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Quem sai aos seus

Um blogue para a Madalena, para a Teresa e para a Francisca.

Jantar no Buenos Aires

Isto já tem uma semana, mas tenho-me esquecido e não pode ser. É preciso que fique registado o bem que se portaram a Madalena e o Henrique (filho de uns amigos e "futuro noivo") na quinta-feira (já há mais de uma semana) quando fomos jantar ao 'Buenos Aires', ali nas Escadinhas do Duque. Era para ser só mães e miúdos, mas até os pais se juntaram e com dizer que os adultos até conversaram durante o jantar acho que digo tudo.

 

No final havia um grande chavascal debaixo da mesa (responsabilidade da nossa Mini), mas comeram tudo sem stresses, sem entornar, sem gritaria, sem birras, sem ser preciso chatear muito. A sério. Eu sei que eles em separado já se portam bem, mas assim nesta dinâmica, ele com quase seis anos e ela com dois e birrenta como só as crianças de dois anos podem ser, foi a primeira vez e estou capaz de repetir. IMPECÁVEIS.

 

Aviso

Se por acaso um dia destes se cruzarem com a Madalena, lhe disserem qualquer coisa como "deixa-me ver se estás gira" e ela puser as mãos à cintura e começar a rodopiar, não venham com recriminações para cima de mim. Não tenho nada a ver com isso. Quem lhe ensinou essas bonitas poses foi o pai. Sim, o pai.

Cibertúlia

O blogue do Marujo estava nos links de blogues que visitamos e que não eram sobre bebés. Mas entretanto a Clara nasceu. E agora? Papá, ajuda-me! E não deixes a resposta para daqui a uns tempos quando já não estiveres espantado e embasbacado com este milagre incrível que é a chegada de mais uma criança porque esse dia não chegar nunca. E parabéns. Já agora.

A medicina moderna é isto

- Repouse e beba muita água.

 

E, pronto, este é o resultado de cinco-horas-cinco na Cuf Descobertas, depois uma manhã em que descobri, uma gravidez e uma filha de dois anos depois, o que são contracções. Mas contracções a sério. Não é a essa mariquice que eu sentia ao fim do dia quando estava à espera da Madalena ou já no finalzinho. Assim, seguidinhas, potentes de mais para o meu gosto, o dia todo.

 

Ainda pensei em ignorar o caso, mas quando já tinha que cerrar os pulsos para aguentar a pressão, achei que era melhor ir ao hospital. Assim, só por causa das coisas. Então, apanhei o cromo dos exames (uma jóia de médico), que fez tudo o que podia fazer, incluindo a grande aventura do dia: o CTG, uma coisa que nunca tinha experimentado (vou dizer outra vez para as minhas amigas e conhecidas todas que ainda não ouviram isto, e que já devem ser poucas: não, eu nunca tinha feito um CTG porque a Mini estava deitada e marcámos logo a cesariana). Deixou-me ali toda atada e despediu-se com um simpático "vou ali fazer uma cesariana e já volto".

 

Trinta minutos e um rapaz de 3,800 Kg depois (perguntei, pois perguntei, qual é o mal),voltou para me fazer mais exames e lá para as 22.00 soltou o veredicto. Que a ele tanto lhe dava como se lhe deu o facto de me incomodarem as tais contracções. O que ele lhe fazia espécie era a frequência. "É o regular que não gosto", palavras dele. Palavras dele e do meu médico, que depois das ecografias da tarde, ainda me foi ver - tão querido, gosto tanto dele - e me disse logo que tenho de ter mais calma e tomar magnésio e beber água. Eles e a mania da água! O mundo pode acabar, mas logo que estejamos hidratadinhas, tudo bem! E eu adoro água... Mas três litros (?) por dia...

