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Quem sai aos seus

Um blogue para a Madalena, para a Teresa e para a Francisca.

Desculpem qualquer coisinha

Miúdas, 
não me interpretem mal, mas a Inês Teotónio Pereira, tem razão:

 

"Só há uma maneira de ter férias a sério, férias mesmo, mesmo boas, daquele tipo de férias em que se descansa como deve ser, em que não há horas para nada, em que se dorme horas seguidas, em que se lê horas seguidas, em que só se sabe o que se vai fazer a seguir dois minutos antes de o fazer: são as férias sem filhos. 
Sejam elas quais forem, onde forem e quando forem. Desde que não tenham filhos, são boas.
Férias com filhos, meus senhores, não são férias: são uma treta. Quem vai de férias nas férias com os filhos são os filhos; os pais vão trabalhar no duro, ao sol e sem ganharem um tostão por isso. Passam as ditas férias preocupados com o mar, com a piscina, com os almoços, com o protector, com a água para os meninos não se desidratarem, com o custo dos gelados, com a areia na fralda, com os chapéus, com os fatos-de-banho para mudar, com o lugar para o carro, com tudo menos em descansar. Férias a sério é pegar nos filhos, deixá-los em casa de alguém que os leve de férias (obrigada, mãe) e voltar para casa ou para outro sítio qualquer onde não seja preciso levar protector mil, mais chapéus, mais aquelas coisas todas que já escrevi lá em cima cada vez que se vai para praia. 
Ou seja, existem dois tipos de férias: as dos filhos e as nossas, que raramente coincidem. Raramente não: nunca. Nem quando eles crescem, que, ouvi dizer, se passam noites em branco à espera que os meninos cheguem a casa. 
Deve ser por isso que, de há uns tempos para cá, tenho precisado de férias sempre que chego de férias."

 

(Do 'i' deste fim-de-semana)

 


36 semanas, uma, e 29 meses, outra

Soubera eu que ir à praia me faria tão bem e já tinha ido mais vezes. Bom, mas bom. Jabulani Teresa anda impecável por estes dias. A mãe está a tentar fazer greve ao pão de queijo. É difícil. Como deixar o diabo entrar em casa. 
Está numa posição cada vez mais estranha... Não entendo onde está a cabeça, o rabo ou as pernas... Enfim... Ainda bem que vou ao médico esta semana.


Entretanto, Mini-Madalena está mamã-dependente e quando está com a mamã também quer o papá. Ontem, cúmulo dos cúmulos, 'obrigou-nos' a irmos os dois deitá-la. Se um dizia 'vai com a mamã', chorava; se o outro dizia 'vai com o papá, chorava. Fizemos-lhe a vontade. Ter o pai e a mãe a aconchegá-la é coisa que acontece uma vez por ano. 
Gosta da praia, de brincar connosco, fazer castelos (coisa que aprendeu com os meninos da escola) e mostra um feitio do mais difícil que há. Ai de quem contrarie a criatura! Claro que como não estamos para aturar estas 'frescuras' somos forçados a ralhar-lhe muitas vezes. Quando se chateia connosco sai-lhe um perfeito 'chata' ou 'chato', consoante esteja a falar comigo ou com o papá, que dá um bocadinho de vontade de rir. É pura imitação. Quando me aborrece é isto que lhe chamo.

 

Momento cocó (posso falar, ainda sou eu que limpo!): hiperorgulhosa. Ontem, ao almoço, no restaurante, pediu-me para ir à casa-de-banho antes da coisa se dar. Bem, quer dizer, ela não pediu o WC, disse mesmo "cocó"... Zero acidentes, so far!

Adoro psicologia invertida

A Madalena acordou às 03.00. Sim, às 03.00, molhada, porque tivemos a brilhante ideia de lhe tirar a fralda a ver que tal. O que tal é que não correu bem, claro. Ficou naquele estado que nós vemos que ela estám morta de sono, mas ela insiste que está porreira da silva. Lá para as 05.00, cansados e estourados, decidimos castigá-la. E deixá-la em prantos na cama. E às tantas troca-se o seguinte diálogo:

 

- Madalena, estás de castigo. Não podes dormir. Ai de ti que durmas.

- Não, eu vou dormir.

 

Queridas filhas, parece que vou ter de defender CR outra vez

Adoro toda a novela "Cristiano Ronaldo papá" por revelar tanto da natureza humana.

