Obrigada
Antes que me esqueça, obrigada a todos os que se lembraram da Mini-Madalena hoje e ligaram ou mandaram sms a desejar sorte e mandar beijinhos. Foi muito bom e agradecemos muito.
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Antes que me esqueça, obrigada a todos os que se lembraram da Mini-Madalena hoje e ligaram ou mandaram sms a desejar sorte e mandar beijinhos. Foi muito bom e agradecemos muito.
Milagre é a palavra que me ocorre mais vezes quando penso que estou grávida e que a Mini-Madalena vai nascer. Passaram nove meses e continuo surpreendida.
Ter filhos não é simples e gostaria de nunca me esquecer disso, sobretudo agora que a Mini-M. está a ponto de chegar. Se tudo correr como previsto, é amanhã (já hoje, se tivermos em conta que já é 01h00).
Uma vez que esta deverá ser a última vez que escrevo para a Madalena antes de ela ser gente a sério, com direito a registo e existência na conservatória, queria só dizer-lhe que este blogue foi feito inteiramente a pensar nela (e no momento em que será ela a fazê-lo) e que pretendo que seja um gigantesco álbum do bebé para que nenhum detalhe lhe escape. Isto, claro, partindo do princípio que ela tem algum interesse em saber um bocadinho do que era o mundo quando ela chegou.
Já há data!!!
Bom, esqueçam tudo o que escrevi de manhã.
A Madalena, afinal, movimenta-se como gente grande dentro da barriga da mãe.
E até mudou de posição nas últimas três semanas. Só que em vez de dar uma cambalhota como Deus manda, foi pior a emenda do que o soneto. Ficou na transversal. Portanto, se antes já não havia qualquer hipótese de nascer naturalmente, agora então é que não há a mínima hipótese.
Já me tinham dito e confirmei com os meus próprios olhos: Keri Russell, a.k.a. Felicity de "Felicity", é uma das mamãs mais estilosas de sempre.
A minha filha ainda não nasceu e já é uma menina do papá. Eu sei que isto parece incrível, mas a Mini-Madalena há muito que reconhece a voz do pai. Basta que ponha a mão na barriguinha e diga duas ou três coisas para ela se começar a mexer. É tão lindo que chega a ser comovente!
As caixas prioritárias para grávidas, pessoas com crianças de colo e deficientes são exclusivo de apenas alguns supermercados (da minha experiência: continente, jumbo, pingo doce) e cada um faz como entende. Há quem chame, há quem ignore, há quem ajude e do lado de cá há quem deixe passar, quem seja uma simpatia, quem assobie para o lado e quem seja genuinamente distraído. Mas nunca nada foi tão bom como o que vi no continente.
Portanto, estou a pagar numa caixa exclusiva para grávidas e pessoas com acompanhantes de colo e uma senhora de uns 50 anos olha para a placa, borrifa-se para o que diz e mete as coisas no tapete. Atrás dela, uma senhora com uma criança ao colo e umas olheiras de meio metro, mete as coisas.
A rapariga da caixa acaba de me atender e diz à senhora: "esta caixa é só para grávidas e para pessoas com crianças ao colo" e ela começa a dizer qualquer coisa como "eu também tenho direitos". E então sai-se com esta pérola: "Eu também estou grávida".
Escusado será dizer que o resto das pessoas, incluindo eu, ficámos a olhar, incrédulas, para ela. É preciso ter lata! Bem lhe respondeu a rapariga da outra caixa, que saiu em socorro da colega. "Fica à sua consciência". Infelizmente, para gente capaz de se pôr à frente de uma mulher com um miúdo ao colo a consciência não interessa muito.
Como se já não me bastasse a ideia - atemorizante, acreditem! - de mudar fraldas, dar de comer, pôr a arrotar, dar banho, adivinhar o significado dos choros, eis que me confronto com outra preocupação: a vacina da BCG está esgotada. E, pior, nem sequer encontro informação suficientemente esclarecedora sobre o assunto.
Portanto, eu ando há dois dias a ouvir o Correia de Campos a defender o seu postozinho porque não quer que se confunda o fecho das urgências com a morte do bebé de Anadia e a minha filha vai sair da maternidade sem uma das vacinas obrigatórias. Pergunto: um ministro da saúde que não consegue manter o stock de algo tão básico não está mesmo a pedir para ser remodelado? Eu acho que sim. E já.
A Mini-Madalena não se virou e as probabilidades de que isso venha a acontecer são cada vez mais pequenas. Pelo que tenho lido e o médico explicou, os babes viram-se entre a 32.ª e 34.ª semanas. Já vamos na 35.ª e o médico foi claro: se o panorama continuar a ser este, vamos ter de fazer cesariana. Precisamente o que eu não queria, mas já me fiz à ideia. E apesar desse gigantesco contra chamado recuperação, há vantagens: assim nasce mais cedo. Não vamos ficar aqui à espera que a bolsa das águas se rompa ou que venham as contracções. E vamos poder vê-la logo que nasça sem ser no meio do maior cansaço. Segundo a última ecografia já pesa 2.640 gr. Cada vez maior, portanto! Estava a mexer as mãos e muito confortavelmente sentada. Rica vida, sim senhora.