 

Concluindo, estou de molho. Por quantos dias se verá. A noite foi difícil. Acordei com as benditas contracções, já depois de ter tomado o magnésio e tudo e hoje, depois de depachar a Madalena dormi até às 14.00. Estava como nova e fui à rua buscar água (sou muito bem mandada) e voltei a sentir as estúpidas contracções. Portanto agora, vamos ver... Mas, como se pode imaginar, estava a planear um início de Verão mais animado do que estar deitada no sofá da sala a ver a Júlia Pinheiro. E eu adoro a sôdona Júlia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para a Mil Sorrisos, sobre higiene pessoal e coisas afins

Cara amiga,

não estás sozinha. Se a tua filha não quer lavar os dentes e isso é sempre motivo de birra, a nossa está igual. Geralmente, tento não lhe fazer grande caso, mas acaba sempre com os dentes mais mal lavados do que gostaria. Gosta da pasta e da escova, de fazer conta que bochecha (e de engolir a água), mas se puder não esfregar os dentes melhor. Uma canseira, é o que é! Já tentei a modalidade "à força", com péssimos resultados, registe-se, e agora estou na fase "pseudo-compreensiva" em que a sento ao meu colo e lhe digo "faz boca de leão". Ela abre bem a boca e eu lá consigo dar duas ou três escovadelas mais aceitáveis. Sempre abaixo dos mínimos olímpicos, mas já é qualquer coisa.

 

Cá em casa, lavar os dentes nem é o pior. Se tomar banho se faz sem dilemas - às vezes a moça até quer ficar mais tempo e já tenta tomar duche sozinha (fica um amor!) - o mesmo não se pode dizer sobre lavar a cara. Se puder sair de casa sem o fazer, fica feliz. Como também não quero que se molhe toda no lavatório, acabo por lhe passar com uma compressa na cara. Mesmo assim, há ramelas teimosas que persistem. Já passei vergonhas por causa disso, mas, confesso, desisti de me preocupar. São coisas que acontecem.

 

Pentear o cabelo faz com relativo agrado. Acha piada pôr o spray para desembaraçar que usamos ultimamente e gosta que lhe ponha os ganchinhos. Mas nada de mexer muito. E totós nem pensar. É passar das marcas.

 

E, finalmente, o dilema dos dilemas: cortar as unhas e o cabelo. A palavra cabeleireiro soa-lhe, dá-me impressão, a Freddy Kruger e, como sempre, desde que nasceu, não se lhe pode cortar as unhas que a doutora fica logo ensalsada. Ou o faço a dormir ou peço na escola (felizmente não é caso único e elas estão habituadas*) ou então é a minha cunhada, que é esteticista, que lhas corta. Já experimentou duas versões: à força (é sempre o recurso mais fácil) e com lima, com evidentes e maravilhosos resultados. Além da jovem ter ficado com umas mãos que por gosto se podiam ver, achou que era muito bom. "Não faz mal", diz-me agora sempre que lhe falo em cortar as unhas com a Juli.

 

E agora, por falar em extremidades, vou ali tentar cortar as unhas da Madalena.

 

(*parece, no entanto, que na escola aquilo é tudo muito simples. A Manuel diz: "Madalena, vamos cortar as unhas" e ela vai, senta-se e estende as mãos!)

 

 

 

 

Nós e o Cavallino Rampante - uma amizade para toda a vida

E perguntam vocês: onde andaram vocês, papá e mamã, no fim-de-semana que passou? E nós respondemos:

A tratar do vosso futuro, filhinhas.

 

Primeiro em Bolonha, cidade a que chamam La Gorda e não é por acaso. Acho que nunca tinha comido tanta coisa boa em tão pouco tempo. Pasta, risotto, saldadas bem temperadas, doces, vinho tipo Barolo e Tingagnello (nem sei se é assim que se escreve), daquele que uma pessoa  nem precisa de beber (e eu só molhei os lábios), basta-lhe cheirar, para perceber que é do outro mundo... Foi tão bom, e em tão boa companhia, que agora até tenho medo de voltar a fazer uma refeição "normal". O meu corpo é um templo e não quero manchá-lo!

 

A parte II do fim-de-semana foi em Maranello, que por acaso é a terra da fábrica da Ferrari. Disse fábrica? Enganei-me, aquilo é um laboratório! A minha mesa de trabalho é mais desarrumada que aquilo. Não há óleo, é tudo eco-friendly, com árvores, robôs e trabalho manual de grande precisão... Na zona dos motores só trabalha uma mulher (não a vi), na linha de montagem já vi umas quantas. Parecia tudo tão perfeito que estava sempre à espera que saíssem uns emigrantes de um contentor qualquer!

