Num momento incrivelmente tocante ontem, na festa, os meninos da sala dos cinco anos -- um dos que se despediam -- diziam palavras para a plateia passando o microfone de mão em mão, com surpreendente destreza e proficiência. Foi de chorar. Mais ainda quando hoje a pequena Madalena, que assistiu à cena, sentada no chão, me aparece com o seu microfone e me diz como os colegas: "Se eu não fechar os olhos não tenho de me ir embora?".
Piscinas de Leça da Palmeira, desenhadas por Siza Vieira em 1966. Projectadas, diz o site do arquitecto português, abaixo da linha da estrada para permitir uma vista desimpedida do mar. Devido ao orçamento limitado e para preservar a paisagem, houve a preocupação de intervir o menos possível no terreno. Coisa curiosa, de resto, por ser uma espécie de "regra" que vai usando. Disse-o na inauguração da exposição com os seus desenhos de trabalho na galeria João Esteves Oliveira, há uma semana. Na recuperação do Chiado, de que foi responsável, tentou respeitar ao máximo o que já existia.
Já tinha ouvido falar de crianças que passam as passas do Algarve por causa dos dentes mas sempre pensei que isso era mais conversa que outra coisa. Até ontem. A Teresa, aquela paz de alma, aquela encarnação do Dalai Lama meets Mahatma Gandhi, não dorme, não se cala, chora por tudo e por nada. Ou adormece após longo esforço e é acordada no sono por dores muito fortes. Se tento massajar-lhe a gengiva chora ainda mais. É como se tivesse sido possuída pelo Chuckie, o boneco diabólico. Soluções, anyone?
A Joana, minha amiga e ex-colega da fac, tem um blogue que é uma beleza. Às segundas-feiras convida um "estrangeiro" a escolher quatro coisas que o inspiram. A ideia, só por si, é maravilhosa. Fazer parte das convidadas, então...
Faço uma pausa nos Globos de Ouro para deixar escrito hoje, 29 de Maio, que sou mãe da mais bonita "abelha" de Lisboa. A festa foi maravilhosa e a artista até deixou que lhe fizessem um rabo de cavalo. Chegou a casa às 19.00 e está a dormir desde então (ao contrário da irmã mas isso é outra conversa). O número de ginástica que se seguiu à "peça de teatro" também foi espectacular. Percebi esta tarde a que se deviam os contínuos e constantes saltos pela casa. Outro grande momento foi a peça dos meninos do primeiro ciclo: uma revisitação das histórias infantis envolvendo palavras de ordem como Yes, We Can, "os princípes unidos jamais serão vencidos", reunião de condóminos na floresta reunindo todos os protagonistas de histórias infantis e os vilões exigindo "todos temos direito a um final perfeito". A despedida dos mais velhos, da quarta classe, fez chorar. Disseram adeus a muita coisa e também à directora, a alma daquela escola. A única pessoa que pode chegar ao microfone e mandar calar 300 pais e familiares dizendo: "não desconcentrem os meus actores com as palmas e essas coisas que vocês gostam de fazer". Espectacular! E, sim, claro que chorei... Foi emocionante.
A primeira vez que vi estas fotos de Cristiano Ronaldo a chegar à Madeira pensei imediatamente que se tinham enganado (não seria a primeira vez, de resto) e tinham publicado a foto do sobrinho Dinis em vez de ser o Cristianinho. Erro meu, afinal. CRzinho é, além de muito fofo e giro, um "texuguinho". Prejudica-me a percepção esta coisa de ter uma filha que a quatro dias dos 10 meses parece que tem seis meses. Aliás, veste roupa de seis meses. Bom, mas o facto é que estou feliz com o regresso dos Aveiro a solo pátrio. Quando CR chega, o Verão começa. Ele é o nosso sheik árabe que impressiona com os gastos e este ano com duas bónus tracks: Irina (mas não percamos demasiado tempo com ela) e o bebé. Esse fofo, transportado sem cadeirinha no Mercedes da família. Posso agora vir com as minhas tretas -- ah, e tal, assim se vê como o dinheiro não é tudo. Eles podem comprar a cadeira auto mas não sabem que TÊM de comprar a cadeira auto -- mas ok vamos dar isto de barato também. Do que gostei mesmo foi de o ver com a criança ao colo. Como um autêntico pai.
No meu íntimo desejo uma mala Longchamp (ou carteira, que é como as senhoras chiques dizem), umas sandálias novas (Cubanas ou Hilfiger), uma daquelas pulseiras muito giras da loja Yor, carta branca no El Corte Inglés, mas ok vou ser sensata. Do que preciso mesmo é de arranjar o carro e reparar as amolgadelas. Disso e de um parasóis para as janelas das miúdas e, se estiveres um mão-largas, kit mãos livres para Blackberry.