Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Sim, eu sei que a maioria das pessoas não liga a estas coisas, eu é que sou muito picuínhas, mas expliquem-me por que razão se enviam faturas e documentação para as pessoas com coisas indecifráveis como "OF 2013". É aceitável que se faça isto? Custava muito escrever a frase completa? Estão a poupar no toner da impressora? Da próxima vez que mandarem documentação que é para a minha pessoa que venha em língua de TOC mando para trás. Juro!
Nunca estou de acordo com o Daniel Oliveira mas este texto sobre o empreendedor Martim Neves de 16 anos interrompido pela doutorada Raquel Varela no "Prós e Contras" e este outro de Sérgio Lavos, que desconheço quem seja e a que cheguei lendo a resposta da própria historiadora ao caso, focam o que me parece essencial: embora ela tenha toda a razão, aquele não era o momento.
[Sérgio Lavos refere a falta de humildade de Raquel Varela, palavrinha interessante para o caso porque precisamente o que me importa em tudo isto, embora ainda não tenha encontrado as pessoas certas para debater assunto e também não consiga encontrar as palavras certas para exprimir o que penso, existe um "ser da situação" parecendo, contraditoriamente, que queremos fazer diferente. Mais vezes do que gostaria vemos gente a defender políticas contrárias às do Governo (bastante questionáveis sem dúvida, a meu ver) mas que as querem substituir por outras nos seus antípodas mas dentro do mesmo "sistema" (em que eu também me incluo). Ora, o que eu quero é outra coisa. Uma coisa totalmente diferente, cujo nome e forma desconheço ainda, mas que será uma maneira totalmente nova de estar neste mundo em que uma t-shirt é desenhada nos EUA, fabricada na Índia e comercializada na Europa. Quer dizer, há portas que foram abertas que não podem ser fechadas de novo. Para comodidade europeia vamos fechar-nos ao comércio com a China? Não quero que os chineses vivam mal, logo não me parece viável. Já para não falar que é desumano privar pessoas que, apesar de tudo, vivem melhor hoje com 70 euros/mês hoje do que há uma década. Mas também não é sustentável pensar que vai continuar a haver dinheiro para manter um continente a respirar artificialmente. Quer dizer, eu posso desejar todas as Vuittons do mundo, e desejo, mas se não tenho dinheiro para elas... Não, não quero substituir estes políticos por outros. O que quero é outra maneira de fazer as coisas (claro eu não concebo um mundo sem democracia e acho que é "o melhor sistema com exceção de todos os outros" mas o que a história me diz é que no século XIX também poucos acreditavam que era impossível fugir a uma monarquia absoluta e, no entanto, aqui estamos nós todos para provar que é).