Bom, mas como dizia, entrámos na fábrica (não há fotos porque não queremos que o senhor Luca Montezemolo, que é muito bem parecido, além de CEO da empresa, nos venha acusar de espionagem industrial), vimos o sítio onde se montam os carros de Fernando Alonso e Felipe Massa e, claro, como bons portugueses que somos, trouxemos souvenirs para as nossas pequenas. Estas coisas lindas e nada pirosas (e ai de quem diga o contrário):

 

 

 

À esquerda, babygrow para 0-3 meses que a Teresa usará certamente no pino do Verão não restando qualquer dúvida quanto ao seu sexo.

À direita, t-shirt cor-de-rosa-sou-menina-para-ficar-no-paddock-qual-Nicole-namorada-do-Lewis-Hamilton-que-canta-nas-Pussycat Dolls, com o respectivo cavallino rampante (mais uma bonita expressão que aprendi este fim-de-semana) bordado na lapela.

(E, pronto, foi assim que tratámos do vosso futuro)

Os salários dos gestores, explicados às criancinhas

Ora aqui vai um post condenado a causar a ira de quem lê e até, muito possivelmente, das minhas filhas (ainda me vão pedir mesadas milionárias só por causa disso). Mas não quero saber: acho uma demagogia da pior esta parvoíce em torno do salário do António Mexia na EDP (já deve ter passado um mês desde que se soube e os comentários Robin dos Bosques continuam).

 

Vamos lá ver: é evidente que o homem ganha muito e que é muito triste, injusto e doloroso quando há gente que vive na miséria. Sobre isto não temos dúvidas. Mas para mim esta é uma questão moral, não de quantidade.É chocante ver gente que ganha para cima de mil contos, para não dizer mais (e eu acho que a partir deste valor as pessoas já vivem com um conforto muito bom), vir fazer liturgia sobre os salários alheios. Nomeadamente jornais. onde os directores ganham uma pipa de massa. Nomeadamente, gente de jornais que ganha uma pipa em empresas que estão em perda.  Ou então o Mira Amaral. É preciso ter lata, muita lata, e pouca memória para vir queixar-se da remuneração do presidente da EDP quando foi para casa com uma pensão milionária pelos poucos meses que esteve na Caixa. Nada contra o que recebe o senhor, logo que seja merecido. Tenho contra achar que o seu merecido e o dos outros um escândalo.

 

Porque, como explicava o meu marido:

- a participação do Estado na EDP é mesmo muito pequena (quase só serve para impedir que a empresa acabe nas mãos de uma empresa estrangeira qualquer), o que inviabiliza aquela conversa "pagamos todos". Não é verdade.

 

- Nos últimos cinco ou seis anos, os lucros da EDP em Portugal foram quase sempre os mesmos. Onde a empresa cresceu (e cresceu muito) foi no estrangeiro. Pelos vistos é a terceira maior empresa nos Estados Unidos na área das energias renováveis. Não sei qual é a diferença para a primeira, mas acho isto notável.

 

Justifica-se o salário? Não sei e não posso saber porque não sou accionista da EDP. Pelos vistos quem manda, os accionistas, acha que sim. Tal como acha relevante ter uma fundação EDP, como acha relevante patrocinar exposições, maratonas, a Experimenta Design, eventos culturais da mais variada natureza, concertos...

O que me interessaria agora saber é: quantas pessoas fazem parte do quadro da EDP, quanto ganha quem menos ganha? Em que condições trabalha? AS pessoas estão a ser compensadas na devida proporção em que aumentam os ganhos? Se souberem...

...

Tinha coisas lindas para dizer sobre actores/actrizes/apresentadores famosos da TV que se julgam o suprasumo da barbatana e, na realidade, à primeira deixam perceber imediatamente o que são. Gente absolutamente normal e regular, sem mais educação ou maneiras (às vezes até menos) do que dos demais. Porque, no fundo, no fundo, é assim mesmo que tem de ser. Todos fazem cocó e chichi. E eu estou demasiado 'podre' para articular dois pensamentos. Portanto o que queria escrever vai ficar para mais tarde.

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