 

Vejo este vídeo da SIC e acho que ele tem razão - deve ser incomodativo ter tanta gente a rodear-lhe a casa - e compreendo que venha pedir um pouco de paz, mas não tenho pena. Se é hoje um dos jogadores mais bem pagos do mundo, e uma estrela pop à escala mundial, é graças à projecção que estas "melgas" que hoje o incomodam lhe deram e lhe dão. Não me parece que seja um preço assim tão alto a pagar, nem me parece que incomode assim tanto já que depois está sempre disponível para abrir as portas de casa a pessoas sem escrúpulos... Por essas e por outras é que não podia discordar mais do que escreve Laurinda Alves neste post do seu blogue. Isto é um jogo e todos sabemos como se joga.

 

E, dito isto, também não vou fazer a defesa cega de jornalistas que vão tão embalados que já nem se lembram que estão a falar de pessoas de carne e osso, daquelas mesmo reais, que fazem chichi e cocó. Por onde começar? Pela história da barriga de aluguer? Começou com um "será", deu a volta ao mundo como certeza e um dia depois já andava tudo a discutir os contornos legais da coisa (que a mãe continuava a ser mãe e tinha de ver o filho e etc), como se tivessem a certeza.Neste aspecto, leva a palma o 'Correio da Manhã', que conseguiu escrever detalhes tão concretos como o nome da clínica em Miami e que CR tinha ido com um homem e um tradutor científico. E com este último pormenor quase me convenciam... Não se desse o caso de, subitamente, e sem qualquer explicação, terem abandonado tão esplêndida teoria para nunca mais fazerem referência ao caso.

 

Repare-se, não estou a dizer que não é barriga de aluguer. Estou a dizer que ainda não me provaram que é. Claro que os jornalistas não acordaram todos a defender esta teoria do nada. Alguém lhes passou essa informação. O que não me parece bem é que a usem à maluca! O que me leva a outra pergunta: quem é que, na defesa dos interesses de CR, acha que deixar passar a ideia de que se trata de uma mãe de substituição é melhor do que ter uma mãe mais, digamos, convencional? Outra coisa: os bebés com menos de um mês não se sentam pelo que, como reparou uma jornalista, é praticamente impossível que a criança fotografada pelo CM de helicóptero seja CR Junior.

 

E depois já me irrita que odiar Cristiano Ronaldo se tenha tornado no desporto nacional. Não há nada para dizer? Puxa-se a cartada CR. "Tão novo e a recorrer a uma barriga de aluguer?". Como se realmente estivesse provado... Até a mim me choca o dano que podem provocar certas notícias...

 

Ah, e também me irrita a inveja desbragada à volta do rapaz. Bolas, pá, que mesquinhez.
Se pinta as unhas é porque pinta as unhas, se namora com a modelo é porque namora a modelo, se tem 3 Ferraris é porque é um esbanjador, se ajuda a família é porque são todos uns chulos... A sério, que canseira! O rapaz ganha o que ganha com o suor do seu trabalho (mesmo!), tirou uma família inteira de uma vida super precária na Madeira, é generoso com os amigos, tem 25 anos e está deslumbrado com o que lhe aconteceu. E...? Por acaso não passou uma época inteira a dar o seu melhor no Real Madrid, longe de polémicas, como lhe compete?


Diga-se, em abono da verdade, que eu também já fui das que achava inacreditável a chulice em torno do rapaz. Ainda bem que me curei. Se uma pessoa não ajuda a família vai ajudar quem? As Merche Romeros, Nereidas Gallardos e afins? Se eu estivesse no lugar de Dona Dolores seria muito mais coruja! Além disso, há uns tempos, Kátia Aveiro contou uma historia que me sensibilizou. Quando CR fez 15 ou 16 anos (não foi assim há tanto tempo) queria ter uns All Star e ela e a irmã compraram-lhe os ténis e puseram lá dentro 50 euros. É tudo muito relativo, de facto: se calhar custou-lhes mais a elas esse dinheiro do que a ele comprar-lhes casas e oferecer-lhes lojas... Ainda bem que ele, com o seu dom, fintou o destino e que a família o ajudou a consegui-lo.

