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Quem sai aos seus

Um blogue para a Madalena, para a Teresa e para a Francisca.

É possível que ainda não tenha dito isto vezes suficientes...

A Madalena é espectacular!

À medida que os dias de desfralde avançam, mais certeza tenho.
Estamos perante uma rapariga que nunca se lembra de pedir para fazer chichi ou cocó. É preciso andar atrás dela com um cabresto para impedir acidentes! Contudo, esta é mesma pequena pessoa que anda de carro sem se sujar e que, esta então é que me mata mesmo, se deita para dormir a sesta sem fraldas e com zero ocorrências, desde há uma semana.

É espectacular! Não sei se já disse...

Parabéns a você

 

 

 

A pequena Laura, inspiração desta mãe, faz hoje três anos. Nem acredito...

Descobri-a por acaso quando a Madalena nasceu, não devia ter mais de sete ou oito meses e achava-a tão grande... Nunca mais deixei de seguir os seus passos. Gosto, diverte-me, tiro dúvidas e a mamã em causa digna-se a fazer frases com sujeito, predicado e complementos e a pôr a pontuação :) e fá-lo com graça.
Parabéns às duas.

KO

 

O fecho do 24horas pôs-me a chorar. É certo que já sou uma rapariga de lágrima fácil, é certo que, com as hormonas, a coisa piora.

Por um lado, pessoal e egoísta, é como se apagassem cinco anos da minha vida. Ah, pronto, agora já não existe o sítio onde trabalhaste, aquele sítio onde ficaste tantas vezes até à 01.00 a arranjar páginas ou escrever textos. Aquele sítio onde fizeste tantos amigos... Pronto, assim, de um dia para o outro. Pois, com certeza, que já perdi as ilusões. Os jornais não são a Santa Casa da Misericórdia e os não rendem fecham. Outros virão a seguir.

O que me lixa a pinha, ainda do ponto vista meramente pessoal e egoísta, é que tão pouca gente se importe.

 

Não há palavras de apoio, não há reacções inflamadas, nenhum blogue dos influentes escreveu uma linha sobre o tema. Os meus amigos mais próximos não acharam relevante dizer nada. As mensagens via redes sociais são de antigos e actuais membros da equipa. O próprio Sindicato dos Jornalistas só emitiu hoje um comunicado sobre o assunto, exortando a empresa a reintegrar toda a gente. Seria cómico se não fosse apenas patético. Estiveram à espera que saísse o comunicado oficial daquilo que oficiosamente todos já sabiam? Quando é que estiveram em conversações com a administração?

 

E depois uma pessoa ainda tem de ler coisas absolutamente insultuosas, via Facebook do Nuno Markl. Ele defendia o Rui Unas porque uma cronista do jornal dizia que ele tinha perdido a piada e por isso estava circunscrito a um canal por cabo, o Q, o que explicava o fim do jornal. Ok, são opiniões. Chocante é que não faltaram pessoas a regozijar-se com o fecho de um jornal! A dizer que quem lá trabalha não era jornalista. Bem, eu sei que o 24horas era um jornal difícil de gostar. Aliás, um jornal muito difícil de se dizer que se gosta, mas tenho muita pena que, afinal, nos 12 anos da sua existência, continuemos tão preocupados com as aparências. E tão longe de países como Espanha, Inglaterra ou Noruega. Engraçado, qualquer um deles tem mais qualidade de vida e uma população mais educada, mas é aqui que se acha que quando uma pessoa lê a Caras ou um jornal popular não pode ter profundidade intelectual. (É por essas e por outros que depois revistas minúsculas como a Maria têm o êxito que se sabe: dão para esconder!)

 

Mas só para quem já está com peninha do pobre Unas ou do Nuno Markl (que depois até foi a pessoa que mais defendeu o jornal nessa conversa bacoca), vítimas dessas pessoas maquiavélicas que se mascaravam de jornalistas do 24horas, relembro que o Rui Unas foi cronista do 24horas e aplaudiu o fim do jornal no seu programa na SIC Radical. O jornal que lhe deu dinheiro para ele escrever. Para ele ser o Unas.

