E não é ilegal. Mulherio afoito é capaz de ir sempre a jogo, sem medo dos danos colaterais. Numa perspectiva conservadora, eu diria um simples "não vale a pena". E no dia em que descobrirem uma pessoa incrível, não vão querer olhar para trás e pensar no tempo que perderam e nas coisas que não fizeram à espera de quem não chegou. Todos os minutos que se perdem com uma pessoa que não vale a pena são um minuto a menos que vivemos com as pessoas certas. Tudo entendido? Ótimo! Aproveito para acrescentar, caso tenho ficado a dúvida no ar, que vou cá sempre para apanhar os cacos. E até para fingir que não há cacos para apanhar. PS: Estou a falar em rapazes, podem ser raparigas. Falo assim porque sou antiga.

Teresa a.k.a. "basta-me um sorriso para vos derreter"

Teresa - Quero um copo. Traz-me um copo, já. Eu - Não é assim que se pede. Pede como deve ser. Teresa - (riso de gozo) Qualquer coisa, se faz favor...

Depois lá pediu como deve ser, mas como é que uma educadora aguenta tanta lata... Não dá.

Isto, claro, depois de na sala de espera do consultório médico me ter envergonhado à grande.

Eu - Como é que a mãe diz à noite? É para lavar... Teresa - ...A dentuça, a cara e as mãos!

Fidelíssimo ao original.

Escusam de me pressionar

A árvore de Natal só sai da toca no dia 1 de dezembro. E não se fala mais nisso...

PS: Tanta coisa que se posta por essa blogosfera fora e ninguém me diz onde arranjo um presépio pequenino e fofo para substituir o que as minhas doidas filhas partiram há um ano entusiasmadas com a chega de Jesus?

São os melhores, e pronto

Há muito tempo que os Buraka Som Sistema não davam um concerto em Lisboa. Na sexta-feira voltaram. A Aula Magna tem aquele poder e o concerto foi excelente. Pelo filme sobre eles  ("Off The Beaten Track") que passou antes e aqueceu os motors, pela companhia inspiradora (vá, isto é o melhor que consigo!), por eles, pela música. Acho que nunca estive num espectáculo que reunisse fauna mais distinta (tanto era possível ver uma daqueles betinhos publicitários como uma contabilista ou um daqueles miúdos 'da cena'). Havia qualquer coisa de suburbia power no ar, e ainda bem! São os melhores, são os mais fixes, são os únicos que ainda me fazem comprar discos.

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