Por outro lado, é enervante que as pessoas passem o tempo a gozar com o estilo da família, sempre com aquele remoquezinho final de "gastam tanto e andam tão mal vestidos...". Porque, claro, se andassem mal vestidos mas tivessem comprado a roupa na feira já estava tudo bem... Questão de dinheiro, outra vez. Estou convencida que há pessoas que acham mesmo no seu íntimo que os Aveiro estão a usurpar um lugar qualquer na escala social... Como aquelas pessoas que, no fundo, acham que o mal das universidades foi terem-se democratizado e, horror dos horrores, estão hoje cheios de gente que não pertence à burguesia.

35 semanas (iii)

Vá, falemos a sério:

Sim, a Teresa está grande. Corpinho de 38 semanas para ser mais exacta. Não admira que aqui a Princesa Fiona já mal se consiga mexer. Anteontem pensei em pedir ao papá que me apertasse as sandálias, mas, no último segundo, pensei que seria demasiado humilhante e contive-me. Jabulani 3 já pesa três quilos e, surpresa das surpresas, está em posição pélvica, depois daquele prometedor posicionamento das 30/31 semanas e das patadas dentro da minha pessoa, como se quisesse sair.

 

É engraçado. Na semana passada tinha dito ao papá que achava que a baby estava na mesma posição que a Madalena, mas nem eu própria me levei a sério. Se só 4% dos bebés é ficam nesta posição, porque me havia de calhar uma taxa de êxito de 100%? A notícia não me agradou por aí além. Uma pessoa com um ligeiro pessimismo dentro de si não pode deixar de pensar que isso pode ser um sinal de que algo pode correr mal, mas depois do obstetra foi o cardiologista que afastou os cenários de desastre. Tudo bem com o coração da Teresinha.

 

Já não vai é haver parto normal. Snif, snif. Chamem-me masoquista, mas eu gostava de saber como é. Pronto, ok, é verdade que até me sinto um bocadinho aliviada (já para não falar no papá), é menos stress para todos nós, mas tenho um bocadinho de pena. Não é por nada daquela coisa "não me sinto tão mãe" nem nada disso (nunca tal ideia me passou pela cabeça), é só porque gostava de saber como é quando a natureza decide. Assim, mais uma vez, o objectivo é precisamente não entrar em trabalho de parto, evitando sofrimento que não leva a parte alguma, uma anestesia geral e uma camada de nervos. Como diz o obstetra, "partos pélvicos é muito lindo de ver, mas um risco". Isto claro, se a jabulanizinha não se lembrar, como sua irmã, que melhor do que sentada é deitada. Género, abraçar o útero da minha mãe!

 

Ainda é preciso cruzar os dedinhos para que não nasça nas próximas duas semanas - corpinho de 38 semanas não é o mesmo que ter 38 semanas -, mas depois é só olhar para o calendário e dizer "hum, gostamos deste dia...". E marcar. Já temos umas ideias, mas não, ainda não há data.

Ready, set, go

 

Ora, cá está ela, a famosa "mala da maternidade" para mães que alimentam o secreto desejo de que a coisa se dê tão rapidamente que só seja possível agarrar nas primeiras coisas e partir com os quatro piscas ligados rumo ao hospital! (Nota mental: faltam necessaire, roupa e havaianas).

 

O que está em cima, não sei de dá para perceber (a fotógrafa era muito boa), é o que escolhi para primeira roupa da Teresinha. Babygrow e body a condizer, porque uma senhora anda sempre com a lingerie a fazer pandant com o modelito! Também levo um gorro e um casaquinho. Cabe sempre a possibilidade do anti-ciclone dos Açores ou uma frente polar atacarem a maternidade e quero estar preparada.

 

Estou orgulhosa da escolha e, mostrando-a, sempre escondo as camisas de dormir que estão por baixo!!! Três, lindas como uma noite escura de Dezembro. Sendo que aquela que potencialmente pareceria mais engraçada (branca com riscas cor-de-rosa) consegue ser a mais feia. Continuo a parecer da terceira idade, mas agora em vez de lembrar uma senhora idosa, pareço... um senhor idoso. E gay!

 

Mas posto isto, e porque nunca é demais lembrar, o mais importante de tudo é sempre a saúde. Com mala ou sem ela, com roupinhas ou sem elas.
Que a nossa filha venha bem! É mesmo só isso que queremos. Do fundo do coração.

 

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