 

(Eu, aliás, aproveitava a oportunidade para dizer que quando for grande ou voltar à Terra com outra vida, quero ser humorista ou proto-humorista. Porque isto é gente muito engraçada. Diz tudo o que quer, como 'gandas malucos' que são e depois se alguém se sente melindrado é logo acusado de não ter sentido de humor. Ah, e tal pode gozar-se com tudo. É uma bonita versão da história do menino, do velho e do burro! Como se não bastasse, em Portugal, os humoristas são uma espécie de vacas sagradas a quem além de humor é dada a oportunidade de terem talk shows. Mesmo que não saibam fazer entrevistas e que esses momentos sejam penosos. Ora, eu até estaria disposta a aceitar isto não se desse o caso de os humoristas acharem perfeitamente aceitável que não saibam estar em televisão. "Sou humorista, não sou jornalista", respondem. Isto é que é uma profissão do caraças. Um nicho de mercado a considerar pelos meus colegas que a partir de amanhã estão ''between jobs').

 

E os meus colegas do 24horas são as pessoas com quem me preocupo agora. Apenas isso. Gente criativa e com garra que a partir de amanhã (será já hoje?) está no mercado de trabalho. Quem souber de algum trabalho, não se acanhe. Ofereço bons contactos.

34 (ii)

O dia foi óptimo.

Acordar com os parabéns do papá e da filha, feijoada à brasileira legítima para o almoço, piscina à tarde, jantar com o papi à noite. Ai, que bom. Podia viver sempre assim.

 

Prometo para mais tarde uma foto com o 'cabaz' de aniversário.

Abrimos as hostilidades logo na quinta-feira com o trevo da sorte da Pandora, oferta do meu afilhado* e da sua família. Cá por casa, não houve Bimby, graças a Deus! Imagine-se o que era perder o conjunto colar/relógio Swatch, a segunda temporada de 'Mad Men', o sling mais lindo mundo, a mala lacoste e, a surpresa das surpresas (rufem os tambores), um chapéu tão lindo, tão lindo, de abas largas, que me faz sentir a Grace Kelly. Depois olho para o espelho e percebo que sou apenas eu, mas vale a pena por aqueles dez segundinhos!

 

 

*Um rapaz que merece menção especial, porque conseguiu ser um dos melhores alunos da sua sala! Estou tão orgulhosa que ando a contar isto a toda a gente.

Actividade extremamente esgotante

Estamos a chegar a níveis ridículos:

Para o meu corpo de rainha do século XIX à espera da sucessora ao trono aspirar o carro por dentro é uma actividade demasiado intensa.
Ironia das ironias: tinha acabado de dizer ao telefone que estava óptima.

E porquê que estou sempre com a sensação que a Teresa vai nascer a qualquer momento? Já não sei se sentia isso com a Madalena...

E, no meio disto tudo

Já sou, oficialmente, membro do CEDACE, isto é, dadora de medula óssea.Tiraram-me um tubinho de sangue, escrevi que estou grávida (só poderei doar as celulazinhas um ano depois do parto) e pronto. Não tem mais nada que saber. Aliás, impressiona como é que um gesto tão simples pode ser tão fundamental para outra pessoa.

E se não for para ajudar a mãe do meu amigo, posso sempre ajudar as mães de amigos de outros. Ou, coisas horríveis que uma pessoa pensa quando sai de um sítio destes, Madalenas e Teresas deste mundo e as suas mães, pais e avós. Sim, eu sei, não se pode pensar assim. Mas não acontece só aos outros.

 

...

Há, como sabemos, a família e depois a "família". Gente que escolhemos ou que, não escolhendo, entra pela nossa vida dentro e deixa uma marca para sempre. E, por mais que queiramos, nunca deixamos de os querer, de nos preocuparmos, de ficar feliz com as suas vitórias ou, como é o caso hoje, de sentirmos o coração apertado perante um futuro incerto.

 

Já ninguém se indigna com o fecho de jornais e hoje, chocantemente, foi preciso um colega, e já amigo, me ligasse quase às 17.00 a explicar o que se passava. Insisto nas horas. Quase um dia inteiro sem saber de nada. Mesmo agora se procurar no Facebook, na net, nos blogues, há apenas menções vagas. Ninguém diz assim, preto no branco, que o fecho do 24horas vai acontecer. Como se não já não fizesse mossa e como se lá não trabalhassem pessoas. E, pior para mim, pessoas que a mim me dizem muito. Dói.

 

Sim, eu sei que isto não é uma tragédia. Que não ter saúde é que é mau. Que as pessoas que podem ficar sem trabalho (isso é tão-só o que me preocupa)

vão encontrar outro. E que não faltam exemplos de gente que renasceu das cinzas quando o destino as confrontou com esse momento - a maioria, de resto. O que me custa é o entretanto. Aqueles meses até a porta se abrir de novo... Para além daquela óbvia certeza: "ninguém diga que está bem".

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