A nós, vocês e toda a gente de bem
Brindemos a 2012.
Feliz Ano Novo.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Brindemos a 2012.
Feliz Ano Novo.
Que a austeridade seja uma escolha.
Chamamos-lhe assim porque adora ver cozinhar e já arrisca os seus petiscos: sandwiche (é assim que ela diz) com alface e avelãs e "um bocadinho de manteiga"; iogurte de banana com cereja.
Poucas coisas me dão tanto gozo.
Ainda não entrámos no ano novo e ela já só pensa nos anos. Que vai fazer quatro, e no bolo (com um comboio com o amigo) e nos convidados. Há o "filho do Sérgio e da Rita" e, depois de ter enumerado todas as crianças, o que me deixou quase com lágrimas nos olhos: "Também temos de convidar a avó e avô dos primos. A tia O. e o tio L.". Tão lindo! Desejosa de lhes contar. E agora vou fazer uns convites que a moça não se cala...
Acabo de reciclar três latas de leite em pó para pôr "peças minúsculas que me fazem desejar que as miúdas cresçam rápido". Podia comprar caixas? Podia, mas não era a mesma coisa. E estando cá eu, e o x-acto... Pergunto-me, aliás, como pude viver tanto tempo sem ele.
Missão de 2011/2012 "arrumar fotografias" prestes a ser concluída.
Tinha prometido que em Dezembro é que era: não ia passar um dia sem escrever. Tá bem, abelha! Já falhei duas vezes, uma por causa do Natal, a outra por causa dos saldos. O demo, disfarçado de meu marido, convidou-me para almoçar e espreitar a 'black friday' (black tuesday no caso) do El Corte Inglés. Ainda que já tenha despachado metade da minha lista de saldos (sim, eu tenho uma lista, sou uma pessoa esquisita), não fiquei fã. Nem tudo está em saldo e uma pessoa tem de controlar para não se entusiasmar, ou seja, foi uma perda de tempo. Portanto, queridos saldos, esperem por mim! E vocês, pessoas que já andaram a encher-se de coisas giras em primeira mão, 'deslarguem'.
PS: Eu sei que até pode parecer uma conversa de Fanny vir para aqui, em plena crise, falar de consumo, mas, atenção, este Inverno só comprei meias e há três estações que ando a cortar. Mereço uma folga.
Tenho lido por aí muita gente a queixar-se do trânsito infernal nos centros comerciais em vésperas de Natal efico surpreendida. Tive de ir à Fnac na quinta-feira à hora do almoço. Pensei que ia ser um tormento e estavam três pessoas à minha frente na caixa mas dizer que estava muito cheio, não. No sábado à tarde, tive de ir fazer umas compras de última hora às Amoreiras e, francamente, até lugares disponíveis havia.
Não estou a criticar quem diz que viu centros comerciais cheios (os conceitos de cheio e vazio variam), mas estou a afirmar que isto da crise vê-se, sente-se, está aí. Começámos cá em casa, claro. Houve menos presentes e menos dinheiro envolvido, mais imaginação a trabalhar (o que não é nada, mesmo nada, mau) mas a mim corta-me o coração. Não é por ser totalmente fã do mercantilismo natalício, é por ser a favor do trabalho. E um simples enfeite de Natal corresponde a meses de trabalho e muitas pessoas envolvidas. Bem sei que o Natal não é só troca de presentes, e blá, blá, blá, mas quando a gente diz essas coisas é sempre mais fácil fazê-lo com a barriga cheia.
Primeira etapa das festas ultrapassada!
Cá por casa, maravilha. As miúdas deliraram com a casa cheia. A Madalena muito, muito com os presentes. Abriu os da irmã, os dela e se pudesse continuava. Do que mais gostou? Nem eu sei. Desfrutou de tudo! Mesmo reduzindo a dose, foi uma exageração. E a ela só lhe faltou tempo para brincar mais com cada coisa. A dada altura até pensei: "ainda bem que estás de férias esta semana". A Teresinha, claro, adorou sobretudo as caixas, os papéis e os brinquedos mais pequeninos da irmã!
Um presente, no entanto, promete fazer história nesta casa. Sua excelência Madalena foi dizer à avó que queria um tambor porque ela e a irmã tinham "poucos instrumentos" (não sei se está a pensar formar uma filarmónica) e a minha mãe ofereceu um a cada uma. E, pior, eu sabia e fui conivente, mal-avaliando o que é isso de ter batuques em casa. Ontem, quando cheguei do trabalho (ah, pois é), o pai estava a fazer um ultimato: depois do jantar não há tambor. Mas lá que se divertem... Perdoa-se o mal que faz com o bem que sabe. E, por falar nisso, deixa-me lá ir beber mais chá drenante. O bolo rei acaba comigo.
Lista de conselhos que espero que vos sejam utéis quando forem crescidas e tiverem de lidar com os outros:
1. Ouçam o que vos dizem com atenção;
2. Façam perguntas até se considerarem realmente inteiradas do assunto em causa.
3. Quanto mais nervosa estiver a pessoa à vossa frente mais calmas devem estar.
4. Nunca digam "calma" ou "não te enerves!".
5. Nunca percam a calma. E mesmo que a tenham perdido, finjam que estão em controle.
6. Se vos calhar comandar alguém nunca se refiram às pessoas como "os meus isto-ou-aquilo". Imagine-se o que seria o ministro da educação, Nuno Crato, dizer "os meus professores" qual senhor da sanzala.
7. Valorizem o trabalho das pessoas quando estão com elas.
8. Valorizem o trabalho das pessoas quando não estão com elas.
9. Defendam as vossas equipas mesmo quando elas fazem a maior parvoíce.
10. Mantenham uma distância de segurança das pessoas com quem trabalham.
Acreditem que a vossa mãe não é ninguém para vos dar conselhos, mas é pessoa para saber o que está certo e lamentar o que se erra. Dúvidas de aplicação? Falem com o papá.