Primavera de desfralde
Hoje fez presente sem pedir para ir ao bacio. Escondida atrás de uma mesa!
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Hoje fez presente sem pedir para ir ao bacio. Escondida atrás de uma mesa!
Uma pessoa anda tão descontraída da silva que nem sabe bem a quantas anda. Perguntam: e de quantos meses/semana está? E já não sei... Ai, ai...
Mas estamos mais ou menos a meio da brincadeira. E já falta tão pouco para Agosto.
- Este sítio parece-me muito bom.
(Agora mesmo, na Companhia do Campo).
Os papéis já estão. Agora é cruzar os dedos, pedir aos deuses para estarem do nosso lado e esperar.
Começou o desfralde.
Dia 1 (sexta-feira): bem, não se sujou uma só vez.
Dia 2 (sábado): dois pares de cuequinhas do Snoopy molhadas, assim como as meias.
E já sabe o que quer, portanto, papá, podes começar a fazer contas (ou encomendas):
1. Bimby
Posso fazer conversa de vítima e tentar sensibilizar-te com coisas como "vamos ser muitos cá em casa, dava muito jeito", mas não é bem isso (embora seja verdade, ok?). Eu quero uma Bimby como tu querias um iPhone. Pelo gadget, para quê mentir? Quero uma coisa com botões para brincar. E se estou disposta a abdicar do meu princípio de não aceitar presentes para a casa em dias que são só meus, tu também podes fazer o esforço de aceitar um objecto que, eu sei, não nos nos faz assim tanta falta.
2. Blackberry
É tão giro, tão giro, tão giro. E eu preciso. Como é que posso facebookar se não tenho um?
3. Mala Carolina Herrera
Requisitos: ser em pele, de mão, preta ou vermelha.
4. Swatch
Daqueles simples, às cores, que se chamam Shiny. Gosto de todos, mas acho que os dava mais jeito são o vermelho (para condizer com a mala CH, lá está), o azul escuro, o lilás, o rosa, o amarelo. Todos menos assim o laranja, o turquesa, o branco e o preto.
É isto. Mas sujeito a actualização. Sou uma moça de opinião volátil.
(Está por ordem de preferência para facilitar a vida).
-Mamã, tenho uma coisa para te dizer.
- O quê?
- Gosto de ti.
Foi o papá que ensinou.
Manda quem o tem.
Quando é nosso não nos queremos separar dele.
Quando o perdemos andamos de rabo para o ar a tentar recuperá-lo.
É o nosso comando da televisão.
Para o caso de eu não estar cá (ou me esquecer) de vos dizer estas coisas quando vocês forem mais crescidas, serem corajosas é muito importante e ser-vos-á de grande ajuda em muitos momentos da vossa vida. Não é de mim que vão aprender isso, infelizmente, mas apraz-me dizer que podem sempre contar com o vosso pai para vos ajudar na difícil tarefa de olhar o mundo de frente. Ponham um post it no frigorífico ou no quadro do quarto, mas não se esqueçam. Coragem e valentia.
A sério. O pior que nos aconteceu na vida foi D. Afonso Henriques e a mania da independência. Agora éramos Espanha, tínhamos uma taxa de desemprego lixada (e aqui não?), mas tínhamos mantido a língua e sabíamos falar outra, uma capital monumental, cidades cosmopolitas, artistas importantíssimos, escritores que dão cartas e o 60 Minutos faria reportagens sobre toureiros, que é o que acabo de ver na SIC Notícias. Não se trata do certo ou errado que está a tourada. Não entro nessas discussões. Trata-se de que é uma arte diferente que coloca Espanha no palco mundial. Nós temos o quê? O Bo na Casa Branca. É quase o mesmo, é.
(Ah, e se volto a ouvir um tuga dizer que os espanhóis não sabem falar inglês, traço alguém. Até parece que em Portugal não há quem diga McDónalde, tink em vez de think... complexozinho de inferioridade mais triste!)